Estudo publicado na segunda-feira (19) mostra que os chimpanzés e os orangotangos, alguns dos parentes mais próximos dos seres humanos, também vivenciam a chamada crise da meia idade. Os resultados estão na “PNAS”, revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
A descoberta da equipe liderada por Andrew Oswald, da Universidade de Warwick, na Inglaterra, indica que a angústia vivida por muitas pessoas na casa dos 40 anos é, na verdade, fruto da evolução, e não está ligada a questões culturais.
Os primatas foram estudados em santuários em vários locais do mundo, onde seus treinadores, que os conheciam muito bem, mediram sua felicidade por meio de um programa elaborado pelos cientistas.
O resultado foi o que os pesquisadores chamaram de gráfico “em forma de U”. Isso quer dizer que os animais são mais felizes durante a infância e a juventude, se tornam gradualmente mais tristes até um ponto mínimo, na meia idade, e voltam a ser mais felizes na terceira idade.
A pesquisa não traz uma explicação para o porquê desse formato, mas, nas palavras de Oswald, mostra que a crise da meia idade dos humanos não tem a ver apenas com “hipotecas, divórcio, telefones celulares ou qualquer outra parafernália da vida moderna”.
Fonte: Ambiente Brasil