O ano de 2012 entrou para os recordes como o nono em temperaturas mais altas desde 1850, apesar do efeito do La Niña, um fenômeno meteorológico que deveria ter uma influência de resfriamento sobre a atmosfera da Terra, segundo um novo relatório da ONU, divulgado na quarta-feira, 28 de novembro, durante a 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18), em Doha, no Catar.
As altas temperaturas foram acompanhadas pela fusão sem precedentes de gelo do mar Ártico e extremos climáticos que afetaram muitas partes do mundo.
Os resultados estão entre os destaques do Comunicado Provisório sobre o Estado Global do Clima em 2012, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que fornece um resumo anual do tempo e eventos climáticos ao redor do mundo. As atualizações e valores finais do relatório de 2012 serão lançados em março de 2013.
"As mudanças climáticas estão ocorrendo diante de nossos olhos, e continuarão ocorrendo como resultado das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, que têm aumentado constantemente e alcançaram novamente novos recordes", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
Eventos extremos notáveis foram observados em todo o mundo durante o período de janeiro a outubro, segundo o relatório. O documento inclui ondas de calor na América do Norte e Europa, a seca nos Estados Unidos, China, Brasil e partes da Rússia e da Europa Oriental, inundações na região do Sahel, Paquistão e China, e neve e frio extremo na Rússia e na Europa Oriental.
Além disso, a bacia do Atlântico também sofreu uma temporada de furacões acima da média pelo terceiro ano consecutivo, com um total de 19 tempestades e 10 furacões, o principal deles sendo o Sandy, que causou estragos em todo o Caribe e na costa leste dos EUA. O Leste da Ásia também foi severamente impactado por tufões poderosos, o maior sendo o Sanba, que atingiu as Filipinas, o Japão e a Península Coreana.
Fonte: Eco Desenvolvimento