Um estudo da Universidade Federal de Rondônia (Unir) catalogou quase mil espécies de peixes no Rio Madeira, segundo o Blog do Planeta, no site da Época. A pesquisa, feita em parceria com a Santo Antônio Energia, deve avaliar a capacidade das espécies de migrarem e se reproduzirem em meio às alterações decorrentes da construção da Usina hidrelétrica do Santo Antônio.
Pelo menos 78 espécies jamais relatadas pela ciência foram catalogadas com a pesquisa da Unir, dentre as 998 encontradas até o início de maio. Este trabalho coloca o Madeira como o rio com a maior quantidade de espécies identificadas da Amazônia. A expectativa é que a espécie de número mil seja identificada ainda neste mês.
Em entrevista ao blog, a coordenadora do laboratório de ictiofauna e pesca da Unir, Carolina Dória, destacou: “Nos últimos anos, nós intensificamos o programa de monitoramento de peixes em toda a bacia do Rio Madeira, e conseguimos produzir o maior inventário de espécies de uma bacia do mundo”.
Erosão e morte
Um estudo feito pelo biólogo José Galizia Tundisi, professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) e consultor ambiental, mostra que a construção da Usina de Santo Antônio, devido ao desequilíbrio na movimentação de sedimentos, pode ocasionar erosão em diversos pontos do Rio Madeira, conforme divulgou o portal Amazônia Pública.
O portal também divulgou que ribeirinhos e pescadores direta e indiretamente prejudicados pela Usina foram removidos de suas moradias sem garantia de que conseguirão novas formas de sustento, apesar de uma série de condicionantes ter sido prevista. Caso a pesquisa realizada pela Unir aponte que a biodiversidade está sendo mantida, a Usina poderá entrar em atividade.
O EcoD mostrou em matéria publicada em dezembro de 2008 que duas toneladas de peixes foram mortos após o início da construção da barragem.
Fonte: Eco Desenvolvimento