Projeto de mineração no Alasca preocupa ambietalistas


Um gigantesco projeto de mineração de ouro e cobre no Alasca gera inquietação entre ambientalistas e legisladores americanos, devido aos riscos que representa para uma das maiores reservas de salmão silvestre do mundo.

 

Em carta enviada esta segunda-feira, cinco senadores dos estados da costa oeste do país (Washington, Oregon, Califórnia) pediram ao presidente Barack Obama que intervenha para impedir que o projeto consiga autorização do governo.

 

A mina a céu aberto e a infraestrutura necessária para a produção e o transporte dos minerais representaria eliminar dezenas de quilômetros de rios, avaliou em 2012 um relatório da Agência de Proteção Ambiental(EPA, na sigla em inglês), o ministério do Meio Ambiente americano.

 

O projeto também prevê a construção de uma represa e a instalação de dutos para o transporte do minério.

 

A região é o maior hábitat no mundo da espécie de salmão vermelho "sockeye", que sobe os rios que desembocam na baía de Bristol, no Mar de Behring, para desovar a montante. Os ambientalistas temem que, se a região for afetada, a população deste peixe possa diminuir.

 

Segundo a EPA, aproximadamente 46% do salmão vermelho silvestre no mundo provêm da Baía de Bristol, ou seja, 25,7 milhões de peixes capturados por ano.

 

Os legisladores temem ainda que o projeto de mineração "Pebble" provoque a perda de 6.000 postos de trabalho relacionados com a pesca nos três estados.

 

Os defensores da iniciativa, as empresas Northern Dynasty e Anglo American, ao contrário, afirmam que com o projeto seriam criados 3.000 postos de trabalho no Alasca e quase 15.000 em todo o país.

Fonte: AFP