Por Caroline Machado
Repórter DomTotal
Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicado nessa quarta-feira (3), aponta que o início do século XXI foi marcado por extremos climáticos inéditos. Em comparação com as demais medições modernas, registradas desde 1850, a primeira década deste século sofreu com as temperaturas médias mais altas.
A aceleração do aquecimento global, segundo a OMM, é uma das principais responsáveis por deixar um total de 370.000 mortos neste período, número 20% superior ao da década de 1990. Mas as alterações extremas incluem fenômenos como inundações no Paquistão, o furacão Katrina (EUA, 2005), ondas de calor na Europa, secas na Austrália, além do aumento do nível dos oceanos.
À exceção de 2008, cada um dos anos da década 2001-2010 aparece entre os dez mais quentes já registrados, o recorde foi em 2010, afirma a agência da ONU. “O relatório mostra que o aquecimento global acelerou nas quatro décadas entre 1971 e 2010 e que a taxa de aumento entre 1991-2000 e 2001-2010 é sem precedentes. O aumento da concentração de gases do efeito estufa está transformando nosso clima, com implicações para nosso meio ambiente e oceanos, os quais estão absorvendo tanto dióxido de carbono quanto calor”, explica, em nota, Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.
A publicação indica que quase todas as partes do planeta sofreram eventos como secas e ondas de calor na última década. Em destaque estão as secas na Amazônia em 2005 e 2010. O relatório aponta também a onda de calor entre janeiro e março de 2006, ocorrida no Brasil, na cidade de Bom Jesus, no Piauí, atingindo os 44,6°C.
A previsão é de que “as ondas de calor serão mais frequentes e intensas sob o efeito das mudanças climáticas, e devemos nos preparar para isso”, advertiu o secretário-geral da OMM.
Fonte: Redação DomTotal