Funcionários de altos cargos das Nações Unidas destacaram recentemente que a comunidade internacional necessita de combater as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões e dentro dos países. Eles acrescentaram, ainda, que o combate às desigualdades é indispensável para que se alcance a sustentabilidade e para que crises possam ser evitadas.
“Se as desigualdades continuam aumentando, o desenvolvimento pode não ser sustentável”, conforme relatou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em debate temático da Assembleia Geral sobre desigualdade. “As sociedades onde a esperança e as oportunidades são escassas estão vulneráveis a revoltas e conflitos. (…) A desigualdade pode gerar crime, doença, degradação ambiental e prejudicar o crescimento econômico”, disse ele.
Ban Ki-moon ressaltou que as metas de combate à pobreza – também conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – foram muito bem sucedidas, mas que o progresso ainda tem sido desigual. O secretário-geral destacou a importância de a agenda de desenvolvimento pós-2015 tratar dessas diferenças e promover a prosperidade compartilhada.
Para o presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremić, a promoção da mudança universal para a sustentabilidade demanda um grande compromisso mair dos países para diminuir as disparidades entre os que têm e os que não têm. Além disso, ele pediu aos Estados-membros que trabalhem em união, para que atendam às necessidades “dos muitos que foram deixados para trás”.
Jeremić acrescentou que, para avançar, é fundamental agregar de maneira completa a luta contra a desigualdade na agenda do desenvolvimento sustentável e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, acordados na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Mulher coleta água para sua família na Namíbia. Foto: ONU/Eskinder Debebe