Debatedores dos cinco países defenderam a necessidade de se priorizar pontos comuns de interesse
Na China, a grande preocupação é a alta poluição das grandes cidades. No Brasil, a preservação da fauna e da flora e a manutenção da biodiversidade. Como desenvolver uma agenda comum aos cinco países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no que se refere ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável? Essa foi a questão tratada em um dos painéis do 6º Fórum Acadêmico dos BRICS na manhã desta terça-feira, 18 de março.
Os debatedores dos cinco países concordaram sobre a necessidade de se chegar a uma agenda mínima, que priorize pontos comuns de interesse. Um desses pontos comuns está na adoção de esforços e políticas para a redução da pobreza. Programas que reduzam a desigualdade, entendem os acadêmicos, acabam por contribuir na busca de um modelo de desenvolvimento sustentável.
Outro ponto comum é a necessidade de investimentos em infraestrutura, notadamente em áreas como saneamento e abastecimento de água. Dentro das discussões sobre o futuro dos BRICS, está a criação de um banco de desenvolvimento para os países. Na opinião dos debatedores, seria importante que tal banco tivesse uma linha para financiar obras de infraestrutura com foco no desenvolvimento sustentável.
O Fórum
O Fórum Acadêmico dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) é um evento anual que precede a Cúpula dos BRICS no país anfitrião. Esse fórum de dois dias, no qual especialistas e professores de comunidades acadêmicas dos países-membros encontram-se e trocam ideias, tem três objetivos principais: 1) aprofundar a colaboração em termos de pesquisas de interesse mútuo; 2) estabelecer redes entre comunidades acadêmicas dos cinco países; e 3) fornecer aos líderes dos BRICS resultados de pesquisas empíricas. Encorajar o intercâmbio acadêmico, fortalecer o diálogo com a sociedade civil e assessorar políticas são, portanto, finalidades do encontro.
Como a Cúpula dos BRICS de 2014 será realizada no Brasil (Fortaleza-CE), o 6º Fórum Acadêmico dos BRICS também ocorre no país (Rio de Janeiro-RJ). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República do Brasil, é o think tank oficial do país no Fórum. E, ao lado de seus apoiadores, a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e a Prefeitura do Rio de Janeiro, o Ipea dá as boas-vindas ao encontro.
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Fonte: IPEA