Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que indica tendências e alertas de desflorestamento, em junho deste ano a derrubada de florestas foi 358% maior do que o registrado no mesmo mês do2013. Foram perdidos 843 quilômetros quadrados de mata, o equivalente a 84,3 mil campos de futebol.
O maior avanço aconteceu nos estados do Acre, onde houve aumento de 262%, e em Roraima, que registrou 254% de crescimento. Essas são as regiões da Amazônia que estiveram menos cobertas por nuvens no período, o que permitiu ao SAD a visualização de áreas maiores, possibilitando ao sistema identificar desmatamentos que antes estavam “encobertos”. O SAD detectou, ainda, o aumento do desflorestamento no Amazonas (18%) e em Rondônia (13%).
A situação é ainda mais grave pois, de acordo com o Imazon, mais de 25% dos alertas de desmatamento ocorreram dentro de Unidades de Conservação (UCs).
Importante ressaltar que o SAD produz um levantamento preliminar, que visa sinalizar as autoridades sobre possíveis focos de desmatamento, para serem verificados “in loco”. O sistema usa como base imagens de satélite, com baixa resolução, que identificam apenas devastações maiores de 25 hectares.
Levando em conta que historicamente mais de 60% do desmatamento bruto na Amazônia é realizado em pequenas áreas espalhadas por todo seu território, a situação “no chão” costuma ser ainda mais grave do que apontam os dados do SAD, o que é comprovado pelos números do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), sistema oficial de monitoramento de desmatamento que o Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente divulga anualmente.
Fonte: Greenpeace