Desde 2005, mais de 700 mil pessoas morreram, 1,7 milhão de pessoas foram afetadas e 1,4 trilhão de dólares foram gastos em desastres.
Começa, neste sábado, dia 14 de março em Sendai, no Japão, a Terceira Conferência Mundial da ONU sobre a Redução do Risco de Desastre que tem por objetivo principal obter um novo quadro mundial para a gestão do risco de desastres para reduzir a mortalidade e perdas econômicas produzidas pelos desastres. A conferência da ONU acontece na região de Tohoku onde ocorreu o terremoto que causou o tsunami e o acidente nuclear de Fukushima, em março de 2011.
Desde a última conferência em Kobe, também no Japão, em janeiro de 2005, os desastres causaram a morte de pelo menos 700 mil pessoas, afetaram outro 1,7 milhão e as perdas econômicas foram de 1,4 trilhão de dólares.
O objetivo do encontro é atualizar o acordo histórico alcançado uma década atrás, em Hyogo, também no Japão, que detalhou o trabalho exigido de todos os diferentes setores e atores para reduzir as perdas causadas por desastres. O Quadro de Ação de Hyogo (HFA) produziu alguns sucessos importantes, incluindo a redução do número de pessoas diretamente afetadas por desastres naturais na Ásia – onde ocorrem a maioria dos tais catástrofes – em cerca de um bilhão.
Na véspera do encontro, a chefe do Escritório da ONU para a Redução de Risco de desastres (UNISDR), Margareta Wahlström, declarou que “depois de três anos de consulta sobre um quadro pós-2015, que atualiza o atual Quadro de Ação de Hyogo, há um consenso geral de que devemos passar de gestão de desastres para a gestão do risco de desastres“. Ela acrescentou que a nova estrutura a ser adotada na conclusão da conferência, na próxima quarta-feira (18), vai ajudar a reduzir os atuais níveis de risco e evitar a criação de novos riscos.
Sendai é a primeira de várias reuniões internacionais que acontecem em 2015, quando grandes questões mundiais serão discutidas. Depois de Sendai, os líderes mundiais reúnem-se em Adis Abeba (Etiópia), em Julho, para discutir o financiamento para o desenvolvimento; em seguida, em Nova York, em setembro, quando devem adotar uma nova agenda de desenvolvimento; e depois, em dezembro em Paris, quando será discutido um acordo sobre mudanças climáticas.
Fonte: ONUBR