Milhões de salmões de cativeiro morreram nos últimos dias no norte da Noruega, devido à proliferação de uma alga tóxica que ainda não foi possível controlar – informaram autoridades e profissionais do setor nesta quarta-feira (22).
Desde meados de maio, foram perdidas cerca de 11.600 toneladas de salmão nas estruturas (jaulas de rede) submersas instaladas nos fiordes de Nordland e Troms, segundo as últimas estimativas da Direção de Pesca da Noruega.
Isso representa milhões de animais, uma perda econômica de milhões de euros.
Os criadouros estão sendo dizimados por algas (unicelulares) da família dos haptófitos, um fitoplâncton muito comum em águas norueguesas, mas que, sob certas condições, pode proliferar a ponto de asfixiar os peixes em suas “jaulas”.
Número um mundial da produção de salmão de cativeiro, com um total de 1,3 milhão de toneladas em 2018 – de acordo com o Centro de Produtos do mar da Noruega -, o país escandinavo já sofreu um episódio similar em 1991.
“A proliferação não terminou”, insistiu a Direção de Pesca em um comunicado divulgado hoje.
Com o objetivo de limitar as perdas, os piscicultores se lançaram em uma corrida contra o relógio para deslocar, ou sacrificar, os peixes antes que as algas se estendam por suas explorações aquícolas.
Os profissionais do setor estimam que as perdas totais possam chegar a mais de 40.000 toneladas, já que se contava que estes peixes mortos crescessem até o fim do ano, ou início de 2020. O número é provisório e pode aumentar.
Este incidente contribuiu para o aumento do preço do salmão – pelo menos 5,7% em uma semana. Hoje, seu preço estava em mais de 6,7 euros o quilo (cerca de R$ 30).
AFP