Por Guy Faulconbridge e Peter Nicholls
Ativistas do clima tentaram provocar transtornos em cinco cidades britânicas nesta segunda-feira na tentativa de forçar o governo a agir para ajudar a evitar o que anunciam como um cataclismo ambiental.
O grupo Extinction Rebellion causou distúrbios em Londres com 11 dias de protestos em abril, que alardeou como o maior ato de desobediência civil na história recente do Reino Unido. Locais emblemáticos foram interditados, o edifício da Shell foi vandalizado, os trens foram interrompidos e o banco Goldman Sachs foi visado.
“Esta mobilização de emergência de cidadãos comuns, instigados a agir pela ameaça de uma falência climática e um colapso ecológico, exigirá que o governo adote uma ação imediata para deter a perda de biodiversidade e reduzir os gases do efeito estufa a zero até 2025”, disse o grupo.
A entidade disse estar realizando protestos em Bristol, Cardiff, Glasgow, Leeds e Londres.
Bristol disse ter fechado a Ponte de Bristol devido aos protestos, e a polícia de Gales do Sul disse que ruas do centro da cidade de Cardiff foram interditadas. Ativistas posicionaram um barco azul diante dos Tribunais Reais de Justiça, no centro londrino, e se sentaram na rua fazendo ioga.
“Através de diversos protestos sem violência, comunidades de todo o Reino Unido se unirão para realizar uma série de atos criativos de desobediência civil -bloqueando localidades, pontes e ruas específicas – e também organizando encontros, workshops, treinamentos, atividades para famílias, assembleias populares e mais”, anunciou o Rebelião contra a Extinção.
O grupo quer que a desobediência civil obrigue os governos a cortarem as emissões de carbono e evitar uma crise climática que, segundo afirma, provocará fome e um colapso social.
É uma revolta contra a extinção das espécies – incluindo a nossa, diz o grupo.
O grupo vem obtendo grande publicidade com atos na maior parte pacíficos – como interditar alguns locais emblemáticos de Londres, destruir uma porta no edifício da Shell e chocar parlamentares com um protesto de ativistas seminus no Parlamento.
O Extinction Rebellion exige que o governo declare uma emergência climática e ecológica, reduza as emissões dos gases do efeito estufa a zero até 2025 e crie uma assembleia popular de membros do público para liderar as decisões para lidar com a mudança climática.
Reuters