A contribuição das mulheres rurais é peça-chave para o desenvolvimento das sociedades, para a segurança alimentar e nutricional das populações e para a erradicação da fome no mundo, lembrou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na segunda-feira (15), Dia Internacional das Mulheres Rurais.
Segundo a agência da ONU, para aproveitar esse potencial, o mundo precisa enfrentar as desigualdades de gênero como um todo e, especialmente, aquelas existentes no setor agrícola.
As mulheres rurais são responsáveis por 45% da produção de alimentos no Brasil e nos países em desenvolvimento. Na maioria dos casos, elas trabalham tanto no campo como em casa, cerca de 12 horas semanais a mais que os homens. Ainda assim, somente 20% delas são proprietárias de terras.
Cerca de 90% do que as mulheres rurais lucram no campo é reinvestido na educação e no bem-estar da família. Além da justiça social, o empoderamento feminino pode representar um aumento de 30% na produção agrícola e garantir a segurança alimentar do planeta, segundo a FAO.
A agência lembra que também é preciso lutar pela melhor representação das mulheres nos mecanismos de governança e nos processos de tomada de decisão. É preciso aprimorar seu acesso à terra, aos recursos financeiros e aos programas de proteção social, criando oportunidades de mudanças reais, salientou.
As evidências mostram que, quando as mulheres podem agir de forma autônoma, os recursos naturais são mais bem administrados, as fazendas são mais produtivas, a nutrição é melhorada e os meios de subsistência são mais seguros, apontou a FAO.
A FAO reconhece a importância da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres rurais. A igualdade de gênero é uma das pautas prioritárias para a organização. Quando as mulheres têm o poder de decidir, toda a sociedade se beneficia, afirmou a agência.
ONU News