Com investimentos na ordem de R$ 100 milhões, a Honda, por meio da subsidiária Honda Energy, inaugurou em novembro seu primeiro parque eólico do mundo, na cidade gaúcha de Xangri-Lá. O empreendimento tem o objetivo de produzir toda a energia utilizada pela marca na fábrica de automóveis em Sumaré, no interior de São Paulo.
Depois de dois anos de estudos e dez meses de construção, o parque está pronto para produzir 95.000 MW/ano, ou seja, toda a produção anual da Honda — em média 120 mil carros — será gerada com energia limpa. Em termos de abastecimento, o parque produz o suficiente para fornecer energia para uma cidade com aproximadamente 35 mil pessoas.
Toda a energia gerada será “lançada” no Sistema Integrado Nacional (SIN) e utilizada normalmente na rede, gerando “crédito” para a marca, que, com isso, economizará cerca de 45% dos custos com energia.
Mas a Honda já pensa em ampliar suas iniciativas sustentáveis. Ao menos é o que afirma Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America. O objetivo do executivo é, em breve, ampliar esse abastecimento para a fábrica de motos em Manaus e para a nova fábrica de automóveis, ainda em construção na cidade de Itirapina, no interior de São Paulo.
Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, destacou que o Rio Grande do Sul foi escolhido para sediar o parque eólico por seu grande potencial de produção desse tipo de energia, uma vez que todo o estado é capaz de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade como Porto Alegre, com 1,47 milhão de habitantes.
O parque é composto por nove torres com 94 metros de altura, sendo que o ponto mais alto do conjunto alcança 150 metros. As 27 pás, por sua vez, possuem 55 metros e 15 toneladas cada, informou o Carsale.
Fonte: EcoD
Laísa Mangelli