Vários fatores, como a elevação das temperaturas, a mudança na vegetação e a proliferação de seres humanos, contribuíram para a extinção do mamute lanoso, segundo um novo estudo publicado nesta terça-feira pela revista Nature Communications.
O desaparecimento destes mamíferos foi progressiva, segundo este estudo, que questiona as afirmações anteriores segundo as quais ele teria se extinguido brutalmente, seja por doenças, por causa humana ou por uma catástrofe meteorológica.
"Não houve uma única causa que os eliminou de uma vez", declarou um dos autores do estudo, Glen MacDonald, da Universidade da Califórnia.
Segundo os pesquisadores, a análise das datações por meio do uso do carbono 14 revela um modelo de morte lenta provocada por vários fatores.
Seus resultados mostram como o mamute da Beríngia (ponte terrestre que unia o atual Alasca e a Sibéria oriental), presentes de maneira abundante até 45.000 e 30.000 anos antes de nossa era, registraram um longo declínio, enfrentando mudanças climáticas, de habitat e a presença humana, até seu desaparecimento definitivo há 4.000 anos.
Esta situação de conjunção de fatores pode ocorrer num futuro próximo, advertiu Glen MacDonald.
"Se observadas a amplitude das mudanças climáticas que prevemos no próximo século e as modificações na utilização das terras com o aumento da população, corremos o risco de submeter algumas espécies às mesmas pressões", concluiu.
Fonte: AFP