Os efeitos da supertempestade Sandy foram trágicos para Nova York, mas as expectativas climáticas para a megalópole não são animadoras. Para tentar contornar as más perspectivas foi lançado um plano de US$ 19,5 bilhões de dólares para obras que protejam a cidade do impacto das mudanças climáticas.
Atualmente a cidade tem 37 projetos de defesa costeira, contando com uma rede de muros, diques, dunas e outros tipos de proteção no entorno da megalópole, de acordo com o prefeito Michael Bloomberg. Uma das propostas de construção de muros prevê até estruturas de seis metros de altura bloqueando a vista da costa em Staten Island, na parte sul de Manhattan; Brooklyn, no sudeste, e em Queens, no nordeste – áreas muito afetadas pela supertempestade Sandy.
Previsões
Uma das estimativas é que, próximo do fim do século, um quarto de toda a cidade de Nova York esteja em área inundável, em uma região onde devem viver cerca de 800 mil pessoas, avaliou o prefeito da megalópole.
Se o fim do século parece distante, que tal os próximos 40 anos? Neste período a cidade pode ter o dobro de dias quentes registrados hoje, e o nível do mar mais 0,6 metros, de acordo com a agência de notícias Reuters.
"Algumas das nossas proteções costeiras podem ser controversas. Podem bloquear a vista, mas a alternativa é ficar inundado ou pior. Não podemos frear a natureza. Então, se vamos salvar vidas, vamos ter que viver com nossas realidades", argumentou Bloomberg.
As medidas foram apresentadas em relatório intitulado A Stronger, More Resilient New York (Uma Nova York Mais Forte e Resiliente), incluindo o investimento de US$ 19,5 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões) para mais de 250 recomendações e medidas, como a construção de proteções costeiras, novos padrões para telecomunicações e garantias para manter o fornecimento de energia, alimentos e combustíveis em momentos de crise, segundo informações do Instituto Carbono Brasil.
Fonte: Eco Desenvolvimento