Um quebra-gelos do Greenpeace se aproximou nesta terça-feira de uma embarcação da Rosneft no Ártico para protestar contra a produção de petróleo no Mar de Barents, que afeta o meio ambiente, segundo ambientalistas.
O quebra-gelos "Arctic Sunrise" se aproximou do barco de pesquisa sísmica "Akademik Lazarev" e pediu que o capitão parasse com sua "atividade perigosa para a natureza", segundo um comunicado da organização não governamental.
Os militantes se aproximaram depois do barco contratado pela petroleira russa Rosneft em pequenas embarcações, exibiram cartazes de protesto e tomaram "nota das atividades" da embarcação, declarou à AFP Aaron Gray-Block, porta-voz do Greenpeace.
Segundo a organização, os testes sísmicos são perigosos para os mamíferos do Ártico, já que, com frequência, o sinal interfere nos sons emitidos pelos animais.
Se uma baleia está a 500 metros da fonte de sinal, perde a audição e a 150 metros pode morrer, indicou o Greenpeace.
Segundo o Greenpeace, as ações de protesto continuarão nos próximos dias.
A exploração das reservas do Ártico se converteu em uma prioridade estratégica da Rosneft, que assinou acordos de cooperação com a BP, ExxonMobil e Statoil.
O grupo Rosneft, interrogado pela AFP, rejeitou as acusações dos ecologistas.
"A Rosneft realiza seus programas de exploração em conformidade com as normas ambientais russas e respeitando as licenças", indicou o grupo.
"Nos testes sísmicos é aplicado um programa de vigilância ecológica, assim como controles de segurança das operações", indicou a mesma fonte.
Fonte: AFP