As emissões de gases do efeito estufa provenientes dos automóveis são um dos maiores problemas ambientais do século 21, segundo especialistas. Motivos para tamanha preocupação não faltam: intensificação do aquecimento global, poluição atmosférica e, consequentemente, risco para à saúde humana estão entre eles.
Nesse sentido, as tecnologias limpas podem representar uma nova realidade em um futuro próximo. A fabricante japonesa de automóveis Toyota, por exemplo, apresentará um novo veículo movido a pilha de combustível no salão do automóvel de Tóquio, no final de novembro, de acordo com anúncio feito pela companhia na terça-feira (5).
O automóvel de quatro lugares tem autonomia de 500 km e pode ser recarregado com hidrogênio gaseificado em dois tanques de alta pressão em apenas três minutos, informou a Toyota durante entrevista coletiva. Esta técnica faz com que, ao rodar, o veículo não emita gás de efeito estufa, apenas água.
A Toyota pretende comercializar este novo modelo a partir de 2015, ano em que calcula que Japão, Europa e América do Norte contarão com "centenas de postos com hidrogênio".
O princípio da pilha de combustível é o da eletrólise invertida. A eletricidade é gerada fazendo elétrons extirpados de átomos de hidrogênio passar em um circuito. Em seguida, os átomos são recombinados com o oxigênio do ar para produzir água.
No salão de Tóquio, que será realizado entre 20 de novembro e 1º de dezembro, a Toyota também apresentará um protótipo de táxi para o mercado japonês que leva em conta a problemática ambiental e do envelhecimento da população. Entre outros pontos, o veículo permite a entrada de uma cadeira de rodas ou um carrinho de bebê. O objetivo é comercializar este modelo antes dos Jogos Olímpicos de 2020.
O fabricante japonês apresentará, ainda, um carro futurista sem volante que poderá ser dirigido com o motorista em pé. O veículo apresenta uma disposição inovadora das rodas: uma à frente, outra atrás e uma de cada lado.
Brasileiros e eficientes
Enquanto a tecnologia da pilha de combustível ainda não é uma realidade difundida em todo o mundo, o Inmetro atualiza seu ranking de consumo de combustíveis com a entrada de novos modelos de veículos no Brasil. No início de outubro, o órgão incluiu na sua tabela informações também sobre a emissão de poluentes, formando um banco de dados ainda mais completo sobre a eficiência energética e o nível de poluição dos veículos que rodam aqui no país.
O levantamento a seguir reúne apenas os carros que combinam eficiência no consumo de combustível e baixa emissão de poluentes.
Para chegar aos resultados de eficiência no consumo de energia, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, em parceria com a Petrobras no âmbito do Conpet, submete os carros a testes realizados em laboratórios por especialistas e os categoriza em seis grupos, de A a E – sendo A o mais eficiente e E o menos eficiente. Os veículos que recebem as melhores etiquetas dentro da sua categoria e/ou na comparação absoluta geral recebem o selo do Conpet e são considerados os mais econômicos em consumo de combustível. A participação das montadoras é voluntária.
Fonte: Eco Desenvolvimento