O Parlamento Europeu adotou nesta quarta-feira a nova Política Agrícola Comum (PAC), que pretende ser mais verde e sustentável, em um contexto de orçamentos reduzidos.
Esta adoção, após um compromisso assumido no âmbito da União Europeia em setembro, estava pendente desde a votação no Parlamento do orçamento plurianual 2014-2020, alcançado terça-feira.
Nesse período, 373,2 bilhões foram destinados à política agrícola, que continua a ser a que mais recebe financiamento europeu.
O aval do Parlamento, "depois de uma maratona de três anos de negociações, é um momento-chave para a mais antiga política comunitária, que nos permite liderar o mercado mundial, garantir o abastecimento e preservar as paisagens da Europa", considerou um dos deputados, o português Luis Manuel Capoulas Santos.
Apesar dos contratempos sobre as propostas da Comissão Europeia, a nova PAC será "mais verde, mais legítima para os contribuintes, mais equitativa e menos burocrática", assegurou.
Grupos conservadores e socialistas votaram para diferentes pacotes de reforma rejeitados pelos Verdes.
As discussões se concentraram nas divergências sobre o tipo de agricultura a ser promovida, quando a reforma deixa muita margem de manobra aos Estados.
Rompendo com o modelo anterior, em que cerca de 80% das verbas eram entregues a 20% das explorações agrícolas, a nova PAC prevê uma redistribuição entre os países e os produtores. Outra medida fundamental está ligada aos subsídios para medidas de preservação do meio ambiente. Prevê também medidas para favorecer os jovens agricultores.
Tendo em vista os ajustes pendentes, entrará em vigor em 2015, após um período de transição.
Fonte: AFP