Parques estaduais reservam opções de ecoturismo aos visitantes


Os parques estaduais são uma alternativa para aqueles que procuram uma opção de lazer durante as férias escolares e o verão. Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a expectativa é de que o número de visitantes cresça neste ano nas áreas de preservação abertas ao público. As equipes do IEF que trabalham nesses locais já estão prontas para atender aos turistas.

“O Governo de Minas, por meio do IEF, investe em diversas ações para manter estes ambientes protegidos e propícios à visitação pública. Recentemente, foram contratados aproximadamente 600 funcionários para reforçar as equipes”, afirma o analista ambiental do IEF, Benito Drummond, que ainda destaca a existência de planos de manejo e de exposições temáticas nas unidades.

“Além de material promocional e informativo para os turistas, compra de veículos e motos, obras e reformas das infraestruturas existentes, sinalização, implantação de equipamentos em trilhas eco turísticas como, por exemplo, escadas, corrimãos, pontes e passarelas”, completa o analista ambiental.

Um dos parques estaduais mais procurados pelos visitantes é o do Ibitipoca, classificado como o 3º melhor da América Latina e o 2° melhor do Brasil pelo traveller´s Choices 2013, do site de viagens TripAdvisior. O parque está localizado na Zona da Mata, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca.

A unidade de preservação possui uma área de 1.488 hectares com diversos atrativos turísticos como mirantes, grutas, praias, lagos, picos, cachoeiras e piscinas naturais formadas pelos Rios do Salto e Vermelho e o Córrego do Monjolinho. O pico da Lambada, também conhecido como Ibitipoca, com 1.784 metros de altitude, oferece uma vista panorâmica do local.

Para atender ao turista, o parque possui portaria, estacionamento, área de camping, restaurante, centros de visitantes, de administração e de pesquisas, casa de hóspedes e alojamentos destinados a pesquisadores e funcionários. Atualmente o número de visitantes diários está limitado a 300 pessoas.

“O principal objetivo de um parque é a proteção de seus recursos naturais. Com o ecoturismo este objetivo é melhor alcançado e contribui para a disseminação e mobilização das pessoas que os visitam para uma consciência ambiental mais conservacionista”, explica Benito Drummond.

 

Parque oficial da Copa do Mundo
 


A unidade de preservação do Itacololomi, nas cidades de Ouro Preto e Mariana, região Central de Minas, foi escolhida como o parque oficial da Copa do Mundo de 2014. O parque possui uma área de 7.543 hectares de matas, onde predominam quaresmeiras e candeias ao longo dos rios e córregos. Nas partes mais elevadas, aparecem os campos de altitude com afloramentos rochosos, onde se destacam as gramíneas e canelas de emas.
 


Dentre os atrativos do local estão trilhas, nascentes, lagoas, picos e expedições. Além disso, os turistas podem conhecer algumas atrações histórico-culturais, como o Centro de Visitantes Interativo, o Museu do Chá e a Casa Bandeirista, tido por especialistas como o primeiro prédio público do Estado.

A unidade ainda abriga diversas espécies de animais raros e ameaçados de extinção, como o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira (ave migratória). Também podem ser vistas espécies de macacos, micos, tatus, pacas, capivaras e gatos mouriscos, além de mais de 200 espécies de aves.

“Ao visitar um parque, além do turista se entreter, ele está em contato com a natureza e tem à sua disposição diversas opções de lazer, contribuindo para o ambiente visitado, ajudando-o na sua proteção”, enfatiza Benito Drummond.

Além do Ibitipoca e Itacolomi, Minas Gerais possui mais seis unidades estaduais de preservação abertas ao público: Parque Estadual de Nova Baden (Lambari), Parque Estadual do Rio Doce (Marliéria, Dionísio e Timóteo), Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto), Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (Araponga, Fervedouro, Miradouro, Ervália, Sericita, Pedra Bonita, Muriaé e Divino), Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho) e Parque Estadual do Sumidouro (Lagoa Santa).

 

Proteção ambiental

Em Minas Gerais, mais de 2,7 milhões de hectares são protegidos em 316 Unidades de Conservação Estaduais de categorias diferentes, sendo 214 de uso sustentável, 80 de proteção integral, além de 22 Áreas de Proteção Especial (APEs) correspondendo a 4,7% do território mineiro.

A identificação, criação e implantação de áreas protegidas é um das atribuições do IEF. Atualmente, existem em Minas Gerais 10 categorias de unidades de conservação e áreas protegidas. A Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) define unidade de conservação como “o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.”

Fonte: Agência Minas