Curso Online: Toxicologia Ambiental


                                                  

Sobre o curso: O Curso online de Toxicologia Ambiental terá início a partir da matrícula (ou primeiro acesso) do aluno no website oficial, e tem duração de 30 dias. O Curso realizado na modalidade a distância oferece livro digital, certificado digital e certificado impresso

Objetivo: Possibilitar e ajudar na compreensão dos conceitos toxicológicos. Dando ferramentas para que o profissional possa compreender os mecanismos que envolvem a Toxicologia ambiental

Público alvo: O curso está voltado para todos aqueles profissionais da área da saúde, que tenham interesse em toxicologia ambiental

Certificado: Somente os alunos aprovados têm direito ao certificado, que é postado nos Correios entre 15 (quinze) a 20 (vinte) dias após a data final do curso. Os certificados são impressos em papel especial, registrados internamente, contendo o conteúdo programático, número de registro, CNPJ da instituição, assinatura do responsável pelo registro e um selo holográfico de qualidade. Você receberá o certificado em um canudo, através dos Correios, garantindo que o mesmo não estará avariado ou amassado

Carga horária: 40 horas

Inscrições: As inscrições devem ser realizadas no website oficial do curso. O valor da matrícula pode ser dividido em até 6 vezes sem juros no cartão de crédito

Fonte: AgroEvento

Gabriel Real Ferrer apresenta palestra sobre as dimensões da sustentabilidade.


Na última terça-feira, dia 12 de novembro, Gabriel Real Ferrer, professor titular de Direito Administrativo da Universidade de Alicante (Espanha) esteve em Belo Horizonte. O professor apresentou a palestra “As dimensões da sustentabilidade”, no Centro Dom Helder de Convenções.

 

                                             

 

No começo do evento, o professor abordou a evolução do conceito de sustentabilidade, que foi influenciado por algumas “ondas”. De acordo com ele, a primeira onda foi a Conferência de Estocolmo, ocorrida na Suécia em 1972, quando o termo sustentabilidade foi descoberto. Em 1992, no Rio de Janeiro, a ECO-92 consolida o conceito e, nas discussões ocorridas no evento, houve esperança com relação à sustentabilidade. Já em 2002, em Johanesburgo, na África do Sul, durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, o professor destaca que houve certa indiferença sobre o tema. Por fim, Ferrer cita a RIO+20, evento ocorrido em 2012 também no Rio de Janeiro, como a “onda do medo”, visto que surgiram preocupações com relação ao futuro do planeta e da sustentabilidade.

 

Segundo Ferrer, a necessidade de garantia do futuro da humanidade não se restringe à preservação do meio ambiente, mas também deve ser reconhecida por mecanismos sociais. Assim, a sustentabilidade deve ser “a busca de uma sociedade global, capaz de perpetuar-se indefinidamente no tempo e que permite a todos ter uma vida digna”.

 

Quanto ao tema principal da palestra, o professor apresentou as três tradicionais dimensões da sustentabilidade (ambiental, social, econômica) e acrescentou à elas a dimensão tecnológica. O professor afirmou que a ciência e a técnica estão a serviço do homem e da sustentabilidade. Assim, elas deveriam prover os modelos sociais que propiciam um novo saber tecnológico e possibilitam a criação de novos sistemas de governança.

 

                                      

 

A dimensão ambiental é aquela que garante a proteção do sistema planetário, para manter as condições que possibilitam a vida na Terra. De acordo com Ferrer, é necessário desenvolver normas globais, de caráter imperativo, para que essa dimensão seja eficaz.

 

Sobre a dimensão social, Gabriel Ferrer explicou que ela é responsável por conseguir uma sociedade mais homogênea e melhor governada, com acesso à saúde e educação, combate à discriminação e exclusão social. Os Direitos Humanos, segundo ele, são uma tentativa de concretizar essa dimensão, entretanto, ele apresentou sugestões de reforma a essa dimensão, como a criação de um estatuto da cidadania global e o surgimento de novos modelos de governança, como políticas de globalização.

 

A respeito da dimensão econômica, Ferrer explica que o que passa pela vontade dos Estados tem um risco. De acordo com ele, as conferências do clima estão surtindo efeitos, mas não como deveriam, pois os convênios são assinados de acordo com o que cada país deseja. “Os Estados Unidos ainda não assinaram o convênio para o clima. O Canadá também não quer assinar. Já a China e a Austrália assinaram, finalmente. A realidade é essa”, disse.

 

Por fim, Gabriel Real Ferrer destacou que é preciso um novo Direito. Segundo ele, deve-se ampliar o âmbito espacial e temporal dos interesses que são protegidos. Ao abordar o assunto, o professor afirmou, ainda, que os profissionais do Direito são, na verdade, engenheiros sociais.

 

Fonte: Escola Superior Dom Helder Câmara

 

Lorena Belo

64, um golpe também ambiental


       

 

O Golpe de 64 tem mais a ver com ambiente do que se imagina. O aniversário de 50 anos é uma boa oportunidade para uma prosa.

 

A separação entre aqueles a favor de um estado grande e de um estado mínimo existe desde que começamos a pensar sobre o assunto. Infelizmente a questão, um tanto epistemológica, acabou separando as pessoas em dois grupos. De um lado os que querem a redução da maioridade penal, mais liberdades individuais e importam-se muito com a geração de empregos, e do outro aqueles que querem menos iniquidade, mais controle sobre empresas e estado grande. Por algum motivo que desconheço, o ambiente é uma preocupação maior para estes últimos que para os primeiros.

 

O Golpe de 64, se é que posso falar sobre algo que se passou antes de ter nascido, acirrou esta cisão. Enquanto ouço muito falar sobre a tortura e a limitação da expressão, as lembranças que tenho de criança nos anos 70 têm pouco a ver com isto, já que eu era filho de uma família mais preocupada com emprego e moradia e com certa simpatia pelo governo militar.

 

Como a agenda ambiental foi mais abraçada pela esquerda, ela ainda hoje enfrenta resistência na direita, e perdemos todos com isto. Também não ajudou a postura festiva. Já lia jornal quando Gabeira trouxe suas teses ambientais da Escandinávia e pousou com sua tanga de crochê em Ipanema. Nada contra ela, e menos ainda contra ele, que se tornou deputado de respeito. Mas naquele momento, faltou que também alguns empresários de terno e gravata falassem parecido. Até tivemos (e ainda temos) o Almirante Ibsen Câmara que fez mais pela conservação que um caminhão de cabeludos, mas não me lembro de outro caso parecido.

 

Aos 50 anos do golpe, é bom lembrar o presidente francês que disse que a esquerda não tem o monopólio do coração. Nem do ambiente, eu adicionaria.

 

O golpe trouxe décadas de trevas, mas passou ele, assim como passaram elas. Felizmente não há mais somente dois tipos de pessoa. No entanto, haja quantos tipos houver, todos respiram ar, bebem água, comem e se vestem e tudo isto vem de um único lugar que merece mais de nossa atenção. O ambiente.

 

Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br), Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva. É professor visitante da UFPR, PUC-PR, UNEB – Paulo Afonso e Duke – EUA
http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/

EcoDebate, 08/04/2014

Artigo de Efraim Rodrigues