Rio Grande do Sul recebe mais 10 Parques Eólicos


         

Em meio ao caos e desordem que assolam o nosso meio ambiente, qualquer notícia de progresso é bem vinda e comemorada. Promover bons resultados e ações que valorizam a natureza e desprezam o desperdício e a poluição é música para os ouvidos de nós, ambientalistas, ativistas e bichos-grilos que amam e trabalham em defesa de um meio ambiente em equilíbrio.  

Eis a boa nova: no dia 9 de Outubro os jornais do país noticiaram que o Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 603,9 bilhões para construção de 10 parques eólicos para a empresa Eletrosul Centrais Elétricas S.A no Rio Grande do Sul.

Com o apoio do BNDS, o grupo terá o investimento de R$ 956,5 milhões, correspondendo a 63,7% do total necessário. Os parques eólicos foram concedidos durante um leilão que ocorreu em agosto de 2011. O Rio Grande do Sul está entre os estados brasileiros que mais cresceram e investiram em energia limpa. As condições geográficas propícias e os trabalhos de incentivo resultaram nos 15 parques eólicos já em funcionamento. A previsão é que a operação destes dez novos parques inicie no fim de 2014.

No que se refere ao fator socioambiental, em um contexto de economia de baixo carbono, a energia eólica é a opção mais limpa para a produção de energia disponível comercialmente hoje no Brasil, com baixo impacto ambiental, visto que não gera poluentes, nem demanda a utilização de água para resfriamento ou para limpeza do processo. O potencial eólico brasileiro é estimado em 300GW, possuindo alta relevância face à necessidade de aumento da capacidade instalada nacional. O País contrata, por ano, cerca de 6 GW de potência nos leilões de energia nova e o potencial eólico disponível deve ser explorado para atender esta demanda.

O Brasil é destaque com geração de energia elétrica limpa e renovável, preponderantemente, hídrica, onde a eólica é complementar. Quarenta e cinco por cento da matriz energética provêm de fontes que não emitem CO2, contra menos de 20% da média mundial. Adicionalmente, o País dispõe de diversas opções de geração de energia limpa e competitiva para sua expansão, incluindo a hidroeletricidade, a co-geração, a biomassa e a energia eólica.
Os próximos anos serão fundamentais para a sustentabilidade do setor, consolidando a indústria e assegurando o domínio tecnológico desta fonte de geração de energia. O crescimento da indústria de energia eólica brasileira traz também muitos desafios associados, como a logística do transporte interno de equipamentos e de transmissão, a escassez de mão de obra e aspectos ambientais.

Fonte: abeeolica.org.br e eolicastrairi.com.br

Laísa Mangelli