Forma e foco para comunicar sustentabilidade


Na era da comunicação em rede, proliferam alertas e informações que apoiam mudança de hábitos cotidianos e rumos da economia mais conectados aos limites ambientais do planeta e a uma sociedade inclusiva. Mas a tal da sustentabilidade ainda enfrenta barreiras de forma e foco dos discursos para engajar mais adeptos.

Esta semana, captei duas referências pelo Twitter que ajudam a repensar a comunicação para sustentabilidade. A primeira,  um artigo no Guardian Sustainable Business, escrito pelo diretor da Narrative Leadership Associates, vai direto ao ponto: “Sustentabilidade necessita de nova narrativa, entre a utopia e a catástrofe“. O título do texto (em inglês) faz referência aos filmes de Hollywood que vem explorando o tema -como Avatar, O Dia Depois de Amanhã e 2012 – e defende abordagens mais elucidativas, como em “Indomável Sonhadora”. Mas a crítica poderia servir também para outros produtos da mídia mais tradicional, desde matérias jornalísticas até conteúdo gerado por empresas e ONGs, que ao exagerar nas tintas do bem e do mal podem causar afastamento pelo temor ou pelo excesso de otimismo, longe da realidade desafiadora que envolve nosso futuro comum, em meio a interesses diversos.

As tecnologias digitais e a comunicação em rede vêm trazendo boas dicas de como diversificar a forma de construir e proliferar os diálogos. Neste sentido que destaco outra referência que me chamou atenção esses dias no Twitter: as discussões sobre clima e comunicação, reunidas em #climatecomms. Boas matérias, apps, fóruns de discussão, questionamentos, dados, autores, obras, eventos, ferramentas … enfim, referências de quem atua em comunicação no contexto das mudanças climáticas, que ajudam a entender o potencial de novos modos de comunicar e como a comunicação é parte indissociável da sustentabilidade.

Por: Ricardo Barretto

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Gestão, Contabilidade e Comunicação para a Sustentabilidade Empresarial


          

Objetivo

O curso visa qualificar os alunos para desenvolver, monitorar, gerenciar e comunicar sobre as estratégias de negócio e indicadores de desempenho em que os interesses de todas as partes interessadas são incorporadas no contexto da sustentabilidade.
Ao fim do curso, os participantes adquirirão os seguintes conhecimentos:

– Conceitos e princípios de sustentabilidade ao nível empresarial e como abordá-los no desenvolvimento de modernas estruturas de governança corporativa e na definição das estratégias de negócios.

– Como identificar os riscos e as oportunidades relacionados às estratégias organizacionais sustentáveis.

– Como desenvolver um modelo gerencial baseado no balanced scorecard e num mapa estratégico orientado à sustentabilidade empresarial para empresas de diferentes setores.

– Como desenvolver indicadores de desempenho orientados para diferentes esferas da sustentabilidade empresarial e medir o progresso para cada objetivo estratégico definido.

– Técnicas de conceituação, design, de comunicação e de escrita de um modelo eficaz de relatório de sustentabilidade empresarial.

Público Alvo

O curso é adequado para aqueles que estão ou desejam estar envolvidos nas seguintes áreas: gestão e planejamento estratégico das organizações públicas e privadas, gestão ambiental, segurança e saúde, marketing e comunicação, recursos humanos, investimento ético, e relações públicas.

Pré-Requisito

É necessário estar matriculado em algum curso superior ou já ter concluído algum curso superior. Conhecimentos básicos nas áreas de gestão empresarial, contabilidade, comunicação e marketing são recomendados.

Carga Horária

24 horas.

Metodologia

    Os participantes do curso receberão uma apostila de autoria do professor, além de outras publicações de distribuição gratuita. Ao longo do curso haverá discussões sobre diferentes estudos de caso apresentados pelo professor e poderão compartilhar de suas experiências profissionais no campo da sustentabilidade empresarial. Os resultados de todos os exercícios apresentados em classe por cada grupo serão disponibilizados na intranet da CCE PUC-Rio e no website do professor.

    As aulas são apresentadas em Power Point e todos os slides são disponibilizados aos alunos antes de cada sessão junto com materiais de apoio (estudos de caso, literatura adicional) em formato eletrônico (em um CD ou em uma plataforma virtual).
Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos serão publicados posteriormente no portal da rede internacional de sustentabilidade CRUSUS com a autoria dos participantes do curso e estarão visíveis a um público internacional, onde receberão comentários e sugestões adicionais. Os trabalhos desenvolvidos em grupos pelos alunos receberão um grau e serão devidamente revisados antes da publicação final dos mesmos.

Programa

Parte I: O surgimento e uma visão geral da Responsabilidade Social e da Sustentabilidade Empresarial (RS&SE)

• A evolução histórica da gestão estratégica nas organizações pelo mundo: da Teoria da Agência (Jensen e Meckling (1976) à Teoria dos Stakeholders

• Os fatores da mudança na abordagem de gestão estratégica

• A extensão da Responsabilidade Social Empresarial para a Sustentabilidade Empresarial

• A perspectiva multidimensional da Sustentabilidade Empresarial e seus principais conceitos

• Princípios inerentes a um desempenho empresarial sustentável

• A importância do valor das partes interessadas na gestão da sustentabilidade empresarial

• Os benefícios associados à sustentabilidade empresarial

• Conceitos relacionados à sustentabilidade empresarial: risco de reputação, inovação e marketing social, política e regulamentação da competitividade, ética empresarial, cidadania corporativa, responsabilidade social, eco-eficiência, globalização justa, estabilidade de desempenho.

• Modelo de Sustentabilidade Empresarial

• Análise comparativa de empresas com modelos de gestão convencionais e modelos de gestão sustentáveis.

Estudo de caso (diferente por grupo): Um estudo de caso será discutido em sala de aula sobre a identificação dos principais agentes econômicos, ambientais, aspectos legais / éticos e sociais relevantes para empresas de alguns setores e países a serem selecionados (cada grupo terá um setor específico a investigar).

Parte II: Governança corporativa no contexto da Sustentabilidade Empresarial

• Principais conceitos de Governança Corporativa e suas aplicações na sustentabilidade empresarial.

• Os princípios e objetivos de Governança Corporativa propostos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

• Os compromissos do conselho diretor e do diretor executivo com a sustentabilidade da empresa

• Como desenvolver uma estratégia de sustentabilidade empresarial.

• Como envolver toda a organização e profissionais externos (outsourcing) para apoiar na implementação da sustentabilidade empresarial.

• As diferenças entre os sistemas de governança corporativa no Brasil e no mundo.

• Os fatores que impulsionam reformas nos sistemas nacionais de governança corporativa e nos padrões mundiais de governança corporativa.

• A influência crescente da mídia sobre as empresas na busca de práticas responsáveis de governança corporativa.

• A ética no contexto da governança corporativa e do investimento social responsável.

Estudo de caso (único para todos os grupos): Um estudo de caso comum para todos os alunos irá abordar um exemplo bem sucedido de uma estrutura de governança orientada para a sustentabilidade empresarial e uma estrutura de governança corporativa mal elaborada de outra empresa do mesmo setor. Os alunos irão identificar as principais diferenças entre ambas as empresas e os fatores críticos de sucesso.

Parte III: Gestão e Contabilidade para a Sustentabilidade Empresarial

• Custos no processo de tomada de decisão e avaliação de riscos no contexto da sustentabilidade.

• A avaliação de desempenho e sistemas de recompensa

• Os fundamentos e a implementação de sistemas de medição de desempenho em sustentabilidade: como medir os impactos e riscos inerentes.

• A extensão do modelo gerencial estratégico Balanced Scorecard aplicado à Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial (Sustainability Balanced Scorecard).

Estudo de caso (grupos): Um exercício será entregue a cada grupo de aluno com base na mesma empresa que escolheram no exercício I. Cada grupo tentará desenvolver uma matriz de análise de stakeholders (partes interessadas) baseada no modelo de Mendelow (poder vs nível de interesse) e um mapa estratégico no contexto da sustentabilidade da empresa baseado no Sustainability Balanced Scorecard (SBSC).

Parte IV: Indicadores de Desempenho e Guias de Relatórios de Comunicação em Sustentabilidade

Índices de Sustentabilidade Empresarial para Investimentos Socialmente Responsáveis

• Índices de Sustentabilidade Dow Jones (ISDJ)

• Índices de Sustentabilidade FTSE4Good

• Outros índices (breve abordagem)

Padrões de Relatórios de sustentabilidade empresarial:

• Global Reporting Initiative (GRI)

• Normas AA1000

• ISO 26000

• Connected Reporting Framework

Estudo de caso (diferente por grupo): Um exercício será entregue a cada grupo de alunos com base na mesma empresa que escolheram nos exercícios das partes I e III. Eles tentarão desenvolver indicadores de desempenho para a sustentabilidade da empresa, de modo que os objetivos estratégicos sugeridos no mapa estratégico do SBSC possam ser alcançados.

Parte V: Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial na Prática

• Alguns exemplos de boas práticas na implementação da sustentabilidade empresarial no Brasil e no mundo.

• Os prêmios ACCA para os relatórios de sustentabilidade empresarial.

• A análise dos índices de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI) em 2012.

• A análise dos índices Accountability Rating 2012

• Os principais desafios e soluções alternativas na implementação e gestão da sustentabilidade empresarial (conclusões gerais).

• A evolução e as tendências dos relatórios de sustentabilidade empresarial.

Estudo de caso (único para todos os grupos): Os alunos irão analisar o relatório de sustentabilidade de uma empresa que está listada no Índice de Sustentabilidade Dow Jones e irão apontar falhas no relatório e sugerir formas de melhoria na comunicação para a sustentabilidade com base nas recomendações do Connected Reporting Framework e nas diretrizes da GRI.

Corpo Docente

Veja a relação do corpo docente (sujeito a alteração)

Matrícula

O aluno cujo curso for custeado por uma empresa deverá, depois de efetuar a matrícula, preencher o modelo da carta de compromisso da empresa e envia-la através do “Aluno on line”, no prazo de 24 horas. Posteriormente enviaremos, à empresa, a nota fiscal com boleto bancário.  O aluno receberá um email automático de confirmação de matrícula, contendo as instruções para uso do “Aluno on line”

Certificado

O aluno que preencher satisfatoriamente os quesitos frequência e aproveitamento terá direito a certificado.

Observações

Vagas limitadas.

A realização do curso está sujeita à quantidade mínima de matrículas.

Bolsas de Estudos: devido à natureza autofinanciada dos cursos oferecidos pela CCE, não há viabilidade financeira para a concessão de bolsas de estudo.

 

Fonte e mais informações: CCE PUC – Rio

Redes digitais: conectando o planeta


              

 

Você já checou seus e-mails hoje? Postou alguma mensagem no twitter? Respondeu aquele torpedo do amigo no celular? Colocou aquela foto incrível no instagram?

 

Sim, esta é uma nova realidade. Difícil fugir dela. O mundo inteiro passa por uma transformação. Estamos no meio de um redemoinho, nos adaptando rapidamente – ou melhor, ao vivo, neste exato momento, a uma nova arquitetura da comunicação. “Estamos sendo chamados a repensar a comunicação”, afirma Massimo Di Felice, sociólogo pela Universidade La Sapienza de Roma, doutor em Ciências da Comunicação, autor de diversos livros e atualmente professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

 

Di Felice foi o palestrante convidado para debater Redes e dinâmicas sociais –
Para onde vão? O que buscam?
, tema do 110º Fórum do Comitê da Cultura de Paz, promovido pela Associação Palas Athena –, em parceria com a Unesco, realizado esta semana no auditório do MASP, em São Paulo.

 

O modelo de comunicação do passado era bastante simples. Havia o emissor – alguém que transmitia uma mensagem, o canal pelo qual esta mensagem era enviada e, finalmente, o receptor – a pessoa que a recebia. Com as redes digitais surgiu um novo conceito. Há uma rede distribuída e a informação pode ser gerada, recebida e transformada em qualquer lugar. “Hoje a internet não conecta somente computadores, mas tudo e todos”, diz o sociólogo.

 

Entre as principais características desta nova forma de comunicação estão:

– comunicação de todos para todos;
– desconstrução e manipulação da mensagem;
– interatividade;
– fim dos pontos de vistas centrais;
– computação móvel;
– conectividade

 

“Nossa inteligência agora é estendida a uma rede mundial”, acredita Di Felice. “E ela incrementa nosso senso de participação na sociedade”. O estudioso citou os movimentos sociais ocorridos no Brasil recentemente como um fenônemo típico da era digital. Imagens de confrontos entre manifestantes e policiais captadas por dispositivos móveis rodaram a internet e transformaram a maneira como a notícia até então era publicada. “Não foram somente os humanos que ocuparam as ruas, mas as redes também”. E certamente elas dão maior visibilidade à opinião pública.

 

A comunicação digital também nos faz perceber mais claramente como tudo está interligado. Cada ação provoca uma reação. Finalmente o ser humano se dá conta que não é o único a viver no planeta. Em tempo real, ele consegue acompanhar o desmatamento na Amazônia, o degelo no Ártico e a seca na Austrália. “Não existe oexterno para o planeta. Tudo o que fazemos tem efeito sobre a Terra”.

 

Para o sociólogo, a lógica da rede é o pensar na complexidade. Ele enxerga nela um enorme potencial para alavancar o conhecimento e estimular o aprendizado. “Pela primeira vez na história da humanidade as pessoas têm acesso livre ao conhecimento”, analisa.

 

O resultado deste novo paradigma digital que se abre diante da nossa sociedade exige que repensemos a pedagogia, a maneira como ensinamos nas escolas. O professor se tornará um mediador, aquele que leva o aluno a entender o conhecimento da rede.Sejamos bem-vindos ao admirável mundo novo digital!

 

Fonte: Planeta Sustentável

Foto: Reprodução

Comunicação e Sustentabilidade


Como se diferenciar num mercado onde todo mundo é verde?

                                    

A crise de reputação das organizações e de seus dirigentes traz a tona questões que estão intimamente ligada com a comunicação corporativa. Palavras como transparência e engajamento de públicos estão cada vez mais presentes nos discursos dos executivos e demonstram a crescente preocupação com as informações disponibilizadas em seus canais e com os públicos que impactam suas organizações.

Este curso tem como objetivo sensibilizar e aprofundar a relação que existe entre a comunicação corporativa e a sustentabilidade, tratando o tema de maneira transversal e colocando o comunicador como protagonista desse movimento.

Qual o papel da comunicação no movimento da Sustentabilidade?
Como transformar a sustentabilidade num valor intangível para as organizações?
Como o movimento da sustentabilidade vem mudando a forma como entendemos e fazemos comunicação?

Público: profissionais e estudantes de Comunicação (Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas, Marketing), que tenham interesse no tema sustentabilidade.

Programação: Dimensão Conceitual; Comunicação e Sustentabilidade; As três dimensões

Local: Eko Residence Hotel

Endereço: Av. Desembargador André da Rocha, 131 Centro Histórico. Porto Alegre/RS.

Informações: https://www.facebook.com/events/261157990705357/?previousaction=join&source=1

Fonte: Agenda Sustentabilidade