Conferência promove cidadania ambiental nas escolas


               

 

Com o tema Vamos cuidar do Brasil com as escolas sustentáveis, a IV CNIJMA – Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente* promoverá, de 25 a 29/11, encontros e debates voltados para o fortalecimento da cidadania ambiental nas escolas, em Brasília/DF. 

Realizado pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente e pelo MEC – Ministério da Educação, o evento é voltado a escolas com, pelo menos, uma turma do Ensino Fundamental cadastrada no Censo Escolar de 2011. O objetivo é construir soluções para problemas socioambientais coletivamente, levando em conta a opinião e o protagonismo de adolescentes e jovens. 

Cada escola participante deve enfrentar um duplo desafio: educar para a sustentabilidade ao mesmo tempo em que se transforma em um espaço educador sustentável e comprometido com as questões socioambientais locais e globais. 

Instituições de ensino de todo o Brasil podem se inscrever para a primeira das quatro etapas do evento – Conferência na Escola – até 31/08. Veja o passo a passo para participar na cartilha da Conferência.

*CNIJMA

CONFERÊNCIA NACIONAL PELO MEIO AMBIENTE 
Quando:
 de 25 a 29/11 
Onde: Brasília/DF 
Informações: no site da iniciativa.

Fonte: Planeta Sustentável

O que Cuba tem a nos ensinar sobre sustentabilidade


        
 
Uma das atividades mais impactantes para a sustentabilidade é a agricultura. Dados da Embrapa de 2011 apontam que do pouco da água existente no planeta que serve para consumo, aproximadamente 70% dela vai para a agricultura. Além da água, a agricultura também é a grande responsável pelo consumo de energia e produtos químicos que destroem o solo, como fertilizantes e inseticidas (sem contar que também contaminam cursos de água próximos à produção).
 
Mas o que Cuba tem a ver com tudo isso?
 
 
Todo mundo sabe que Cuba sempre foi forte em agricultura, principalmente na produção de açúcar, certo? Se não sabiam, ficaram sabendo agora. Pois bem, voltemos algumas décadas, quando o país recebia ajuda financeira da, então, URSS e a tinha como principal parceira comercial. Naquela época Cuba praticava uma agricultura convencional, tão impactante para o meio ambiente como a de qualquer outro país.
 
 
E aí que a reviravolta política que aconteceu no mundo no final dos anos 80 e início dos anos 90 obrigou a pequena ilha a mudar todo o seu processo agrícola. Para sobreviver. Enquanto era financiada pela URSS, Cuba era altamente dependente de petróleo importado, de pesticidas e, mesmo, de importação de alimentos, já que a produção de açúcar ocupava 2/3 das terras cultivadas.
 
 
Com o fim da União Soviética, e sem acesso a combustíveis fósseis e seus derivados, o governo cubano lançou uma revolução agrícola que acabou por duplicar a produção de alimentos, ao mesmo tempo em que produzia uma safra de exportação suficiente para manter flutuante o câmbio da moeda do país. E como isso foi possível?
 
 
Através do uso de tecnologia nativa, os agricultores mesclaram pesticidas e fertilizantes microbianos fabricados localmente com a cultura de minhocas, a reciclagem de resíduos, o controle biológico de pragas, a compostagem e outras práticas sustentáveis, gerando uma agricultura orgânica de massa. Somado a essas técnicas agrícolas locais, o modelo adotado ajudou a evitar o êxodo do campo para as cidades e propiciou segurança alimentar para o país. Além disso, o modelo privilegiou a venda direta do produtor para o consumidor, com preços de livre mercado.
 
 
 
O que Cuba foi obrigada a fazer por necessidade de sobrevivência, o mundo hoje se encontra na iminência de ter de fazer por necessidade ambiental e econômica, já que o fim do petróleo barato, as restrições de carbono e a escassez de recursos tornarão a transição para uma agricultura sustentável fundamental para o planeta.
 
 
E só para rechear com alguns números o impacto da agricultura sustentável no meio ambiente e na economia:
 
 
  • Fazendas orgânicas são de 20% a 56% mais eficientes em energia do que as de agricultura convencional;
  • Redução em 30% das emissões de carbono e 90% das emissões de óxido nitroso;
  • Os solos retêm cerca de 30% a mais de matéria orgânica (evitando, assim, a erosão);
  • Além de emitir menos CO2, a produção orgânica sequestra o carbono, numa ordem de, dependendo da técnica utilizada, 370kg por hectare/ano.
  • Produtos orgânicos alcançam preços premium que variam de 35% a 240% do preço de grãos comuns;
  • Está projetado para 2014 um mercado global de produtos orgânicos de 96,5 bilhões de dólares.

 

Texto escrito por: Julianna Antunes

Fonte: Sustentabilidade Corporativa