Plástico biodegradável, verde e oxibiodegradável: qual a diferença?


Já existem no mercado brasileiros plásticos alternativos, que não são feito de petróleo ou que são biodegradáveis. Mas dá para confiar nesse plástico “verde”?

          

 

Em substituição às sacolas de plásticos comuns, alguns supermercados já oferecem sacolas de plásticos biodegradáveis, chamadas também de compostáveis. Nas gôndolas, será possível encontrar outros tipos de sacos plásticos, como o oxibiodegradável e o chamado plástico verde. Afinal, qual é a diferença entre esses tipos de plásticos alternativos? Veja a seguir as características deles:

 

Plástico Verde

Já existem sacos e embalagens de produtos disponíveis no mercado como o chamado plástico verde, fabricado pela Braskem. Esse plástico é feito a partir da cana-de-açúcar, que é uma matéria-prima renovável, ao contrário do petróleo, o que é uma vantagem. Porém, ele não é biodegradável, isto é, não se decompõe. Assim como o plástico comum feito a partir do petróleo, o plástico verde vai continuar a causar problemas nas cidades e na natureza como o entupimento de bueiros e a morte de animais que consomem fragmentos de plástico. Além disso, o plástico verde é mais caro que o comum.

 

Plástico Oxibiodegradável

Esse tipo de plástico, já oferecido no mercado brasileiro, contém na sua formulação um aditivo acelerador do seu processo de degradação. De acordo com os fabricantes, ele se decompõe de 18 a 24 meses. Porém, não há consenso na comunidade científica de que isso ocorra. Além disso, o plástico oxibiodegradável não pode passar pela reciclagem mecânica, o método mais comum no Brasil. Assim como o plástico verde e o biodegradável, é mais caro que o plástico comum.

 

Plástico Biodegradável (Compostável)

Muitos supermermercados estão vendendo nos caixas as sacolas plásticas biodegradáveis, feitas a partir do milho. Segundo os fabricantes, a decomposição leva cerca de seis meses. Para que isso aconteça, entretanto, é preciso que o material seja encaminhado para usinas de compostagem, que não são comuns no Brasil, que utiliza principalmente aterros sanitários. "O ambiente dos aterros sanitários é anaeróbio, não tem característica de biodegradação para este tipo de sacola", diz a professora Eglé Novaes Teixiera, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Campinas (Unicamp), especialista em resíduos sólidos. O preço do plástico biodegradável também é mais alto que o do plástico comum.

 

Ou seja..

Para o consumidor brasileiro consciente, atualmente, só resta uma opção: banir o consumo de sacos plásticos seja ele comum, verde, oxibiodegradável ou biodegradável. Qualquer que seja o plástico utilizado haverá prejuízos ao meio ambiente e às cidades. Portanto, faça um uso racional dos sacos plásticos e destine à reciclagem aqueles que não for usar. Reuse sacolas convencionais, caixa de papelão, sacolas de feira, vale de tudo. Lembre-se, que são 20 minutos em suas mãos e depois, 150 anos na natureza. Vale realmente a pena?

 

Questione produtos intitulados ‘verdes’ antes de usá-los. Pois a ganância voraz do sistema capitalista que governa este planeta, infelizmente burla a si mesmo usando da boa vontade e consciência ambiental alheia para aumentar suas cifras, mesmo que tal atitude prejudique a todos e ao habitat comum a todos nós, bichos, mas humanos.

 

Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/plastico-biodegradavel-verde-e-oxibiodegradavel-qual-a-diferenca

Laísa Mangelli

No Dia Mundial da Justiça Social, ONU destaca diferença entre pobres e ricos


                                              

                                     Desigualdades sociais aumentam a distância entre ricos e pobres
 

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que está aumentando a diferença entre as pessoas mais pobres e as mais ricas do mundo. Segundo ele, esta situação acontece não somente na comparação entre países mas também dentro de cada nação, inclusive entre as mais prósperas.

 

A declaração de Ban foi para marcar o Dia Mundial da Justiça Social,  celebrado no dia 20 de fevereiro.

 

Solidariedade Global

Ele disse que a data é observada para demonstrar o poder da solidariedade global no sentido de avançar na criação de novas oportunidades para todos.

 

Ban explicou que circunstâncias como onde a pessoa nasceu, viveu ou a sua raça ou gênero não devem determinar nunca sua renda.

 

Além disso, o Secretário-Geral afirmou que essas circunstâncias não podem determinar as oportunidades dessas pessoas para obter uma educação de qualidade, serviço de saúde básico ou um trabalho decente.

 

Ainda nessa lista, o chefe da ONU citou o acesso à água potável, a participação política e o fato de se viver livre de ameaças ou violência física.

 

Para Ban, com a ampliação das desigualdades, o tecido social das sociedades acaba se esticando também. Isso segundo ele, leva a uma espiral descendente de incertezas econômicas e sociais e até mesmo a distúrbios populares.

 

Desigualdade

O Secretário-Geral declarou que os conflitos violentos em várias partes do mundo têm como raiz uma profunda desigualdade, discriminação e uma pobreza generalizada.

 

Ainda assim, Ban explicou que não há nada que seja inevitável sobre a desigualdade. Os objetivos compartilhados da comunidade internacional devem ter como alvo a adoção de medidas práticas para acabar com as barreiras à dignidade e ao desenvolvimento humano.

 

Vozes

Segundo ele, a experiência mostra que o crescimento econômico, por si só, não é suficiente.

 

Ban afirmou que todos devem fazer mais para proporcionar mais poder às pessoas através de um bom emprego, proteção social e garantir aos pobres e marginalizados que suas vozes serão ouvidas.

 

O chefe da ONU disse que todos caminham com os esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e formular a agenda de desenvolvimento pós-2015.

 

Ele deixou claro que neste momento é importante fazer da justiça social o ponto central para se alcançar um crescimento equitativo e sustentável para todos.

 

* Publicado originalmente no site Rádio ONU.

por Edgard Júnior, da Rádio ONU

Foto: Reprodução

Fonte: Envolverde