Homem consumiu recursos do planeta para 2014 em apenas 8 meses, diz pesquisa


                   

Ambientalistas apontaram o dia 19 de agosto, como o “Dia da Sobrecarga da Terra”, em que os recursos naturais do planeta disponíveis para 2014 já foram consumidos, o que faz com que os habitantes estejam em saldo negativo com o meio ambiente em pleno mês de agosto.

“Estamos no vermelho com o planeta, pois gastamos, no ano, mais do que a gente deveria, já estamos gastando a partir de hoje o que o planeta vai ter que produzir para o ano que vem”, explicou à Agência Efe a engenheira agrônoma da rede ambientalista WWF, Maria Cecília Wey de Brito.

De acordo com a pesquisa da organização internacional de sustentabilidade Global Footprint Network (GFN) divulgada hoje pelo dia da sobrecarga da terra, 85% da população mundial vive em países que demandam mais de natureza do que os ecossistemas podem renovar.

De acordo com os dados da GFN, “seriam necessários 1,5 planeta para produzir recursos ecológicos necessários” para suportar a demanda humana por recursos naturais.

“O uso dos recursos naturais acima da capacidade da Terra está se tornando um dos principais desafios do século 21. É um problema tanto ecológico quanto econômico. Países com déficits de recursos e baixa renda são ainda mais vulneráveis”, afirma Mathis Wackernagel, presidente da GFN.

Também para a engenheira agrônoma, o planeta está em uma fase de “déficit ecológico”, calculado com base no quanto o planeta pode produzir e quando os habitantes consomem.

Em 2000, o cálculo foi feito pela primeira vez para identificar o dia da “Sobrecarga da Terra” (Overshoot Day) que, na época, foi em outubro e, 14 anos depois, este dia chegou no oitavo mês do ano.

“Não estamos sabendo regular essa conta com o planeta, existem alternativas para balancear vida cotidiana e meio ambiente”, alertou Wey de Brito.

De acordo com este déficit, alguns países aparecem nas três primeiras colocações como “devedores” ao planeta: Emirados Árabes, Catar e Bélgica.

Em contrapartida, alguns locais aparecem como “credores”, baseados em sua biodiversidade territorial em contraponto com o que está sendo consumido através de atividades cotidianas como transporte, uso da água até a agricultura.

O Brasil aparece em nona posição como país credor, mas a especialista alerta que isso não significa uma realidade positiva, mas de atenção.

“O Brasil é um país que, apesar de estar gastando mais, tem uma alta biocapacidade, mas ainda precisa de várias alternativas como a mudança do transporte de combustíveis fósseis para outros tipos de modais, entre outras situações”, explicou à Efe.

Sobre a agricultura, setor que movimenta o país, Wey de Brito, indica uma revisão de práticas de plantio e gestão dos solos com “plantios diretos e sem desmatamento”, além de utilizar menos insumos agrícolas.

“Especialmente num país tropical como o Brasil com alta capacidade de produção, precisamos de menos insumos e, assim, poderemos ter uma condição de vender nossos produtos em outros países chamando a atenção para essas características, criando um público exigente que vai pagar mais caro isso”, disse.

Fonte: Terra

Laísa Mangelli

Preservação ambiental ou humana?


Sempre que escrevo sobre atitudes para praticar a favor do meio ambiente, fico pensando: estamos ajudando o meio ambiente ou estamos nos ajudando? Pela lei natural dos fatos, somos dependentes do meio e apenas interferimos a favor ou contra a natureza, mas ela não depende de nós, pois somos parte dela.

                                         

 

 Muito antes de estarmos no planeta Terra, a natureza já estava presente (e diga-se de passagem, muito bem sem a presença humana). Outras espécies dominantes passaram por aqui (exemplo: dinossauros, que já não existem mais), e o verde continuou com seu esplendor.

Comprovadamente, a natureza sempre procura manter certo equilíbrio entre todas as espécies, tal como exemplo as cadeias tróficas, onde um determinado tipo de animal depende de outro para seu desenvolvimento e preservação da espécie, começando pelos de menor porte até os maiores, permitindo um controle populacional e consequentemente um controle do consumo de recursos naturais e tempo para absorção e reposição dos mesmos.

 

Na verdade, tudo começa e termina em um grande ciclo fechado e harmônico, onde os seres produtores de alimentos (autótrofos – dotados de clorofila) conseguem sintetizar sua “comida”, posteriormente sendo ingeridos por animais (seres heterótrofos – que não produzem seu próprio alimento) em diferentes níveis tróficos, e estes quando morrem, são decompostos por micro-organismos, fazendo com que elementos usados pelos autótrofos estejam disponíveis novamente para eles, formando um ciclo de nutrientes.

 

Quando pensamos em seres humanos, onde nos encontramos neste ciclo? Nós ingerimos tanto seres autótrofos (exemplo: alface e tomate) como seres heterótrofos (exemplo: peixe e vaca), mas, e nossos predadores naturais? Quem controla nosso número populacional? E o consumo de recursos naturais, como fica?
 
Em alguns estudos de ecologia, a espécie humana é vista como uma praga, pois vai devorando tudo o que encontra (deixando um rastro de destruição para trás, como famintos gafanhotos, partindo para novas áreas em busca de recursos quando uma região já está esgotada), porém sem um predador natural para seu controle (no caso dos gafanhotos, existem diversos predadores naturais, tais como as aranhas, corujas e morcegos, dentre outros)
 
Olhando por esse lado, voltamos à questão: Quem ajuda quem? Ajudamos o meio ambiente por acharmos sermos superiores, por uma questão meramente ética, por sermos "inteligentes", mas sem comprometimento com nossas vidas… ou ajudamos a nós mesmos, pois com a falta de recursos naturais teremos sérios problemas, faltará alimento, não teremos água potável, o clima afetará nossas vidas de forma nociva, doenças surgirão em níveis alarmantes e outras consequências negativas? Quem está se ajudando? Pense e opine, deixe seu comentário e vamos todos refletir sobre esse pensamento.
 
Fonte: Aprendendo Ecologia
 
Laísa Mangelli
 
 

Preservação ambiental ou humana?


Sempre que escrevo sobre atitudes para praticar a favor do meio ambiente, fico pensando: estamos ajudando o meio ambiente ou estamos nos ajudando? Pela lei natural dos fatos, somos dependentes do meio e apenas interferimos a favor ou contra a natureza, mas ela não depende de nós, pois somos parte dela.

                                         

 

 Muito antes de estarmos no planeta Terra, a natureza já estava presente (e diga-se de passagem, muito bem sem a presença humana). Outras espécies dominantes passaram por aqui (exemplo: dinossauros, que já não existem mais), e o verde continuou com seu esplendor.

Comprovadamente, a natureza sempre procura manter certo equilíbrio entre todas as espécies, tal como exemplo as cadeias tróficas, onde um determinado tipo de animal depende de outro para seu desenvolvimento e preservação da espécie, começando pelos de menor porte até os maiores, permitindo um controle populacional e consequentemente um controle do consumo de recursos naturais e tempo para absorção e reposição dos mesmos.

 

Na verdade, tudo começa e termina em um grande ciclo fechado e harmônico, onde os seres produtores de alimentos (autótrofos – dotados de clorofila) conseguem sintetizar sua “comida”, posteriormente sendo ingeridos por animais (seres heterótrofos – que não produzem seu próprio alimento) em diferentes níveis tróficos, e estes quando morrem, são decompostos por micro-organismos, fazendo com que elementos usados pelos autótrofos estejam disponíveis novamente para eles, formando um ciclo de nutrientes.

 

Quando pensamos em seres humanos, onde nos encontramos neste ciclo? Nós ingerimos tanto seres autótrofos (exemplo: alface e tomate) como seres heterótrofos (exemplo: peixe e vaca), mas, e nossos predadores naturais? Quem controla nosso número populacional? E o consumo de recursos naturais, como fica?
 
Em alguns estudos de ecologia, a espécie humana é vista como uma praga, pois vai devorando tudo o que encontra (deixando um rastro de destruição para trás, como famintos gafanhotos, partindo para novas áreas em busca de recursos quando uma região já está esgotada), porém sem um predador natural para seu controle (no caso dos gafanhotos, existem diversos predadores naturais, tais como as aranhas, corujas e morcegos, dentre outros)
 
Olhando por esse lado, voltamos à questão: Quem ajuda quem? Ajudamos o meio ambiente por acharmos sermos superiores, por uma questão meramente ética, por sermos "inteligentes", mas sem comprometimento com nossas vidas… ou ajudamos a nós mesmos, pois com a falta de recursos naturais teremos sérios problemas, faltará alimento, não teremos água potável, o clima afetará nossas vidas de forma nociva, doenças surgirão em níveis alarmantes e outras consequências negativas? Quem está se ajudando? Pense e opine, deixe seu comentário e vamos todos refletir sobre esse pensamento.
 
Fonte: Aprendendo Ecologia
 
Laísa Mangelli