Graças a uma nova consciência ambiental emergente que questiona o domínio do homem sobre as demais espécies e o planeta, a Costa Rica, um pequeno país em termos de extensão territorial, mas com uma grande riqueza de biodiversidade (estima-se em 4% das espécies conhecidas no planeta, aproximadamente meio milhão vivem lá), decidiu encerrar os seus zoológicos e convertê-los em parques urbanos e jardins.
Cerca de 400 animais, de 60 espécies diferentes, até Março passado retidos em cativeiro, foram libertados nos seus habitats naturais ou nos casos em que a readaptação não seja possível, encaminhados para santuários de organizações de resgate.
Esta consciência ambiental do governo da Costa Rica levou também o seu ministro do ambiente a declarar recentemente, em Pequim, que o seu país traçou como objetivo ser o primeiro país do mundo a tornar-se "carbono neutro", em 2021.
"Estamos enviando uma mensagem ao mundo. Queremos ser congruentes com nossa visão de país que protege a natureza", disse à BBC Mundo Ana Lorena Guevara, vice-ministra de Meio Ambiente da Costa Rica.
Guevara explica que, com a decisão, o governo pretende eliminar o conceito de animais enjaulados e criar novos espaços de parques naturais.
A vice-ministra diz que há uma grande quantidade de zoológicos privados no país com uma visão de resgate e preservação que continuarão funcionando. No entanto, os que pertencem ao Estado passarão por uma transformação total.
A decisão de fechar os zoológicos estatais foi tomada por um país conhecido internacionalmente por sua luta pela preservação ambiental.
Em 1998, a Costa Rica promulgou a chamada Lei da Biodiversidade, uma extensa legislação de proteção ao meio ambiente, considerada pioneira no mundo.
Apesar de responder por apenas 0,03% do território da superfície da terra, o país reúne, segundo cientistas, 4% de toda a biodiversidade do planeta.
Fonte: http://www.pan.com.pt/
Laísa Mangelli