A luta por uma educação ambiental permanente


                    

No ano em que a mais importante Lei voltada para o meio ambiente – a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – se torna finalmente realidade, nos deparamos com a urgência de uma conscientização da necessidade de uma educação ambiental eficaz e permanente.

Estamos a apenas dois meses do fim do prazo estipulado para que a lei entre em vigor para valer. Mas, infelizmente, muito pouco ou quase nada ainda foi feito. Tal urgência não se revela importante diante das autoridades governamentais deste país. Há pouco incentivo na área de educação ambiental. A população em sua maioria, nem ao menos conhece a dita lei, e pior, não há informação disponível em mídias de massa sobre a importância de se cuidar do meio ambiente em que se vive, o seu bairro, a sua rua, a sua casa. A idéia de trazer a sustentabilidade para dentro de casa ainda é uma utopia para muitos e uma luta para os ambientalistas e defensores da Terra. Em um país em que a taxa de saneamento básico é de apenas 62% e não existe incentivo ambiental na vida cotidiana, como ensinar as pessoas a ‘pensar sustentável’ e a cobrarem do governo uma PNRS que seja real?

Sabe-se que os primeiros ensinamentos, ainda na infância, são os que permanecerão para toda a vida. Daí a necessidade de plantar a sementinha da sustentabilidade já na infância, seja em casa através dos pais ou no ambiente escolar, através de escolas que possuem disciplinas e atividades voltadas para a importância de se preservar a natureza. É o que está acontecendo em Roraima, onde 60 escolas estaduais entraram para o programa Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE Escolas Sustentáveis”, do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Com recursos que variam entre R$ 8 mil e R$ 14 mil para o investimento em ações educacionais sustentáveis. Iniciativa que merece reconhecimento nacional e também serve de modelo para outros estados e municípios.

Todavia, existem muitos projetos ambientais bacanas e pessoas interessadas em mudar tal cenário. Professores, ambientalistas, simpatizantes e gente comum que se preocupa com o ambiente natural, com a reciclagem, com a escassez hídrica, com a extração excessiva de recursos naturais e principalmente em educar ambientalmente as nossas crianças para o futuro. Fornecer a elas a chance de promover atitudes sustentáveis em favor de todos e para todos. Educar para a sustentabilidade é ensinar a viver no coletivo, onde todos nós moramos na mesma casa e dependemos dela para viver, comer, existir.

Laísa Mangelli