Processo requer 95% menos energia que a criação de novos materiais
Reciclar alumínio requer 95% menos energia que criar o material novo do minério de bauxita. O plástico reciclado requer 75% menos energia e o papel menos 40%.
A reciclagem do alumínio economiza muita energia, e além disto o processo pode ser feito quase um número infinito de vezes (ele não degrada, como plástico, ou papel). Assim, pode chegar um dia que a produção nova não seja necessária.
Embora o alumínio seja o terceiro elemento mais abundante na superfície da Terra, ele não foi isolado até 1825, e era tão escasso que durante décadas custou mais caro que a prata. A bauxita existe em todo lugar, mas o complicado é extrair o metal (que ganhou seu nome por ter sido descoberto na cidade francesa de Les Baux). Apenas em 1886 o processo foi resolvido. A razão de o alumínio ter ficado oculto por tanto tempo é que ele, diferentemente do ouro ou da prata, é reativo demais para ocorrer em sua forma pura.
A bauxita tem de ser derretida para formar um outro mineral, a criolita, que depois é atravessada por uma corrente elétrica, separando os átomos de oxigênio do alumínio. São necessárias quatro toneladas de bauxita para produzir uma tonelada de alumínio. O processo consome muita energia.
“Latas de bebida podem ser recicladas em 60 dias, e depois deste prazo estão de volta às prateleiras,” diz Nick Madden, responsável pela compra do metal bruto para a Novelis, maior produtora mundial de folhas de alumínio.
“É um dos poucos materiais que é genuinamente 100% reciclável. Se a demanda parar de crescer, isto começará a reduzir a exigência de produção primária.” afirma.
Atualmente, a Novelis obtém 50% de seu alumínio de lixo – latas vazias, carros, demolições – e pretende aumentar isto para 80% até 2020, informa a BBC.
Foto: Craig Sunter *Click-64*/Creative Commons
Fonte: Planeta Sustentável