A Comlurb apresentou na última terça-feira (19) o balanço do primeiro ano do programa Lixo Zero e as novas metas dessa nova fase da operação. Desde que o programa que prevê multas a quem sujar a cidade foi implementado, em 20 de agosto de 2013, foram efetivadas 57.281 multas e apenas 312 pessoas tiveram de ser encaminhadas à delegacia, por se negarem a dar o número do documento de identificação (CPF ou passaporte, no caso de estrangeiros).
Do total de multas – a maioria por pequenos resíduos – 17.288 já foram pagas, gerando uma arrecadação de quase R$ 2,7 milhões à Comlurb. Esse valor é destinado ao custeio do programa e à compra de mais lixeiras para a cidade. Outras 1.219 estão em recurso; 38.774 não foram pagas e 21 mil infratores estão inscritos no Serasa. A média mensal de multas aplicadas é de cinco mil.
De acordo com o presidente da companhia, Vinícius Roriz, já é possível perceber a mudança de hábito em vários bairros, bem como a melhoria no padrão e na percepção de limpeza nas ruas da cidade:
“Nesse primeiro ano de Lixo Zero o trabalho planejado e estruturado levou ao sucesso da operação. O objetivo do programa é ordenar o lixo nas lixeiras e manter as ruas mais limpas. E observamos uma melhoria muito grande com relação a isso. Hoje, recolhemos mais lixo das lixeiras do que do chão, o que mostra que a população mudou seu comportamento e está mais consciente e preocupada em manter a cidade mais limpa”, afirma.
O Lixo Zero já atua em 97 bairros, 23 permanentemente – os demais são atendidos com blitzes frequentes – com cerca de 400 profissionais atuando na fiscalização. O programa prevê multas que vão de R$ 170 até R$ 3,4 mil, com exceção do não recolhimento das fezes de animal de estimação, cujo valor é R$ 106. Os valores têm como base a Lei de Limpeza Urbana (nº 3.273 de 06/09/2001).
O Centro é o bairro com mais multas aplicadas, totalizando 24.778, seguido de Copacabana (10.417), Ipanema (6.836) e Campo Grande (3.384). “Vamos, a partir de agora, intensificar a fiscalização sobre o descarte irregular de entulho de obras; os grandes geradores de resíduos, como bares e restaurantes; a colocação do lixo domiciliar fora dos horários da coleta; e as caçambas que não cumprem os padrões e as determinações da Lei de Limpeza Urbana” sinaliza Roriz.
No primeiro semestre de 2013, a cidade contava com 30 mil papeleiras instaladas. Atualmente já são 60 mil (14 mil colocadas no final de 2013 e 16 mil este ano). Além disso, existem mais 1.800 contêineres na faixa de areia das praias e 1.500 nos quiosques.
Fonte: CicloVivo
Laísa Mangelli