Aumenta número de municípios paulistas com bônus para quem economizar água


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Até o momento, 37% dos consumidores conseguiram obter o bônus
Foto: rafaelpagliuca

 

O governo do estado de São Paulo anunciou na segunda-feira, 31 de março, a ampliação para a capital e 30 municípios da região metropolitana de São Paulo do incentivo a economia de água. Será concedido um bônus de 30% no valor da conta de água para aqueles que reduzirem o consumo em 20%. A medida entra em vigor nesta terça-feira (1º).

 

Em fevereiro, o governo havia estabelecido o bônus apenas para os consumidores atendidos pelo Sistema Cantareira. Agora, cerca de 17 milhões de pessoas poderão receber o bônus. A meta da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é chegar a 6 metros cúblicos (m³) por segundo de economia, o que equivale a mais de 518 milhões de litros de água por dia. Apesar do aumento do incentivo, o governo admite a possibilidade de racionamento de água.

 

Até o momento, 37% dos consumidores conseguiram obter o bônus; 39% economizaram, mas não chegaram à meta de 20%, e não receberam o desconto. No total, segundo o governo, 76% dos consumidores conseguiram reduzir o gasto de água. No entanto, 24% dos consumidores aumentaram o uso de água.

 

Em uma série de 84 anos, não há registro de fenômeno semelhante a esse, relativo aos meses de verão.
 
 

O governo ressalta que Guarulhos, Mogi das Cruzes, Mauá, Santo André e São Caetano não são operados pela Sabesp e que caberá à prefeitura e aos serviços autônomos de cada município a decisão de trabalhar com bonificação ou algum outro estímulo para o uso racional da água.

 

Os municípios que passarão a ter o bônus são: São Paulo; Arujá; Barueri; Biritiba Mirim; Caieiras; Cajamar; Carapicuíba; Cotia; Diadema; Embu; Embu-Guaçu; Ferraz de Vasconcelos; Francisco Morato; Franco da Rocha; Itapecerica da Serra; Itapevi; Itaquaquecetuba; Jandira; Mairiporã; Mogi das Cruzes; Osasco; Pirapora do Bom Jesus; Poá; Ribeirão Pires; Rio Grande da Serra; Salesópolis; Santana de Parnaíba; São Bernardo do Campo; Suzano; Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.
 
 

Na segunda-feira (31), o nível de armazenamento de água do Sistema Cantareira voltou a bater recorde negativo: 13,4%. O volume de chuva que atingiu o manancial no mês de março, no entanto, superou a média histórica. Foram 193,3 milímetros (mm) acumulados no mês, ante 184,1 mm de média histórica.

 

Apesar das chuvas, a vazão média afluente do sistema [volume de água que o Cantareira recebe dos rios] em março correspondeu a aproximadamente 13,9 metros cúbicos por segundo (m³/s), o que equivale a apenas 23,1% da média histórica do mês, ou 59,2% da menor vazão anteriormente registrada, de 23,5 m³/s, em março de 2012.

 

Segundo nota do grupo técnico de assessoramento para a gestão do Sistema Cantareira, em uma série de 84 anos, não há registro de fenômeno semelhante a esse, relativo aos meses de verão. Fazem parte do grupo técnico representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), da Sabesp e do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

(Via Agência Brasil)

Fonte: EcoDesenvolvimento