Decoração natalina da UFPE foca na sustentabilidade


 
Árvore será adornada por 68 lâmpadas. Foto: Lead Assessoria/Divulgação  
Árvore será adornada por 68 lâmpadas. Foto: Lead Assessoria/Divulgação
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) apostou na sustentabilidade ao elaborar sua decoração natalina. Executada pela empresa Edson Lira Iluminação Cenográfica, a cenografia conta com elementos criados a partir de 17 mil garrafas PET, trabalhados por artesãs de Moreno, na Região Metropolitana do Recife. A árvore de Natal já foi montada e, até a próxima segunda-feira (16), será adornada por 68 estrelas. A ornamentação faz parte do projeto de extensão acadêmica do Centro de Artes e Comunicação (CAC) com a Prefeitura universitária e Proest.
 
Cinco mil garrafas PET foram usadas para fazer a árvore, que mede dez metros de altura e é coroada por uma estrela de 2 metros. Outras 12 mil garrafas foram reutilizadas na confecção das estrelas. Os revestimentos da árvore e as estrelas foram feitas por 20 mulheres do projeto social mantido por Edson Lira na estação ambiental da empresa em Moreno. Na iluminação natalina do campus, priorizou-se as fontes de luz com baixo consumo de energia elétrica, utilizando-se principalmente lâmpadas de LED.
 
Edson Lira é dono do maior acervo de garrafas PET destinado à cenografia no estado. Somente este ano, reutilizou aproximadamente 290 mil delas para produzir objetos decorativos para o Natal do Recife e também o de São José dos Campos (SP), onde assina toda a cenografia natalina. Vale destacar que as garrafas descartadas em geral são comercializadas por R$ 0,05. A Edson Lira, porém, compra com ágio (a R$ 0,20) para auxiliar as cooperativas de catadores.
 
Além da UFPE, Lira executou a decoração no Cais da Alfândega, dentro do projeto “A natureza ilumina o Recife”, assinado pelas arquitetas Bete Paes (escritório A Mão Livre) e Márcia Chamixaes (Via Arquitetura Iluminação & Design). No principal polo oficial do Natal do Recife, foi erguida uma árvore com 23 metros e 570 elementos, entre pássaros e flores. O cenotécnico montou ainda o ambiente com 1.400 pallets ao redor para que o público pudesse circular e assistir às atrações musicais e ao maping na fachada do Paço Alfândega.
 
Edson executou a iluminação das Avenidas Rio Branco e Marquês de Olinda, além das ruas do Sol, da Aurora e do Bom Jesus. E, também na capital pernambucana, implementou o projeto da árvore da Rede Globo no Quartel do Derby (utilizando 20 mil garrafas de PET) e a decoração no Hospital das Clínicas, com um cometa gigante feito a partir de 50 mil garrafas. 
 
Em São José dos Campos (SP), onde Lira é responsável por toda a decoração natalina da cidade, foram utilizadas 200 mil garrafas PET. A cenografia inaugurada nesta semana inclui árvore de Natal cantante com espaço para um coral de 100 pessoas, iluminação e decoração de diversas praças e ruas e da Igreja de São Benedito, tombada pelo patrimônio histórico. Na Praça Santos Dumont foi instalado um presépio gigante, com figuras de 2,5 metros criadas por artesãos do interior de Pernambuco.  

Com informações da Universidade Federal de Pernambuco

Crônicas do Consumismo, à entrada de dezembro


"Estaremos tão entediados, tão carentes de afeto, que precisamos ganhar essas porcarias para acender uma última centelha de satisfação hedonista? Terão as pessoas se tornado tão imunes ao sentimento de irmandade a ponto de se prontificarem a gastar 46 libras [R$ 177] num pacote de petiscos para cães ou 6,50 libras [R$ 20] em incríveis biscoitos personalizados, em vez de dar o dinheiro a uma causa melhor?', escreve George Monbiot, ambientalista, escritor e jornalista inglês, em artigo publicado por Outras Palavras.

Eis o artigo.

                       

A culpa cumpre um papel. É o que distingue o resto da população dos psicopatas. Trata-se do sentimento que você tem quando é capaz de sentir empatia. Mas a culpa inibe o consumo. Para sufocá-la, surgiu uma indústria global que usa celebridades, personagens de desenhos animados e música de elevador. Ela procura nos convencer a não ver e a não sentir. Parece funcionar.

Os resultados da pesquisa Greendex 2012 (“Consumers Choice and the Environment”, ou “As Opções dos Consumidores e o Meio-ambinte”) mostram que nos países mais pobres as pessoas sentem-se, em geral, mais culpadas com relação aos impactos causados na natureza do que as populações dos países ricos. Os países onde as pessoas sentem menos culpa são Alemanha, Estados Unidos, Austrália e GrãBretanha, nessa ordem – enquanto Índia, China, México e Brasil são os países onde as pessoas estão mais preocupadas. Nossa culpa, revela o estudo, acontece na proporção inversa ao tamanho dos danos causados pelo consumo. Isso é o contrário do que nos dizem milhares de editoriais da imprensa corporativa: que as pessoas não podem dar-se ao luxo de cuidar da natureza até que se tornem ricas. As evidências sugerem que deixamos de cuidar justamente quando nos tornamos ricos.

“Consumidores em países como México, Brasil, China e Índia”, diz o estudo, “tendem a ser mais preocupados com as questões das mudanças climáticas, poluição do ar e da água, desaparecimento de espécies e escassez de água doce … Por outro lado, a economia e os custos de energia e combustível suscitam a maior preocupação entre os consumidores norte-americanos, franceses e britânicos.” Quanto mais dinheiro se tem, mais importante ele se torna. Meu palpite é que nos países mais pobres a empatia não foi tão entorpecida por décadas de consumo irracional.

Assista ao mais recente anúncio da Toys R Us nos EUA. Um homem vestido como guarda florestal arrebanha crianças em um ônibus verde em que se lê “Encontre a Fundação Árvores”. “Hoje nós estamos levando as crianças à viagem de campo que mais poderiam desejar”, diz o guarda dirigindo-se a nós. “E eles nem sabem disso.”

No ônibus ele começa a ensiná-las, mal, sobre as folhas. As crianças bocejam e se mexem nos bancos. De repente, ele anuncia: “Mas nós não estamos indo à floresta hoje …” Ele tira a camisa de guarda florestal. “Estamos indo para a Toys R Us, pessoal!” As crianças ficam alucinadas. “Vamos brincar com todos os brinquedos, e vocês podem escolher o brinquedo que quiserem!” As crianças correm, em câmera lenta, pelos corredores da loja, e quase desmaiam enquanto acariciam os brinquedos.

A natureza é um tédio, já o plástico é emocionante. Crianças que vivem no centro da cidade e que levei a um bosque, semanas atrás, contariam uma história diferente; mas a mensagem, martelada com suficiente frequência, acaba por tornar-se verdadeira.

O Natal permite que a indústria global de besteiras recrute os valores com os quais muitos de nós gostaríamos que a data estivesse associada – o amor, a vivacidade, uma comunidade espiritual –, com o único objetivo de vender coisas de que ninguém necessita ou mesmo deseja. Infelizmente, como todos os jornais, The Guardian participa dessa orgia. A revista de sábado trazia o que parecia ser uma lista de compras para os últimos dias do Império Romano. Há um relógio cuco inteligente para os que têm familiares estúpidos o suficiente, uma chaleira operada remotamente, um distribuidor de sabão líquido por 55 libras [R$ 210]; um skate de mogno (vergonhosamente, a origem da madeira não é mencionada nem pelo Guardian, nem pelo varejista), um “pino pappardelle de rolamento”, seja lá que diabo for isso, bugigangas de chocolate a 25 libras [R$ 96], uma caixa de… barbante de jardim (!) por 16 libras [R$ 61].

Estaremos tão entediados, tão carentes de afeto, que precisamos ganhar essas porcarias para acender uma última centelha de satisfação hedonista? Terão as pessoas se tornado tão imunes ao sentimento de irmandade a ponto de se prontificarem a gastar 46 libras [R$ 177] num pacote de petiscos para cães ou 6,50 libras [R$ 20] em incríveis biscoitos personalizados, em vez de dar o dinheiro a uma causa melhor? Ou isso é o potlatch do mundo ocidental, no qual gastam-se quantias ridículas em presentes ostensivamente inúteis, para melhorar nosso status social? Se assim for, devemos ter esquecido que aqueles que se deixam impressionar por dinheiro não merecem ser impressionados.

Para atender a essa forma peculiar de doença mental, devemos retalhar a Terra, abrir grandes buracos na superfície do planeta, ocupar-se fugazmente com os produtos da destruição e então despejar os materiais em outros buracos. Relatório da Fundação Gaia revela um crescimento explosivo no ritmo da mineração: a produção de cobalto aumentou 165% em 10 anos, a doo minério de ferro em 180% e, entre 2010 e 2011, houve um aumento de 50% na exploração de metais não-ferrosos.

Os produtos dessa destruição estão em tudo: eletroeletrônicos, plásticos, cerâmicas, tintas, corantes, a embalagem em que nossas besteiras vão chegar. À medida que os depósitos mais ricos se esgotam, cada vez mais terra deve ser rasgada para manter a produção. Mesmo os materiais mais preciosos e destrutivos são sucateados quando um novo nível de dopamina torna-se necessário: o governo do Reino Unido informa que uma tonelada de ouro, embutido em equipamentos eletrônicos, é depositada nos aterros a cada ano, neste país.

Em agosto, uma briga das mais instrutivas inflamou o Partido Conservador. O ministro do Meio Ambiente, Lord de Mauley, pediu às pessoas para consertar suas engenhocas em vez de atirá-las no lixo. Isso era necessário, argumentou, para reduzir a quantidade de aterros, seguindo as diretrizes da política europeia de resíduos. Para o The Telegraph, “as propostas poderiam alarmar as empresas que lutam para aumentar a demanda por seus produtos.” O parlamentar do Partido Conservador Douglas Carswell bradou: “desde quando precisamos do governo para nos dizer o que fazer com torradeiras quebradas?”…

Para ele, o programa de recuperação econômica do governo depende de consumo incessante: se as pessoas começarem a consertar as coisas, o esquema entra em colapso; skates de mogno e chaleiras wifi são respostas necessárias a um mercado saturado; o deus de ferro do crescimento, ao qual nos devemos curvar, demanda que gastemos o mundo dos vivos até o esquecimento fim dos tempos.

“‘Mas roupas velhas são estupidez’, continuou o sussurro incansável. ‘Nós sempre jogamos fora as roupas velhas. Descartar é melhor que consertar, descartar é melhor que consertar.’” O Admirável Mundo Novo parece menos fantástico, a cada ano.

 

Fonte: IHU – Unisinos

10 passo a passos de decorações natalinas sustentáveis e elegantes



Se a reciclagem for feita com capricho e bom gosto qualquer projeto pode ficar elegante e chique.

Se a reciclagem for feita com capricho e bom gosto qualquer projeto pode ficar elegante e chique.

O Natal se aproxima e todos já estão enfeitando suas casas. Para te ajudar, o CicloVivo separou dez passo a passos do site Madame Criativa, que de maneira única e com muito bom gosto, reutilizam materiais na decoração natalina.

As autoras do site, que são mãe e filha, acreditam que baixo custo não significa mau gosto e reciclagem não significa pobreza. “Reaproveitar materiais significa inteligência e consciência ambiental. E se a reciclagem for feita com capricho e bom gosto, qualquer projeto pode ficar elegante e chique”, diz Bianca Barreto, que é Artista Plástica e Fotógrafa. Confira as dicas que separamos:

1 – Árvore feita com revista dobrada

A beleza pode estar na simplicidade e esta decoração natalina feita com revista dobrada e pintada com tinta spray é a prova disso. Para fazer a árvore basta retirar a capa e fazer uma dobradura. Depois é só decorar como quiser. Confira aqui o passo a passo completo.


Fotos: Madame Criativa

2 – Estrela 3D em papel

A estrela de papel dá um efeito muito legal para a decoração natalina. Com uma folha de papel é possível dar volume a uma estrela. Você pode tanto fazer várias estrelas pequenas para substituir as tradicionais bolas, como fazer uma grande para o topo da árvore. Veja aqui o passo a passo.


Fotos: Madame Criativa

3 – Anjinho de rolha

O anjinho feito com rolha pode ser feito até mesmo por quem não tem familiaridade com artesanato e todo o material pode ser encontrado em casa. Você vai precisar de uma rolha e um arame de pedaços de papel alumínio, papel branco ou papel laminado e uma tirinha de renda ou outro tecido. Clique aqui para ver o passo a passo.


Fotos: Madame Criativa

4 – Pendentes em papel

Este passo a passo é feito apenas com um quadrado de papel, alguns cortes e um pouco de cola. Você pode abusar da criatividade na escolha dos papéis e das cores para fazer os pendentes. Veja aqui como é simples de fazer.


Fotos: Madame Criativa

5 – Duendes de rolo de papel higiênico

Utilizando papelão de rolo de papel higiênico e feltro você pode criar belos duendes de Natal. Crianças podem ajudar nessa decoração, já que eles são muito fáceis de se fazer. Confira aqui o passo a passo.


Fotos: Madame Criativa

6 – Festão de pipoca

Se você já enjoou dos seus enfeites natalinos e não quer investir em enfeites novos, inove com um festão baratinho e criativo. Esta é uma ideia muito simples e antiga que mexe com a imaginação da criançada. Veja aqui como fazer.


Fotos: Madame Criativa

7 – Porta velas de garrafa

Este porta velas feito com garrafa de vidro fica muito elegante e ainda tem a vantagem de não apagar com o vento. Para fazer a pintura com bolinhas, você pode usar adesivos e tinta spray. Clique aqui para o passo a passo.


Fotos: Madame Criativa

8 – Ouriços de palito

Esta decoração natalina é para quem curte o estilo “clean”. Os ouriços são feitos com palitos espetados em um pedaço de sabão. As peças tem glitter prateado no centro para dar brilho e mantém as pontas com madeira aparente. Saiba como fazer aqui.


Fotos: Madema Criativa

9 – Flocos de neve de papel

Este é outro tipo de artesanato ideal para fazer com a criançada. Os flocos de neve de papel possuem um desenho único que só é revelado quando ele é desdobrado. Os recortes criam lindas mandalas decorativas. Acesse aqui o passo a passo.


Fotos: Madame Criativa

10 – Lanternas com potes de vidro

O porta velas feito com potes de vidro é um objeto decorativo muito singelo, porém encantador. Você vai precisar de potes de vidro, papel, fita de tecido e arame. Veja aqui o passo a passo.


Fotos: Madame Criativa

Fonte: Redação CicloVivo