Obama pede ação contra mudança climática


Uma palmeira em uma área de carvão fóssil queimada na Indonésia. Na agenda da UICN há moções que incluem mitigar seu impacto na biodiversidade. Foto: Cortesia de Wetlands International

Uma palmeira em uma área de carvão fóssil queimada na Indonésia. Na agenda da UICN há moções que incluem mitigar seu impacto na biodiversidade. Foto: Cortesia de Wetlands International

Barack Obama, destacou a urgência de se enfrentar a mudança climática, em um discurso aos líderes dos Estados insulares do Pacífico, no Havaí,seu Estado natal.

Por Guy Dinmore, da IPS – 

Honolulu, Estados Unidos, 2/9/2016 – “Nenhum país, nem mesmo um tão poderoso como os Estados Unidos, está imune à mudança climática”, ressaltou o presidente dos Estados Unidos – Barack Obama, no dia 31 de agosto, na Conferência de Líderes das Ilhas do Pacífico, no Centro Leste-Oeste da Universidade do Havaí.

O mar “já engole aldeias” no Alasca e as geleiras derretem a um ritmo “sem precedentes”, recordou o mandatário. Ao destacar os esforços de seu governo para combater a mudança climática com políticas energéticas, afirmou que “não há conflito entre uma economia saudável e um planeta saudável”.

A ameaça incomum que se abateu esta semana sobre o Havaí, por meio de dois furacões que se aproximavam, realçou a mensagem do presidente justamente quando esse Estado insular recebe o Congresso Mundial da Natureza, organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Cerca de 8.300 delegados de mais de 180 países participam desse encontro, entre eles chefes de governo e de Estado, organizações e empresários.

Entretanto, as reiteradas advertências de Obama em matéria de mudança climática foram ignoradas pela mídia nacional, totalmente voltada à eleição de seu sucessor e concentrada nas declarações sobre imigração do candidato do opositor Partido Republicano, Donald Trump, no México. Nesse contexto, as advertências de tempestade ocuparam lugar somente nos informes sobre o clima.

A UICN informou que Obama não participaria da cerimônia de abertura do Congresso em Honolulu, mas previa visitar as ilhas Midway em sua primeira viagem ao maior santuário marinho do mundo, bastante ampliado pelo decreto do executivo da última semana de agosto. Depois, o presidente partirá para a China, para o encontro do Grupo dos 20 (G-20) países industrializados e emergentes.

Obama quadruplicou o tamanho do Monumento Nacional Marinho de Papahanaumokuakea para mais de 582 mil milhas quadradas de terra e mar no entorno das ilhas de Sotavento, no noroeste dessa ilha. O santuário foi criado durante o governo de George W. Bush (2001-2009) e as autoridades da UICN esperavam que a escolha do Havaí como sede do Congresso, que acontece a cada quatro anos, permitiria a Obama ampliar o alcance da decisão de Bush em seu Estado Natal.

A aposta deu resultado, mas a escolha de Honolulu não esteve livre de controvérsia, pois os membros da UICN se mostraram descontentes com a pegada de carbono dos milhares de delegados que tiveram que voar e percorrer longas distâncias até chegarem a essa cidade. Um pequeno grupo de manifestantes também cobrou dos Estados Unidos a remoção das bases militares do Havaí.

A UICN considera o Congresso como “o maior e mais inclusivo fórum de decisões do mundo em matéria ambiental”, que procura definir o caminho a seguir para a conservação da natureza nos próximos anos.“O Congresso fixará o rumo a ser percorrido para soluções baseadas na natureza, a fim de tirar milhões de pessoas da pobreza, criando uma economia mais sustentável e restabelecendo uma relação saudável com nosso planeta”, ressaltou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim

Por sua vez, o ministro das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou: “Estamos todos juntos nisso. É hora de sermos audazes. É hora de agir. Não há tempo a perder, por isso vamos fazer com que no Havaí valha a pena”.Sob o lema Planeta na Encruzilhada, o Congresso busca destacar que a conservação da natureza e o progresso humano não são um jogo de soma zero.

“Existem opções factíveis e acessíveis que podem promover o bem-estar geral, ao mesmo tempo apoiando e ampliando os valores naturais do planeta”, segundo a UICN, que reúne 1.300 organizações.Entre os principais assuntos em debate no encontro, destacam-se tráfico de vida silvestre, conservação dos oceanos, soluções baseadas na natureza para mitigação e adaptação ao aquecimento global, e investimento privado na conservação.

“Espera-se a adoção de cem moções nesse congresso ambiental único de governos e ONGs, que depois se tornarão resoluções ou recomendações da UICN, e que chamarão terceiros a tomarem medidas”, afirmou a entidade.As moções da agenda incluem promover a conservação da diversidade biológica em áreas fora de toda jurisdição nacional, mitigar os impactos da expansão da palma na biodiversidade, terminar com o uso do chumbo nas munições, proteger as florestas primárias e antigas, bem como as áreas de grande biodiversidade, das danosas atividades industriais e do desenvolvimento de infraestrutura em grande escala.

Além disso, no dia 4, o Congresso divulgará uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN, considerada a maior fonte de informação sobre o status da conservação da flora e da fauna mundiais. E, no dia seguinte, será publicado um informe sobre Alerta de Oceanos.Dois delegados europeus, que pediram para não serem identificados, disseram que o debate e a pressão nos bastidores podem chegar a ser intensos, pois os governos e os empresários buscam proteger seus estreitos interesses dos grupos ambientalistas de pressão. Envolverde/IPS

Fonte: Envolverde

Supremo dos EUA suspende plano de corte de emissões poluentes proposto por Obama


O Supremo Tribunal dos Estados Unidos suspendeu nessa terça-feira (9) um ambicioso programa de redução de emissões poluentes por centrais térmicas proposto pelo presidente norte-americano, Barack Obama.

A reportagem foi publicada por Agência Lusa / ABr, 11-02-2016.

A intervenção da mais alta instância judicial dos Estados Unidos foi requerida por 27 estados – a maioria governada pelo partido Republicano -, que contestam o programa de promoção de energias limpas, assumido por Obama como um dos pilares de sua política de combate às alterações climáticas.

A decisão suspende a aplicação do Clean Power Plan (Plano da Energia Limpa), concebido pela Agência de Proteção ambiental (EPA) dos Estados Unidos e que impõe às centrais elétricas reduções drásticas das emissões de dióxido de carbono (um dos principais agentes do efeito estufa), de 32% até 2030, em relação aos níveis de 2005.

Por cinco votos a quatro, o Supremo norte-americano decidiu manifestar publicamente o seu desacordo com a decisão.

Fonte: IHU

Obama defende em Paris acordo com força legal para salvar clima


Declaração na COP21 apresenta mudança de discurso dos EUA.

Mudança pode destravar impasse crucial na negociação de tratado.

O presidente dos EUA, Barack Obama (Foto: AP)O presidente dos EUA, Barack Obama (Foto: AP)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mencionou pela primeira vez nesta terça-feira (1º) que deseja ver um acordo "legalmente vinculante" – com força de implementação obrigatória – para redução de gases de efeito estufa. A declaração, que sinaliza uma mudança de discurso de seu país, ocorreu logo antes de o presidente americano deixar a conferência do clima, a COP21, que acontece em Paris.

 

 

Após participar de um encontro com com representantes de países mais ameçados pela mudança climática, Obama afirmou que espera um acordo que inclua uma "meta mais ambiciosa" na busca de uma economia global de baixo carbono ao longo do século.

"Isso significa que os países terão apresentado metas especificas", afirmou. "Apesar de essas metas serem autodeterminadas, deve existir um mecanismo em que elas sejam apresentadas para o mundo com a confirmação de que todos estjam trabalhando nessas metas, atingindo essas metas, de modo que haja um unico mecanismo transparente que os países adotem, e que seja legalmente vinculante, para que haja revisões periódicas."

Obama não deixou claro se o vínculo legal, que exigiria de cada país transformar o acordo do clima em lei interna, vale para todas as partes do acordo ou apenas para pontos específicos, como as metas voluntárias ou o mecanismo de verificação de cumprimento delas. A promessa dos EUA é cortar até 28% de suas emissões até 2025, com relação ao que o país emitia em 2005.

De um jeito ou de outro, é a primeira vez que o presidente pronuncia a expressão "legalmente vinculante", considerada um tabu no jargão diplimático. No caso dos EUA, ela implica que o governo tentará aprovar regras de emissões de gases do efeito estufa no Congresso, onde a maioria Republicana no Senado tenderia a barrá-la.

Se Obama mantiver a posição de levar o plano adiante, isso pode destravar um impasse importante na negociação do plano climático, já que a Europa pressiona por um acordo de força legal, enquanto EUA e China ainda resistiam.

O presidente americano voltou a defender na entrevista, também, que as promessas de desaceleração das emissões feitas por todos os países sejam revistas de 5 em 5 anos, para que cresça ambição no corte de gases do efeito estufa.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) afirma que as promessas dos países não somam ainda metade do esforço necessário para impedir um acréscimo de 2°C na temperatura do planeta, considerado "perigoso".

Anulação de leis
A Câmara de Representantes dos EUA, dominada pelos republicanos, aprovou nesta terça a anulação das novas leis contra emissões de carbono adotadas pelo governo Obama, informou a AFP.  A decisão simbólica será vetada pelo presidente dos EUA.

A votação foi planejada para coincidir com a conferência do clima em Paris. Os representantes derrubaram, por 242 votos contra 180, o "Projeto de Energias limpas" do democrata Obama, que prevê limites para as emissões de dióxido de carbono das usinas térmicas dos Estados Unidos.

 
 
 
 

 

Fonte: G1 

 

 

 

 

 

 

 

Obama anuncia redução de emissões de CO2


Obama anuncia redução de emissões de CO2 no setor de energia nos EUA

Presidente americano lançou Plano de Energia Limpa nos Estados Unidos.
País terá de reduzir emissão de CO2 no setor em 32%, até 2030.

 
Obama fala sobre novo plano de redução de emissão de gases no setor de energia (Foto: Reprodução/YouTube/The White House)Obama fala sobre novo plano de redução de emissão de gases no setor de energia nesta segunda-feira (3) (Foto: Reprodução/YouTube/The White House)

O presidente Barack Obama lançou nesta segunda-feira (3) o Plano de Energia Limpa nosEstados Unidos, por meio do qual o setor de energia elétrica do país terá de reduzir em 32%, até 2030, as emissões de gases do efeito estufa em relação aos níveis de 2005.

A medida é o maior e mais importante passo que os EUA já deram para combater a mudança climática, afirmou o presidente durante o anúncio transmitido ao vivo na internet pela Casa Branca. "Nenhum desafio coloca maior ameaça para as gerações futuras do que a mudança climática", acrescentou o presidente americano.


O modelo de produção de energia dos EUA é baseado em termelétricas a carvão. As centrais elétricas são a maior fonte de emissão de gases do efeito estufa do país que contribui para a mudança climática. O país não tinha, até o momento, limites federais para as emissões pelas centrais elétricas.

“Nós limitamos a quantidade de químicos tóxicos, como o mercúrio, enxofre e arsênico em nosso ar e água. Mas as centrais elétricas ainda podem despejar quantidades ilimitadas de poluição de carbono no ar que respiramos”, disse Obama. “A mudança climática não é um problema para outra geração”.

Segundo Obama, cada estado americano vai ter a chance de criar um plano próprio para reduzir as emissões pelo setor energético. A ideia é premiar os estados que começarem a aplicar esses planos antes.

Encíclica papal
Durante o anuncio, Obama citou a encíclica do Papa Francisco sobre o meio ambiente ao dizer que tomar um atitude contra as mudanças climáticas é uma obrigação moral dos países.

A regulação anunciada nesta segunda dará início a uma transformação abrangente do setor elétrico norte-americano, encorajando uma agressiva mudança rumo a mais energias renováveis e afastando a geração via carvão.

Grupos industriais e alguns legisladores de Estados que contam com energia baseada no carvão disseram que vão desafiar o plano nos tribunais e por meio de manobras no Congresso, acusando a administração de um ataque à regulamentação que elevará os preços da energia.

Acordo com a China
No ano passado, os EUA e a China, os dois maiores poluidores do mundo, anunciaram um acordo para reduzir uas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.

Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.

Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.

Cúpula do clima
A porta-voz do Meio Ambiente da Alemanha, Frauke Stamer, indicou à imprensa que a decisão do presidente Barack Obama é um "sinal importante" para a Cúpula do Clima da ONU que será realizada no final deste ano em Paris e que servirá para alcançar um acordo global para combater o aquecimento global.

"Aplaudimos que os Estados Unidos afrontem o desafio da mudança climática", afirmou Stamer.

A Cúpula do Clima de Paris tem o ambicioso objetivo de fechar um acordo internacional e vinculativo para reduzir as emissões de carbono e conter o aquecimento global.

Se atingir o objetivo, este novo acordo substituirá, a partir de 2020, o Protocolo de Kyoto. O objetivo é tentar conter o aumento da temperatura média do planeta em 2ºC até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.

Fonte: G1