Fim de um ícone: mundo vai ter de trocar a lâmpada


Utilizada em larga escala desde o final do século 19, lâmpada incandescente deve desaparecer em breve por culpa de sua ineficiência energética

                           

Você talvez consiga imaginar sua vida sem muitos apetrechos tecnológicos que existem hoje. Mas certamente não se imagina vivendo em um mundo sem luz. E quando falamos em luz, difícil não pensar na lâmpada incandescente, presente na vida das pessoas desde sua disseminação comercial, no fim do século 19, por conta de Thomas Alva Edison.

O problema é que as lâmpadas incandescentes não são sustentáveis: gastam mais energia, iluminam menos e têm vida útil menor do que os produtos mais recentes – ao menos seis vezes inferior do que a das fluorescentes, por exemplo. "Elas produzem 5% luz e 95% calor. Com a sua substituição por outras tecnologias, o meio ambiente ganhará com a menor produção de calor, de CO2 e, portanto, de efeito estufa. O País ganhará economizando recursos para gerar e transmitir energia", explica Isac Roizemblatt, diretor Técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux).

A iluminação corresponde a 15% do gasto com energia elétrica em um lar brasileiro médio, segundo estudo realizado pela Eletrobrás em 2007. Esse percentual tende a ser reduzido, já que a comercialização das incandescentes tem diminuído em relação à das novas lâmpadas. Por lei, caso não atinjam maior nível de eficiência, elas deixarão o mercado brasileiro nos próximos anos.

De acordo com levantamento da Abilux, em 2011 e 2012, no Brasil, foram vendidas 300 milhões de lâmpadas incandescentes, 200 milhões de fluorescentes compactas, 90 milhões de fluorescentes tubulares, 20 milhões de halógenas e 250 mil LEDs. Considerando as vendas de 2012 e 2013 (com a estimativa de vendas até o final do ano), o número de vendas é, respectivamente, 250 milhões, 200 milhões, 90 milhões, 20 milhões e 500 mil.

Confira AQUI alguns dados sobre os tipos de lâmpadas existentes hoje no mercado.

 

Fonte: Negócios Sustentáveis – Terra

Saco é um saco! – Livre-se de vez das sacolinhas plásticas


                  A primeira impressão que se tem quando sugerimos a abolição das sacolinhas plásticas, é de que elas são indispensáveis no cotidiano. Surgem perguntas unânimes, como: Como vou jogar fora o meu lixo? E o lixo do banheiro? Como fazer compras no supermercado? E por aí vai. Mas já parou para pensar que antes delas serem inventadas, as pessoas viviam e isso não era problema. Chegamos ao comodismo, por que afinal elas são práticas, e olhando para as suas sacolinhas elas não parecem assim tão perigosas. Ou não? Já parou para pensar qual o destino que elas recebem?

                O plástico foi inventado em 1862, pelo inglês Alexander Parkes com a intenção de reduzir os custos dos fabricantes e comerciantes, e incrementando a sanha consumista da civilização moderna. O plástico é derivado de petróleo, é tóxico, e a maioria deles contém Biofenol A, um composto utilizado na fabricação de policarbonato que em contato com o organismo humano pode causar diversas doenças, entre elas, o câncer. E os perigos do plástico não param por aí, tomando o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções com o derrame indiscriminado de plástico na natureza, o meio ambiente clama por medidas urgentes de mudança de postura e conscientização do que nós estamos fazendo com ele.

                Todo o plástico já fabricado até hoje, desde o primeiro em 1862, ainda não foi decomposto pela natureza. Pois este material leva em média 450 anos para se integrar novamente ao meio em que seus compostos foram extraídos e se decompor, por ser um produto sintético que teve a sua natureza modificada pela industrialização. Todas as sacolinhas que você já usou na vida, estão agora em algum lugar do planeta contaminando a natureza e agredindo covardemente os ecossistemas, levando a morte animais marinhos, aumentado em toneladas de lixo os aterros e lixões, entupindo bueiros e galerias que causam inundações urbanas, entre outros. Por ano são utilizadas no Brasil, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas. Apesar de ser um produto 100% reciclável, apenas 1% do total tem esse destino.

                Oferecida gratuitamente pelo comércio, o uso das sacolas está incorporado na rotina dos consumidores onde tudo que passa pela caixa registradora ‘merece’ uma sacolinha. Mas é possível e completamente viável uma mudança nesse cenário de horror, com a sua postura e o seu consumo consciente. Vamos voltar no tempo e relembrar como era feito antes delas surgirem.

A substituição das sacolas pode e deve ser incorporada no dia a dia. Reutilize saquinhos de arroz, feijão e outros grãos na lixeira da cozinha. O mesmo também vale para o banheiro. Outra opção é fazer uma sacolinha de origami com jornal, é simples e rápido, veja no vídeo abaixo.

Ah, mas não sei fazer ou vai levar muito tempo.. Ok. Em vez de sacos convencionais, adote o consumo de sacolas biodegradáveis, são um pouco mais caras para o bolso, mas infinitamente mais ecológicas. Na hora de ir às compras, adote o uso de sacolas retornáveis, como as bolsas de feira da vovó ou qualquer outra bolsa de pano. Deixe-a vista, na cozinha de preferência, pois o que não é visto não é lembrado. Ah, mas as minhas compras de mês são enormes, é muita coisa.. Ok. Utilize caixas específicas para compras em supermercados, como essas abaixo, que se encaixam perfeitamente no carrinho e cabem no porta-malas do carro. 

As opções são inúmeras e deixe o comodismo de lado, você não gastará mais de cinco minutos do seu dia e a natureza lhe agradecerá por 450 anos. Seja a mudança que quer ver no mundo. E vale ressaltar que não só as sacolinhas plásticas fazem parte desse cenário destruidor, mas sim todo plástico que você descarta incorretamente no meio ambiente. Recicle, reutilize, reduza! REPENSE!

Foto: Movimento Natura

Laísa Mangelli