UNICEF leva saneamento e água potável para jovens venezuelanos em Roraima


Família venezuelana é transferida de praça, onde morava a céu aberto, para um abrigo. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Para levar saúde e saneamento a crianças venezuelanas em Roraima, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) firmou uma parceria com a ONG Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Brasil (ADRA). Cooperação vai melhorar a vida de 1,2 mil meninos e meninas que vivem nos abrigos do estado, garantindo acesso a água potável.

O trabalho das instituições se dividirá em dois eixos de ação: um deles será focado nas questões pertinentes a saneamento, água e higiene, e o outro em saúde e nutrição. No primeiro, serão divulgadas informações para crianças, adolescentes, gestantes e famílias sobre instalações sanitárias adequadas e água de qualidade. As organizações também realizarão exames bacteriológicos mensais e análises físico-químicas para monitorar as fontes de água para o consumo dos estrangeiros.

“O nosso grande objetivo é garantir o acesso a água potável, de qualidade e em quantidade necessária para essa população”, explica o especialista em saúde e HIV/Aids do UNICEF, Antônio Carlos Cabral.

“Serão realizadas palestras pelas equipes da ADRA e promovidas as ações. Vamos estar próximos, conversando com os moradores. Eles vão ser fixos dentro dos abrigos para orientar sobre o uso controlado da água, saúde, manipulação de alimentos e higiene”, acrescenta o profissional da agência da ONU.

Os grupos de conscientização vão trabalhar em parceria com o Comitê de Gestão de Coordenação de Água, Higiene e Saneamento de Roraima, criado pelo UNICEF e seus parceiros no setor. Com as ações, a expectativa é resolver problemas apontados pelo organismo, como o grande desperdício de recursos hídricos e a contaminação da água em razão de maus hábitos de higiene.

A outra frente da parceria é focada na saúde e nutrição como um direito — que deve ser promovido levando em conta aspectos individuais e coletivos da população migrante. Dois enfermeiros, dois nutricionistas e quatro monitores vão atuar nos abrigos indígenas de Pintolândia, em Boa vista, e de Janokoida, em Pacaraima.

Num primeiro momento, serão priorizados os centros de residência que acolhem famílias das etnias Warao e E’ñepá, devido às suas situações de maior vulnerabilidade.

As atividades desse eixo também contemplarão as crianças não indígenas. O UNICEF planeja capacitar profissionais de saúde e nutrição e servidores municipais que trabalham em postos de saúde ao redor dos abrigos. Com isso, tanto os venezuelanos quanto os brasileiros serão beneficiados.

Outro foco da iniciativa será a detecção precoce de risco nutricional, além de atividades de monitoramento da situação alimentar e de prevenção de problemas de saúde mais graves.

ONU News