Emissões de CO2 atingem recorde em 2011


As emissões globais de dióxido de carbono (CO2) derivadas da queima de combustível fóssil atingiram um recorde de 31,6 bilhões de toneladas em 2011, um aumento de 3,2% em relação a 2010, segundo informou um balanço preliminar publicado nesta quinta-feira, 24 de maio, pela Agência Internacional de Energia (AIE). O levantamento é publicado a poucas semanas da realização da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre o Clima), que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.

A AIE é uma organização autônoma sediada em Paris, que tem como objetivo pesquisar fontes de energia confiáveis, baratas e limpas para seus 28 países membros (o Brasil não faz parte do grupo). Reduzir as emissões é essencial para controlar o aquecimento global, já que o gás é um dos principais responsáveis pelo fenômeno. Segundo o estudo, o máximo que as emissões podem atingir por ano são 32,6 bilhões de toneladas, pico que deve ocorrer em 2017, para que o aumento da média da temperatura global não ultrapasse 2ºC.
 


Segundo o balanço, a principal fonte do CO2 emitido em 2011 foi a queima de carvão, que respondeu por 45% desse tipo de poluição. Em seguida, aparecem o petróleo, com 35%, e o gás natural, com 20%. A China foi a principal responsável pela alta nas emissões globais. Ela sozinha aumentou suas emissões em 720 milhões de toneladas (o aumento absoluto global foi de 1 bilhão de toneladas).
 


Percentualmente, o país, que é o principal emissor de CO2 do mundo, teve aumento de 9,3%. No entanto, o relatório ressalta que a China tem adotado medidas para aumentar sua eficiência energética, e que as emissões crescem menos que a economia, o que é positivo.

A Índia também teve um aumento significativo. O país emitiu 140 milhões de toneladas a mais que em 2010, um crescimento relativo de 8,7%.
 


Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que inclui EUA, Canadá, Austrália, Japão e a maioria dos países europeus, houve redução de 0,6% das emissões.
 


As emissões norte-americanas caíram 1,7% em 2011, principalmente pela substituição de usinas a carvão para gás natural e também por um inverno mais brando que reduziu a demanda por aquecimento, segundo a AIE.
 


Apesar dos números, as emissões per capita dos dois países mais populosos do mundo ainda está bem abaixo dos países ricos. Cada chinês emitiu, em média, 63% do que emitiu um morador dos países da OCDE. Na mesma comparação, um indiano emitiu 15% da média da OCDE.

Fonte: Eco Desenvolvimento