
Reunidos na Coreia do Sul, os delegados dos Estados da ONU estudam, a partir desta segunda-feira (1º), o último informe dos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), um balanço implacável dos efeitos da mudança climática e do atraso para enfrentá-la.
O informe se baseia em 6.000 estudos científicos e adverte sobre o forte impacto do aumento de 1,5 ºC das temperaturas no planeta. Também coloca as opções, limitadas, para agir e manter o mundo abaixo desse limite.
Em 2015, na cúpula COP21 realizada em Paris, a ONU encarregou o IPCC de fazer um informe sobre a meta de 1,5 ºC.
Os países tinham acabado de se comprometer com reduzir suas emissões para permanecerem “muito abaixo dos 2 ºC” em relação à era pré-industrial.
O compromisso ampliado de “prosseguir com os esforços para limitar o aumento a 1,5 ºC” foi obtido no último minuto e era uma reivindicação dos Estados mais vulneráveis, como as ilhas menores.
Desde então, os pesquisadores revisaram os riscos, em um mundo afetado pelo aumento das ondas de calor e dos incêndios florestais.