Por Ciangeli Clark e Gesun Fernandes Prestes
Estamos chegando ao fim de mais um Ano Letivo e temos muito a comemorar junto as Escolas Estaduais que participaram do Projeto Ambiental ECO DOM 2018. Tivemos um ano atípico com muitos problemas no cenário mundial e brasileiro. Questões estas sempre discutidas dentro da DOM HELDER, da EMGE e do movimento ECO DOM, o que contribuiu na formação de nossos jovens alunos à construir um pensamento crítico com uma visão holística das questões sociais, econômicas, políticas e ambientais.
O ECODOM neste certame contou com uma grande equipe de funcionários, Coordenada pelo Professor Francisco Haas, com a colaboração Técnica Científica do Doutor José Cláudio Junqueira e com um staff de mais de 10 professores, estes, Mestres e Doutores engajados em orientar mais de 100 escolas. Cada equipe era composta de 15 à 30 alunos do ensino médio, coordena por um professor da instituição escolar, desenvolvendo projetos ambientais pautados em sua realidade. Envolvendo e mobilizando os demais alunos em suas unidades de ensino, com o apoio da direção escolar e da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais que firmou no início do ano uma parceria com o Projeto ECODOM.
Possibilitou o envolvimento de aproximadamente 150 bolsistas estudantes de Direito e de Engenharia Civil das instituições citadas, discutindo questões diversas, mas principalmente o meio Ambiente, engrenagem fundamental para o desenvolvimento econômico e social de um País.
Ao trabalhar a educação ambiental na grade curricular por meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, levamos os jovens a perceberem a importância de suas atitudes dentro do seu círculo social enquanto consumidores de bens e serviços, e como divulgador e agente de ações concretas para a preservação dos recursos naturais que estão sendo utilizados de forma indiscriminada por nós, pela indústria e pelo comércio.
Assim a pergunta que se faz é: “Será que estamos de fato tendo um desenvolvimento econômico sustentável e ambientalmente corretos?”
E em busca de responder a essa pergunta e outras tantas, que este projeto foi idealizado.
O projeto ECODOM instiga o estudo, mobiliza a sociedade, busca soluções e conscientiza para que de fato nosso desenvolvimento seja sustentável. Que a sociedade perceba que ela é parte na preservação ambiental e cobrar políticas pública que protejam e preservem “Nossa Casa Comum” como tão bem a definiu o Papa Francisco em sua Carta Encíclica Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum”, nos alerta e ensina:
- Todavia é possível voltar a ampliar o olhar, e a liberdade humana é capaz de limitar a técnica, orientá-la e colocá-la ao serviço de outro tipo de progresso, mais saudável, mais humano, mais social, mais integral. De fato verifica-se a libertação do paradigma tecnocrático em algumas ocasiões. Por exemplo, quando comunidades de pequenos produtores optam por sistemas de produção menos poluentes, defendendo um modelo não consumista de vida, alegria e convivência. Ou quando a técnica tem em vista prioritariamente resolver os problemas concretos dos outros, com o compromisso de os ajudá-los a viver com mais dignidade e menor sofrimento. E ainda quando a busca criadora do belo e a sua contemplação conseguem superar o poder objectivador em uma espécie de salvação que acontece na beleza e na pessoa que a contempla. A humanidade autêntica, que convida a uma nova síntese, parece habitar no meio da civilização tecnológica de forma quase imperceptível, como a neblina que filtra por baixo da porta fechada. Será uma promessa permanente que, apesar de tudo, desabrocha como uma obstinada resistência daquilo que é autêntico? (PAPA FRANCISCO, p.93, 2015)
Assim o projeto ECODOM, busca uma nova visão do planeta “TERRA” propõe novos paradigmas e novas convicções e aposta na mudança de estilos e hábitos de vida, quebra antigos padrões de comportamentos, resgata a cultura e o espírito coletivo. Assim caminhamos para o bem comum que é a preservação da natureza.
Para finalizar as escolas organizaram momentos festivos com a entrega dos certificados de participação aos alunos, professores e bolsistas.
Todos as escolas reconhecem a importância do projeto e já se colocam prontas e engajadas para recebê-lo no próximo ano. Como tão bem resumiu o Diretor José Roberto dos Santos, da Escola Estadual Celso Machado. “O legado que o projeto ambiental deixou na escola não tem preço, áreas verdes recuperadas, alunos integrados e conscientes do seu papel social. Conhecimento ambiental sem precedentes e culminou com nossos alunos com o futuro garantido ao ingressarem com bolsas de estudo de 100%, 75% e 50% em instituições de renome como a Dom Helder Câmara e EMGE, sonho de todos que querem uma educação de qualidade”. Que venha 2019 com novas perspectivas de preservação ambiental.