As geleiras da Groenlândia contêm o equivalente a sete metros do nível do mar. Mas um novo estudo, publicado na última quarta-feira (19) com dados da Nasa não exclui que derretam completamente no próximo milênio sob o efeito do aquecimento global.
“Prevemos que a Groenlândia provavelmente estará livre de gelo até o fim do milênio, a menos que haja uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa”, conclui a equipe liderada por pesquisadores da Universidade do Alasca Fairbanks, no estudo publicado pela revista Science Advances.
Seu modelo se soma a muitos outros que mostram que as geleiras da Groenlândia estão derretendo a grande velocidade desde 2000, e que o processo está piorando.
Para este estudo, os cientistas exploraram as medições aéreas da Nasa (operação IceBridge) sobre a espessura da camada de gelo, e estimaram a velocidade das geleiras e correntes de gelo que se movem a velocidades variáveis e fluem em direção ao oceano.
Os pesquisadores produzem estimativas de acordo com cenários de aquecimento mais ou menos dramáticos. De acordo com os cientistas, a Groenlândia poderia contribuir para um aumento de cinco a 33 centímetros das águas globais até 2100.
E nos próximos mil anos, no pior dos casos, se situaria em entre 5,23 e 7,28 metros. “Se continuarmos neste ritmo, a Groenlândia derreterá”, diz Andy Aschwanden, professor do Instituto de Geofísica da Universidade do Alasca.
AFP