Por Ciangeli Clark
Em fevereiro, o mês mais esperado pelos brasileiros, o Ecos retomou as atividades junto às escolas de Belo Horizonte e região metropolitana. Novas parcerias estão sendo articuladas para alcançarmos cada vez mais a educação ambiental como fonte de construção e preservação social, cultural e ambiental.
Minas Gerais tem uma diversidade cultural e ambiental que nos surpreende e encanta. O carnaval nas cidades mineiras é cantado em verso, é proza pelos foliões que por aqui passam.
O Movimento Ecos entra na folia, pois reconhece que o carnaval é de grande relevância para a cultura brasileira sendo uma das festas populares mais tradicionais. É fonte inesgotável de importantes debates sociais, econômicos, históricos e, por que não, ambientais.
A festa que mais representa o país no exterior passa por transformações constantes a alguns anos, as fantasias e adereços usados nas escolas de samba e mesmo nos blocos caricatos ganharam um novo formato. Os famosos barracões, onde são confeccionadas, surpreendeu mais uma vez com extrema criatividade dos carnavalescos e suas equipes, utilizando-se de materiais recicláveis, transformando lixo em luxo.
Foi uma grande aquisição para todos, já que grande parte do que é produzido para o desfile, será descartado. Essa atitude ajudou as populações carentes no custo para participarem do evento. A natureza que agradece.
Ao findar o projeto em 2019, o Ecos entrou em contato com o artista plástico Mauricio Soares que confeccionou os troféus e medalhas com material reciclado. Profissional talentoso e brilhante que transformou o lixo em verdadeiras obras de arte, que, por sua vez, está mais presente em nosso carnaval.
Em contrapartida, podemos aproveitar a festa para divulgar e conscientizar os foliões sobre a necessidade de sermos pessoas ambientalmente corretas. Tendo em mente que a cidade é espaça de todos e por isso os direitos devem ser respeitados.
A festa deve ser alegre, empolgante, vibrante, colorida, mas deixar cidade limpa e despoluída é obrigação de todos.
Atitudes que poderiam colaborar:
– Os descartáveis são utilizados em grande escala, as cidades por sua vez, deveriam disponibilizar coletores para direcionar os resíduos sólidos para os locais de reciclagem;
– Colaborarmos com a manutenção das ruas limpas, tanto do descarte, bem como buscar os banheiros químicos para não deixar odor e sujeira por onde os blocos passam;
– Temos importantes pontos de preservação ambiental nos espaços públicos que servirão para os foliões, mas que devem ser preservados e conservados;
– Respeitar o direito de ir é vir dos cidadãos que circulam nas regiões reservadas para os festejos populares. Nem todos estão se divertindo, existe sempre um trabalhador gerenciando a alegria alheia;
– Uma das maiores reclamações é a poluição sonora que incomoda e perturbam aqueles que não querem e/ou podem se divertir;
Essas atitudes são estudadas e trabalhadas na educação ambiental. Conscientizar, preservar e ensinar as gerações futuras que o carnaval é uma festa, linda, cheia de purpurina, confete e serpentina e que coexiste com cidadão ambientalmente correto. Algumas simples atitudes, que como a própria natureza nos ensina, mantêm o equilíbrio e a boa convivência entre todos os seres.
O Ecos inicia 2020 cheio de expectativa e novas idéias com o foco principal em divulgar a educação ambiental, buscando novas instituições para somar as escolas parceiras com a certeza de que juntos podemos!!!
Ôoo abre alas que o ECOS vai passar!
Edição – Bárbara Teixeira – NECOM