O oceano no Brasil está levemente mais ´saudável´ do que em grande parte dos países, embora ainda tenha muito a avançar. A constatação é do “Índice de Saúde do Oceano”, estudo realizado pela Conservação Internacional (CI) e publicado na revista Nature, na quarta-feira, 15 de agosto. O levantamento, que avalia a qualidade das áreas costeiras de 171 países, ilhas e territórios, atribuiu ao Brasil a 35ª posição, com nota 62 de um total de 100.
Apesar do resultado não parecer muito bom, está acima da média mundial (60) e próximo ao de países desenvolvidos, tais quais Estados Unidos (63) e França (66). As melhores posições no ranking foram obtidos por ilhas inabitadas, como as Ilhas Jarvis (a líder com 86). A exceção é a Alemanha, que teve a melhor nota entre países desenvolvidos (73). Já a nota mais baixa foi para Serra Leoa (36).
Para mensurar a saúde dos oceanos, o índice leva em consideração dez itens, entre eles a viabilidade da pesca, a presença de biodiversidade e a capacidade dos mares de estocar gases do efeito estufa.
O Brasil ficou abaixo da média em quatro deles: produtos naturais marinhos, subsistência/economias, águas limpas e turismo/recreação. Este último se destaca, pois o Brasil obteve a nota zero, possivelmente por falta de informações de qualidade sobre o atual estado do setor.
A maioria das regiões marinhas avaliadas ficam nas chamadas zonas econômicas exclusivas nacionais, águas a uma distância de 350 km da costa sobre as quais cada país tem direitos de exploração exclusivos.
As notas do Brasil no “Índice de Saúde do Oceano”
• Provisão de Alimentos: 36
• Oportunidades de Pesca Artesanal: 88
• Produtos Naturais: 29
• Armazenamento de Carbono: 93
• Proteção Costeira: 86
• Subsistência & Economia: 51
• Turismo & Recreação: 0
• Identidade Local: 81
• Águas Limpas: 76
• Biodiversidade: 84
Fonte: Eco Desenvolvimento