Ano novo e as promessas (in)sustentáveis


Novo ano, velhas promessas. Quantos dos nossos “novos objetivos” já não fizeram parte da longa lista que elaboramos nos primeiros dias dos anos anteriores? Quanto tempo (ou mais especificamente, anos) precisamos para atingir esses objetivos?

                       

Muitas vezes damos um maior foco ao que queremos e nos esquecemos de todos os procedimentos necessários para atingirmos os nossos objetivos. Em outras palavras, pensamos sempre no “o quê” e nos esquecemos do “como” – além, principalmente, do “porquê”. Esse erro é cometido repetidamente por todos nós, ano após ano, e tem um impacto ainda maior (negativamente) quando levamos esse costume para o cotidiano das empresas. As empresas nada mais são do que um amplificador dos impactos das nossas ações. Isso acaba por delinear o grande desafio da sustentabilidade: mudar pessoas. Esse desafio significa mudar pensamentos, crenças e costumes. Uma empresa agir sustentavelmente significa envolver todos seus funcionários (aqueles que cumprem ordens e prestam um serviço remunerado) em ações éticas, responsáveis e estratégicas, transformando-os em colaboradores (aqueles que agem movidos por uma causa, independente de ordens ou remuneração, agregando valor à empresa).

Sustentabilidade pouco tem a ver com “o quê”, voltando-se mais especificamente para como as atividades são desenvolvidas e o real propósito delas. Notamos isso claramente quando analisamos a definição do tema no Relatório de Brundtland, gerado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, chefiada pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. O relatório, intitulado como “Nosso Futuro Comum”, descreve a sustentabilidade como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Portanto, independentemente de quais serão as suas ações dentro ou fora da empresa, para serem reconhecidas como sustentáveis elas devem contemplar simultaneamente uma preocupação com questões ambientais (respeitar o meio ambiente, no curto ou longo prazo), sociais (ter uma causa que beneficie as pessoas, e não somente o seu bolso) e econômicas (gerar lucros e desenvolver as atividades comerciais).

Um outro ponto tão importante quanto a tríade mencionada (ambiental, social e econômico) é a estratégia. Ações sustentáveis devem ser contínuas e enquadradas em uma estratégia, que delimite ações específicas, responsáveis, prazos, motivos e indicadores (para mensurar as conquistas ou falhas no processo). Caso não seja feita dessa forma, todos nós (pessoas físicas ou jurídicas) jamais conseguiremos atingir os nossos sonhados objetivos, de maneira concreta e contínua, e estaremos fadados a esperar sempre um próximo 1º de janeiro para fazermos mais uma nova lista de velhas promessas.

Rodrigo Tavares – Consultor da Dialogus e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Ceará.

Fonte: Dialogus

Réveillon terá coleta seletiva de lixo pela primeira vez


A extensão da orla terá 11 locais – chamados de Ecopontos – para que o público descarte o lixo de maneira sustentável
 
                                  
 
A coleta de lixo seletiva será a novidade do réveillon da Praia de Copacabana, que terá um megaesquema de organização e infraestrutura para receber mais de 2 milhões de pessoas. A extensão da orla terá 11 locais – chamados de Ecopontos – para que o público descarte o lixo de maneira sustentável. Além de estimular a preservação do meio ambiente, 150 equipes do Lixo Zero também circularão entre o público para coibir o lixo jogado na rua.


Neste ano, 381 garis vão circular pela Praia de Copacabana durante o evento e outros 1.155 ficarão responsáveis pela limpeza da praia após a dispersão. A intenção da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) é entregar a praia limpa para a população antes das 10h da manhã do dia 1º. No total, incluindo equipes da Secretaria Municipal de Conservação, serão 2.500 homens participando efetivamente das operações de limpeza da virada de ano.

Na tarde de hoje (27), o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, reuniu representantes dos principais órgãos envolvidos na organização da festa para anunciar como será o evento. A Polícia Militar vai disponibilizar um efetivo de 1.522 homens para fazer a segurança do réveillon, que vai incluir trabalho de observação a partir de 30 torres instaladas na orla da praia. A Estação Arcoverde do metrô, a mais próxima à Avenida Atlântica, terá reforço no patrulhamento e cães.
 

O trânsito também ganhou uma atenção especial. Como todos os anos, Copacabana terá vários pontos de bloqueio. A partir das 18h, apenas ônibus e táxis terão acesso ao bairro, e após as 22h nenhum veículo poderá entrar em Copacabana. A recomendação é para que o público que for assistir à queima de fogos não utilize o carro para chegar ao bairro, já que não haverá locais de estacionamento. Os acessos de ônibus ocorrerão ao longo do dia 31 em três pontos: na Enseada de Botafogo; na Avenida Vieira Souto, em Ipanema; e na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa.
 

Segundo a Metrô Rio, 50% dos bilhetes colocados à venda para o réveillon de Copacabana já foram vendidos. A operação especial implantada para atender ao público inclui bilhetes vendidos previamente com horários pré-determinados na ida. A Supervia também colocará à disposição do público trens extras durante toda a madrugada, partindo da Central do Brasil.
 

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) já começou a intensificar a fiscalização pelo bairro. Segundo o secretário Alex Costa, durante o dia 31, 1.862 guardas municipais participam do trabalho, dos quais 440 ficarão responsáveis pelo trânsito.
 

A Secretaria Municipal de Saúde também vai atuar na festa da virada. Cinco postos de saúde ficarão responsáveis por atender ao público, com apoio de 48 ambulâncias e 106 leitos. O Corpo de Bombeiros colocará nas ruas cerca de 300 homens para casos de incêndio e pânico. Os postos de salva-vidas da praia funcionarão normalmente para dar apoio ao esquema.
 
Foto: Reprodução