Condomínio elabora solução criativa para rateio da água


O hidrômetro coletivo muitas vezes pode ser motivo de dor de cabeça para o síndico do prédio, devido à forma de divisão da conta de água entre os condôminos. No entanto, soluções criativas e elaboradas em conjunto por síndicos e moradores podem dar certo, dividindo de maneira mais justa e funcional a cota mensal. O edifício Residencial Milazzo, no centro de Criciúma, há três anos utiliza uma metodologia que tem sido aprovada por todos.

                                              

O síndico Gregório de Stéfani, que atua pelo segundo mandato, afirma que os condôminos aprovaram a iniciativa de mudar a forma como a cobrança era até então realizada. “Afinal, agora quem usa menos paga menos”, informa. O síndico explica que, dentre os parâmetros mais importantes, é utilizado aquele referente ao consumo mensal do gás, devido aos aquecedores (à gás) de água.

O prédio tem 12 apartamentos e duas coberturas, totalizando 14 residências. “Aqui é bastante tranquilo, todo mundo se conhece, se dá bem e colabora”, afirma De Stéfani. O síndico ainda lembra-se de que, na época, a mudança e a aprovação dos moradores foram relatadas na ata da reunião.

Como funciona

O cálculo personalizado da cobrança passou por pelo menos um ano de estudo, e agora é aplicado pela empresa administradora do condomínio. “Para efetuar o rateio, alguns critérios são considerados”, explica o gerente administrativo da Consucril, Rogério Panatta.

Primeiramente, foi estabelecida uma cota para cada apartamento, de acordo com suas características, tais como número de quartos, garagem e área externa, este último item no caso das coberturas. “Cada residência tem sua cota, que é multiplicada por dois, por ser a soma da água com a taxa de esgoto”, informa Panatta. A soma dessas frações corresponde a uma taxa fixa, que chega a um valor aproximado do montante final.

Depois, a fim de chegar ao valor a ser cobrado de cada um dos apartamentos, o valor total de gás utilizado no mês é usado como indicador. “Essa diferença da cota fixa com o valor final é, então, dividida de acordo com o consumo de gás no mês”, explica Panatta. “Essa foi a forma que encontramos para identificar o consumo. Agora, quem gastou mais água, vai pagar um percentual maior”, complementa o síndico De Stéfani.

Moradores aprovam

A metodologia foi analisada e discutida antes de implantada. O condômino Joel Casagrande, que já foi síndico do prédio, lembra-se de que o consumo da água era muito alto. “Com o gás central, a vazão de água para o chuveiro, por exemplo, é seis vezes maior do que o uso de chuveiros elétricos”, indica. Segundo ele, foi interessante fazer a análise para se chegar à metodologia. “Tem que convencer através de dados e informação”, completa.

Para o gerente administrativo Panatta, durante esse período de acompanhamento comprovou-se de fato que o consumo de água está relacionado com o de gás, na mesma proporção, e isso demonstra o argumento verossímil para o rateio da cobrança. “Essa forma de rateio tem funcionado muito bem para o Residencial Milazzo”, destaca.

Fonte: Condominiosc.com.br

Condomínio residencial em SC é exemplo de sustentabilidade urbana


              

Produzir a própria energia, ajudar no abastecimento da região onde se mora e ainda ganhar um desconto na conta no fim do mês. Essas são algumas vantagens das regras criadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica há um ano para conectar as placas solares e hélices privadas na rede de distribuição. A outra está diretamente ligada à sustentabilidade. O primeiro condomínio residencial do Brasil a aproveitar esses benefícios está em Florianópolis.

O empreendimento tem 28 placas fotovoltaicas que fornecem 90% da eletricidade consumida nas áreas comuns do condomínio – o restante é repassado ao sistema que alimenta o bairro. Idealizador do projeto no Vivá Residence Cacupé, Luiz Marchi explica que este é só o começo – um manual de boas práticas entregue a cada novo morador incentiva que as casas construídas no local utilizem o mesmo sistema.

O Vivá Residence Cacupé é um condomínio de casas situado em uma das regiões mais tradicionais e bonitas da Ilha de Santa Catarina. O empreendimento, lançado no final de 2013, é dividido em 43 áreas com metragens que variam de 700 a 900 m². De um total de 99 mil metros quadrados, onde mais da metade são preservados.

Tudo no empreendimento é pensado para que as pessoas vivam em comunidade e de forma diferenciada. Do chão em lajotas permeáveis à horta orgânica em forma de mandala, a ideia é que os futuros moradores experimentem a sustentabilidade e uma vida com mais prazer em convívio com a natureza.

Nesse pacote estão incluídos, além da usina geradora de energia fotovoltaica, neutralização do carbono gerado na obra e reaproveitamento da água da chuva para irrigação de jardins e horta.

O empreendimento tem, ainda, um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS para separação e destinação correta dos resíduos gerados. Além disso, os resíduos orgânicos são transformados em adubo para jardins e hortas, por meio de compostagem.

Fonte: ECOD 

Laísa Mangelli

Realize a coleta seletiva no seu condomínio! Confira o passo a passo.


É importante planejar, comunicar e treinar todos os envolvidos

O seu condomínio já implantou a coleta seletiva? Para ajudá-lo nessa ação, separamos algumas dicas para que os materiais recicláveis do seu condomínio ganhem o destino correto.

Primeiro passo: local de armazenamento
– Verifique qual será o espaço ideal para armazenar os materiais recicláveis. Analise o tamanho do ambiente. Se for reduzido, utilize contêineres para facilitar a gestão do material. Se necessário, aumente o número de coletas por semana para não criar acúmulo de recicláveis;
– Mantenha esse espaço limpo e fechado para evitar mau cheiro e a entrada de insetos;
– Em média, um apartamento com duas pessoas produz um saco de 100 litros por semana de materiais recicláveis. A partir disso, tenha certeza de quem irá coletar e quantas vezes por semana;
– Verifique como a Prefeitura faz a coleta na sua cidade. Muitas vezes compensa contratar uma empresa qualificada ou uma cooperativa para a retirada;
– Cuidado com os papéis e plásticos. Por serem materiais de alta combustão e que podem causar incêndios, as seguradoras devem ser avisadas.

Segundo passo: comunique
– Informe todos os envolvidos no processo (moradores e seus empregados , , funcionários do condomínio). Utilize os meios disponíveis para informar (quadro de aviso, site do condomínio, redes sociais, e-mail, elevadores);
– Seja objetivo na comunicação (com pouco texto, letras grandes e uma imagem para tornar a mensagem mais atrativa);
– Durante o processo, destaque: a data início da coleta datas de treinamento, os dias da coleta e investimentos necessários para o processo;

Terceiro passo: treinamento
– Foque no “como fazer”. Faça um treinamento presencial com todos os envolvidos no processo, funcionários do condomínio, funcionárias domésticas e moradores. Com moradores, o melhor é marcar no período da noite, a partir das 19h. Com as funcionários do condomínio e pessoal, o treinamento é mais efetivo no período da manhã.

Importante lembrar:
– É necessário limpar os recicláveis sim: os recicláveis são como qualquer outra matéria-prima que será vendida. Se sujar, ela desvaloriza. Esse reciclável será armazenado em seu prédio, e se conter alimentos e outros rejeitos, atrairá insetos e animais.

– Não é necessário fazer a separação em lixeiras coloridas: é preciso somente dois coletores, um para recicláveis e outro para não recicláveis. Isso porque 99,9 % das empresas, cooperativas ou até mesmo a prefeitura, coletam todos recicláveis juntos. A triagem mais detalhada é feita depois, por tipo de material.

– Recicláveis: papel, vidro, metal, plástico, embalagem longa vida (Tetrapak).
– Não recicláveis e orgânicos: resíduos infectantes, guardanapo, entulho, restos de comida, madeira, papel higiênico sujo e isopor.

Com informações da Associação Brasileira dos Condomínios (Abracond) artigo do Alexandre Furlan, do Instituto Muda.

 

Fonte: Instituto Brookfiled