Maior usina solar integrada a um edifício da América Latina é inaugurada em SC


           

A sede administrativa da central elétrica Eletrosul passou a ser também a maior usina solar integrada a um edifício da América Latina. A estrutura, instalada em Florianópolis, tem 8,3 mil m² e é capaz de produzir até 1,2 gigawatt-hora (GWh) por ano.

Apelidado como Usina Megawatt Solar, o complexo foi erguido sob o custo de R$ 9,5 milhões, em uma parceria entre a distribuidora e governo alemão. Com 4,2 mil módulos fotovoltaicos, o sistema será capaz de abastecer 1,8 mil pessoas – aproximadamente 540 residências.

A energia obtida por meio da nova usina ficará conectada às centrais de distribuição da região, sendo usada localmente. Também será possível para empresas e consumidores livres participarem de leilões para comprar energia limpa, obtendo um selo de garantia. 

Todas as iniciativas em torno da Megawwatt Solar, de acordo com os idealizadores do projeto, têm a intenção de incentivar moradores e empresas a fazerem uso de energia solar, que é renovável e limpa.

Fonte: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-favor/2460-maior-usina-solar-integrada-a-um-edificio-da-america-latina-e-inaugurada-em-sc.html

 

Laísa Mangelli

Como garantir os resultados da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia


 

Como garantir que ocorram e permaneçam os resultados da ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia? A etiquetagem dos edifícios comerciais e públicos – uma parceria Inmetro e Procel – é um passo fundamental para a introdução da obrigatoriedade da eficiência energética nas novas construções e na reforma (“retrofit”) das existentes.

 

Quando, em seu artigo “Por que etiquetar um edifício?”, publicado em 15 de setembro no Ambiente Energia, a arquiteta Mônica Welter (1) alerta para o fato de que “a visão de ganhos no curto prazo deve dar lugar a um apreço maior pela qualidade e eficiência dos produtos em questão: os edifícios”, ela traz para o debate a necessidade de que os cuidados no projeto e na construção ou reforma do edifício devem proporcionar ganhos duráveis, que se mantenham durante a sua vida útil e que se manifestem na redução dos custos de operação.

 

Sabendo-se que “não se pode gerenciar o que não se pode medir”,  a Gestão da Energia tem de ser iniciada com o registro das edições da demanda elétrica e dos consumos de eletricidade e de água quando da ocupação do edifício – Medição e Verificação (M&V) dos resultados – e continuada com a metodologia de Determinação das Metas e de Monitoramento das Medições.

 

Com estas duas atividades, há garantia de que os resultados das Ações de Eficiência Energética – AEEs – nele aplicadas, permaneçam ao longo da vida útil desse edifício.

 

Para a M&V, deve ser adotado o PIMVP – Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (www.evo-world.org):

 

• para edifícios novos, quando não há histórico de consumo será necessária uma Simulação, como descrito no IPMVP Volume III,
Part 1 New Construction e;

 

• para edifícios reformados, quando há todo o histórico de consumo anterior à reforma, usar o PIMVP Volume 1, 2012 (Br) – versão brasileira.

 

Para a obtenção da ENCE para uma nova construção, o projetista deverá obedecer a um conjunto de exigências de soluções eficientes na elaboração do projeto. Para caracterizar que o edifício construído tenha um desempenho energético compatível com o previsto, este desempenho deverá ser simulado com o auxílio de programas de simulação e os valores das demandas e consumos mensais serão medidos mensalmente e comparados com os valores simulados, após a inspeção visual.

 

Para a obtenção da ENCE em caso de uma reforma, o procedimento do projetista é o mesmo, mas para caracterizar que o edifício reformado tenha um desempenho energético compatível com o previsto, este desempenho deverá ser medido mensalmente e as demandas e consumos registrados serão comparados com aqueles que ocorreriam na ausência das AEEs executadas. A representação deste procedimento é visto na Fig.2 – Exemplo de Histórico de Energia – PIMVP -2012 versão brasileira, pag.8, após a inspeção visual.

 

Em ambas as situações, a metodologia de “Determinação das Metas e de Monitoramento das Medições” mais utilizada é a das “Somas Acumuladas”. As diferenças entre os valores simulados e os medidos (para cada grandeza) são somadas e processos de análises de regressão linear permitirão que metas sejam definidas e os desempenhos acompanhados.

 

Artigo de Fernando Milanez, diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE)

 

Foto: Reprodução

Fonte: Ambiente Energia