Califórnia vai aplicar multa de R$ 1.200 por dia para quem desperdiçar água


              

Legisladores da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovaram no ultimo mês, a aplicação de uma multa diária de US$ 500 (cerca de R$ 1.200) para moradores que desperdiçarem água. O Estado enfrenta a pior seca de sua história.

A penalidade vale para pessoas que forem flagradas regando jardins e lavando o carro ou a calçada com mangueiras que não tenham sistema de fechamento no bico.

Fontes decorativas que utilizem água tratada também são enquadradas pela lei, que determina que estes equipamentos operem com circulação e reutilização de água.

“Esperamos que os californianos pelo menos não desperdicem água”, afirmou Felicia Marcus, do Comitê de Controle de Recursos Hídricos. “Muitas comunidades estão passando por momentos difíceis no Estado, o mínimo que podemos fazer é não gastar água potável regando jardins”.

A regulamentação não se aplica ao uso da água no interior das residências, apesar de alguns municípios da Califórnia terem imposto metas de redução para a população.

As agências locais de fornecimento de água que não fiscalizarem e divulgarem a nova lei podem ser multadas em US$ 10 mil (cerca de R$ 23 mil) por dia.

Em São Paulo – Dois meses após o início da captação do volume morto do Cantareira, o nível dos reservatórios do sistema caiu para 18% na terça-feira.

O percentual corresponde apenas ao volume morto – como é chamada a água que fica no fundo das represas -, já que todo o volume útil do sistema já foi consumido.

O nível do Alto Tietê, o segundo maior sistema que abastece a região metropolitana de São Paulo, também não para de cair.

Na terça-feira, o índice de armazenamento chegou a 23,5%, mais de dez pontos percentuais a menos em comparação a dois meses atrás. No mesmo dia de 2013, o nível estava em 63,4%.

Fonte: UOL

Laísa Mangelli

Lei prevê multa para quem jogar lixo no chão em Volta Redonda, RJ


Valores variam entre R$ 50 e R$ 250, dependendo do tamanho do resíduo.
'População sairá satisfeita', diz vereador autor do projeto.

A Câmara Vereadores de Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, aprovou um projeto de lei que prevê multas para quem descartar lixo ou entulho em lotes particulares, áreas públicas, ruas e em avenidas do município. A proposta "Povo educado, cidade limpa" determina o pagamento de valores que variam entre R$ 50, para lixos menores, como guimba de cigarro e papel de bala, e R$ 250, para entulhos e restos de móveis.

O autor do projeto é o vereador Fernando Martins (PSDC), que se inspirou em uma iniciativa colocada em prática no Rio de Janeiro. O programa "Lixo zero" teve início em agosto e já reduziu em 50% o volume de lixo nas ruas cariocas. "O povo quer uma cidade limpa, uma cidade conservada, um local limpo para andar, circular, bater um papo… Então, [isso] me levou a protocolar nesta casa esse projeto, que foi bem sucedido", explicou Martins.

Para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB). Ele tem até 30 dias para decidir. Depois disso, se o projeto for aprovado por ele, a prefeitura vai determinar o órgão responsável por fiscalizar os infratores e terá 180 dias pra realizar campanhas para conscientizar a população sobre as novas regras.

Após esse período, não vai ter jeito: quem for flagrado sujando as ruas vai ter que pagar. "Isso vai inibir doenças, vai inibir entupimento de bueiros e, com certeza, a população sairá satisfeita, porque é um projeto bonito e bacana", acrescentou Martins.

Fonte: G1

Desperdício: quem paga a multa?


 

                  TORNEIRA

Diante da escassez hídrica, a população de São Paulo deparou-se, nos últimos dias, com a notícia de que o governo estadual multará em 30% o cidadão que gastar 20% a mais de água em relação ao seu consumo normal. É uma medida justa? Vai resolver, ou ao menos minimizar o problema? O professor Wilson Jardim, do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp) acha que não e os motivos são plausíveis.

 

“A necessidade de racionamento é uma realidade, mas pergunto até que ponto as empresas fornecedoras podem imputar um ônus financeiro ao consumidor, se elas próprias são responsáveis pela perda de 40% da água tratada no país. É um volume muito maior do que qualquer economia que possa ser feita pela população”, disse o professor Jardim em entrevista ao Jornal da Unicamp.

 

Para o acadêmico – que é especialista em Química Ambiental e contaminação de solos e águas – “o racionamento é uma questão de educação e cidadania, de preocupação ambiental, não de punição. O único reflexo imediato para quem economiza água em casa é no bolso, quando vem a conta”. Então, segundo Jardim, quem deveria evitar os desperdícios gigantescos que acontecem em todo o país são as empresas fornecedoras de água.

 

De fato, não é nada raro ver água potável escorrendo livremente pelas calçadas em qualquer cidade brasileira. Em geral, as causas desses vazamentos são rachamentos de tubulações velhas e corroídas. Só a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deixou entrar pelo ralo 31,2% da água que ela mesma produziu em 2013. Para ter ideia, essa porcentagem equivale a nada menos que 950 bilhões de litros do precioso líquido. Nos reservatórios do Sistema Cantareira – que hoje está com menos de 12% da sua capacidade total – cabem pouco mais de 980 bilhões de litros de água.

 

Pior é saber que a Sabesp é, hoje, uma das empresas de distribuição com menos desperdícios. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2011 26 das maiores companhias de distribuição de água do Brasil tinham perdas de 37,2%. Macapá, capital do Amapá, teve a impressionante marca de 70% de desperdício de água.

 

Tem mais: as perdas de água incluem também erros na medição do consumo, hidrômetros ultrapassados e ligações clandestinas. Justiça seja feita, se quem gasta mais água por desperdício precisa pagar multas, as empresas de distribuição deveriam ser as primeiras a serem penalizadas.

Afonso Capelas Jr. – 28/04/2014

Fonte: Planeta Sustentável