New York Times alerta atletas olímpicos: ‘Não caiam nas águas do Rio’


Jornal critica poluição da Baía de Guanabara e a ineficiência do país em preparar-se para a Copa e Jogos Olímpicos

           

Matéria publicada no mês de Maio pelo jornal americano New York Times reforça o tom de crítica da imprensa internacional sobre a preparação ineficiente do Brasil para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. A matéria com manchete "Velejadores: Não caiam nas águas do Rio" critica principalmente a poluição da Baía de Guanabara, onde provas de vela ocorrerão, e também defende que se a preparação para os jogos caminhar como as obras nos estádios da Copa, o Brasil não estará preparado em 2016.

A matéria começa citando o velejador australiano, Nico Delle Karth, que está se preparando para os Jogos Olímpicos de 2016: "O lugar mais sujo em que eu treinei na vida". O jornal americano descreve a Baía de Guanabara como um lugar com lixos boiando – de pneus de carros a colchões flutuando. "A água cheirava tão mal que ele estava com medo de colocar o seu barco nela". A matéria defende o contraste entre a Baía "vendida pelo país como um cartão postal" e a sua poluição, "um símbolo das frustrações da cidade" durante os preparativos do jogo.
 

O NYT ainda cita o texto publicado no site da equipe alemã de regata sobre o local: "Bem vindo ao lixo que é o Rio de Janeiro".  Há ainda citações de atletas brasileiros que concordam com a poluição. "A Baía pode realmente ficar nojenta – até com carcaças de cães boiando em alguns lugares e água marrom resultado do esgoto despejado", diz carioca Thomas Low-Beer, 24, que treina no local.

O jornal afirma que a situação atual da Baía é resultado de esforços inúteis e decepcionantes de décadas – que incluem desde a ineficiência do governo até corrupção. Isso é um dos reflexos da má preparação do país para receber os jogos. "As rivalidades políticas entre município, estado e governo federal levaram a brigas internas e ao impasse sobre quem deveria pagar a conta das obras dos jogos"

A matéria ainda afirma que o Brasil tem mostrado muitas dificuldades para finalizar os estádios a tempo da Copa do Mundo – e que isso só leva a um certo ceticismo sobre a capacidade do país para sediar um evento ainda maior, as Olimpíadas de 2016.

"A Copa começa no dia 12 e vários dos 12 estádios ainda não estão finalizados. Uma série de projetos de mobilidade não será concluída até depois do torneio. Ressaltando esses problemas, um trabalhador morreu em um acidente elétrico esse mês – sendo a oitava morte durante a construção ou reforma de estádios. Preparar-se para os Jogos pode ser ainda mais difícil", diz o texto.

O jornal relembra que, na época na candidatura para os jogos, prometeu-se a despoluição total da Guanabara. "Agora, as autoridades falam em 80% – e apenas 40% foi atingido de fato". Ao NYT, Carlos Portinho, autoridade responsável pela área ambiental do RJ, inacreditavelmente afirmou que as críticas sobre a Baía são exageradas e que testes recentes que medem a contaminação mostraram-se "satisfatórios".

Fonte: www.globalgarbage.org.br ; http://www.correiodopovo.com.br

Laísa Mangelli 

Organização dos jogos Rio-2016 se compromete a utilizar madeira certificada


 

O FSC Brasil, organização não governamental que promove o manejo florestal responsável no mundo, e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 selaram um acordo recentemente para que toda a madeira e produtos de origem florestal adquiridos pela organização do evento, tais como estruturas temporárias, mobiliário e materiais de comunicação e papelaria, sejam certificados.

Para ser certificada, a madeira ou produto de origem florestal deve respeitar os princípios e critérios do FSC, que vão além da obediência à legislação vigente, contemplando o respeito aos trabalhadores, povos indígenas e às comunidades locais; o uso múltiplo dos serviços da floresta sempre apoiado no tripé econômico, social e ambiental; o cuidado com os valores da floresta e menor impacto ambiental; a consistência, adequação de escala, monitoramento e avaliação de impactos do plano de manejo; manutenção das áreas de alto valor de conservação; e boa gestão, assegurando a sustentabilidade e preservação das florestas no mundo.

A parceria entre o FSC Brasil e o Rio 2016 pretende contribuir para atingir o equilíbrio entre oferta e demanda, fomentar novas cadeias produtivas, abrir mercado, envolver pequenos produtores e comunitários no sistema, estimular a certificação de novas áreas florestais, serrarias, depósitos, marcenarias e todos os elos da cadeia de custódia, que garantem a rastreabilidade da boa madeira desde a produção da matéria-prima que sai das florestas até chegar ao consumidor final.

Sustentabilidade em eventos

De acordo com o Comitê Organizador Rio 2016, a meta não é apenas atingir níveis de excelência na organização dos Jogos, mas também demonstrar liderança, com novos padrões de gestão da sustentabilidade em eventos no Brasil. “Será uma grande oportunidade para mostrar práticas de produção e consumo menos agressivas ao meio ambiente com o uso de produtos certificados FSC. Estamos ansiosos para a concretização deste passo importante para o esporte e para o País”, diz Tania Braga, gerente geral de sustentabilidade, acessibilidade e legado do Rio 2016.

A expectativa do FSC Brasil e do Comitê Organizador Rio 2016 é de que essa parceria e esse compromisso global dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil inspirem empresas brasileiras e de outros países a adotar práticas semelhantes.

Uma pesquisa realizada pelo FSC, com o propósito de mapear a oferta de madeira certificada disponível no mercado brasileiro, apontou que o Brasil tem capacidade para fornecer 12,3 milhões de metros cúbicos de madeira certificada, mas que a baixa demanda não estimula a certificação de novas áreas. O estudo concluiu que a madeira certificada é subutilizada pelo mercado nacional e que há um enorme potencial produtivo que precisa de uma demanda consolidada para se concretizar. Mundialmente reconhecido como referência no tema florestas, o País tem uma área total de mais de 7 milhões de hectares de florestas certificadas e está posicionado em 5º lugar em área total certificada.

(EcoD)

Publicado em: Mercado Ético

Organização dos jogos Rio-2016 se compromete a utilizar madeira certificada


 

O FSC Brasil, organização não governamental que promove o manejo florestal responsável no mundo, e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 selaram um acordo recentemente para que toda a madeira e produtos de origem florestal adquiridos pela organização do evento, tais como estruturas temporárias, mobiliário e materiais de comunicação e papelaria, sejam certificados.

Para ser certificada, a madeira ou produto de origem florestal deve respeitar os princípios e critérios do FSC, que vão além da obediência à legislação vigente, contemplando o respeito aos trabalhadores, povos indígenas e às comunidades locais; o uso múltiplo dos serviços da floresta sempre apoiado no tripé econômico, social e ambiental; o cuidado com os valores da floresta e menor impacto ambiental; a consistência, adequação de escala, monitoramento e avaliação de impactos do plano de manejo; manutenção das áreas de alto valor de conservação; e boa gestão, assegurando a sustentabilidade e preservação das florestas no mundo.

A parceria entre o FSC Brasil e o Rio 2016 pretende contribuir para atingir o equilíbrio entre oferta e demanda, fomentar novas cadeias produtivas, abrir mercado, envolver pequenos produtores e comunitários no sistema, estimular a certificação de novas áreas florestais, serrarias, depósitos, marcenarias e todos os elos da cadeia de custódia, que garantem a rastreabilidade da boa madeira desde a produção da matéria-prima que sai das florestas até chegar ao consumidor final.

Sustentabilidade em eventos

De acordo com o Comitê Organizador Rio 2016, a meta não é apenas atingir níveis de excelência na organização dos Jogos, mas também demonstrar liderança, com novos padrões de gestão da sustentabilidade em eventos no Brasil. “Será uma grande oportunidade para mostrar práticas de produção e consumo menos agressivas ao meio ambiente com o uso de produtos certificados FSC. Estamos ansiosos para a concretização deste passo importante para o esporte e para o País”, diz Tania Braga, gerente geral de sustentabilidade, acessibilidade e legado do Rio 2016.

A expectativa do FSC Brasil e do Comitê Organizador Rio 2016 é de que essa parceria e esse compromisso global dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil inspirem empresas brasileiras e de outros países a adotar práticas semelhantes.

Uma pesquisa realizada pelo FSC, com o propósito de mapear a oferta de madeira certificada disponível no mercado brasileiro, apontou que o Brasil tem capacidade para fornecer 12,3 milhões de metros cúbicos de madeira certificada, mas que a baixa demanda não estimula a certificação de novas áreas. O estudo concluiu que a madeira certificada é subutilizada pelo mercado nacional e que há um enorme potencial produtivo que precisa de uma demanda consolidada para se concretizar. Mundialmente reconhecido como referência no tema florestas, o País tem uma área total de mais de 7 milhões de hectares de florestas certificadas e está posicionado em 5º lugar em área total certificada.

(EcoD)

Publicado em: Mercado Ético