Como a dieta carnívora afeta nosso organismo e por que adotá-la prejudica o meio ambiente


                                               

Esse é mesmo um assunto delicado. Mas por quê? Unicamente por ainda ser um tabu numa sociedade da qual a cultura maior é a do consumo da carne. Desde criança aprendemos que não podemos viver sem as carnes devido ao seu alto teor proteico, que sem ela o corpo “enfraquece” até chegar à desnutrição, mas o que acontece é que milhares de pessoas conseguiram viver, e viver muito bem sem precisar sacrificar animais para se alimentar, e ainda consegue suprir todas as vitaminas que o corpo humano precisa através de frutas, vegetais e legumes. Exemplo disso é o Mahatma Gandhi, pacifista e homens inteligentes como Sócrates e Einstein que mesmo no passado já entendiam que o Vegetarianismo era melhor caminho para dieta do homem. A realidade é que uma dieta carnívora causa muito mais males à saúde do que seu valor nutritivo, veja por que:

-É um animal desvitalizado, pois está morto, sem energia vital.

-O excesso de proteína é de baixo valor biológico, devido ao longo congelamento.
-Seu excesso de gordura saturada provoca colesterol, porque não se dissolve no nosso sangue, ficam depositadas nas paredes, enrijecendo e vão contribuir na arteriosclerose.

-Antibióticos, provenientes das rações químicas, causam resistência bacteriana.
-Contém vacinas, resíduos de pesticidas, drogas alopáticas variadas, outros remédios além de DDT devido à ração , forração e carrapaticidas.

-Hormônios sintéticos para aumentar a produção do leite como o dietiletilobestrol, hormônio feminino, provocando antecipação da menstruação e excesso de pêlos no corpo.

– Contém ácido único, principalmente nas vísceras , toxinas como escatol, fenol ,histamina, putrescina, cadavérica, nitrosaminas, nitritos e nitratos (cancerígeno); sulfato de sódio para dar cor e aspecto “saudável” nos açougues; salitre, para conservar e outros conservantes químicos como formol, adrenalina, adrenocomo e adrenolutina devido o abate ; chumbo, embora em pequenas quantidades, devido à proximidade dos pastos com estradas ; solitárias – tênia sagihate que é um verme intestinal perigoso; bactérias e vírus diversos; brucelose, tuberculose bovina, humores plasmáticos bovinos;

                                

– Substâncias linfocitárias ,alergenos, antígenos, benzopireno (l kg. De carne é igual a fumar 600 cigarros. Segundo o nutricionista mineiro Wilson Camargo , pós-graduado em engenharia biorgânica pelo Instituto Finhorn (Escócia). A fumaça da gordura que sai de um único bife contém tanto benzopireno quanto a fumaça de 600 cigarros – trinta maços) .

– Como nossos intestinos são muito compridos (as carnes levam em média 6 horas para serem digeridas) acabam gerando reações químicas de putrefação dentro dele, provocando gases, que fatalmente irão intoxicar o organismo, além de provocar alterações na fabricação de enzimas.

                      

A carne e os nutrientes

Há uma diminuição do cálcio no consumo excessivo da proteína, provocando dentes fracos e mais tarde a osteoporose. Além disso, está provado que o excesso de proteína animal não aumenta o rendimento físico. O trabalho muscular aumenta o teor de ácido lático (fruto da degradação incompleta da glicose) nos tecidos, aumentando a fadiga, esse ácido deverá ser neutralizado com substâncias alcalinizastes (frutas e verduras).

 

 A carne é uma substância acidificante e por isso aumenta o cansaço. É pobre em vitaminas (exceto B6 que é essencial para o seu metabolismo) e em minerais que são fatores alcalinizantes. Ela também é pobre em fibras (a “vassoura” do intestino grosso) e, sem elas, os resíduos das fezes vão se acumulando, putrefando, gerando gases, toxinas, divertículos e mais tarde qualquer inflamação tipo diverticulite, colite, etc., além da prisão de ventre. O alimento ainda possui gorduras saturadas, que provocam males coronários, câncer de intestino grosso, seios, pâncreas, próstata etc.

O ser vivo necessita de ambiente adequado onde encontre alimentação, clima, habitat, no caso das bactérias do cólon o “PH” é ácido, já o sangue necessita de meio alcalino.
A carne gera temperatura alta (inadequada), sangue ácido, intestino alcalino e conseqüentemente deixando as bactérias acidófilas com fome, gerando outras não acidófilas que aí encontrarão “PH” adequado para se desenvolver alterando a flora intestinal.

Existem demonstrações que portadores de câncer de cólon têm uma flora intestinal diferente dos não portadores, com excesso de clostridium paraputrificum e aumentos de substâncias carciongenéticas (que provocam câncer) nas fezes.

E o meio ambiente, como fica?

 

Se num primeiro momento o principal argumento da maior parte dos vegetarianos era o dos direitos dos animais, agora há ainda a questão da sustentabilidade ecológica.

A pecuária é “uma das duas ou três maiores contribuintes para os mais graves problemas ambientais em todos os níveis, do local ao global" Segundo um relatório publicado em 2006 pela Organização das Nações Unidas. Incluindo problemas de degradação do solo, mudanças climáticas e poluição do ar, poluição e esgotamento da água e perda de biodiversidade.

O que acontece é que a prática da pecuária demanda um consumo de recursos hídricos cerca de 5 vezes maior do que o necessário para se produzir a mesma quantidade de cereais, de acordo com estudo realizado pela FAO. Além disso,  a contaminação da água com dejetos animais, antibióticos e hormônios, e fertilizantes e peticidas usados no cultivo de rações, além de assoreamento causado por pastagens degradadas são os principais efeitos negativos da pecuária em relação à água, e caracterizam-na como a atividade humana que mais a polui. A pecuária é responsável também por 8% do consumo humano de água do planeta, a maior parte dela destinada à irrigação de culturas de ração.

Além disso, o setor da pecuária é responsável por 18% das emissões antropogênicas de gases do efeito estufa. Essa contribuição é maior que a do setor de transportes! Os principais fatores que determinam esse quadro são mudanças do uso da terra, especialmente desmatamento, causado pela expansão de pastagens e áreas de cultivo de ração; emissão de metano como resultado do processo de fermentação entérica; e emissão de óxido nitroso a partir do esterco. Dessa forma a pecuária contribui com 9%, 37% e 65% das emissões antropogênicas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, respectivamente. Cabe lembrar que o gás metano e o óxido nitroso são, respectivamente, 23 vezes e 296 vezes mais potentes que o dióxido de carbono como agentes do efeito estufa. Que também contribui significativamente para a ocorrência de chuvas ácidas e para a acidificação do solo.

Agora imagine, o total do setor da pecuária, incluindo pastagens e áreas de cultivo de ração, ocupa atualmente cerca de 30% da superfície terrestre do planeta, área previamente ocupada por outros ecossistemas.

Também é a principal força motriz do desmatamento da Floresta Amazônica. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 75% da área desmatada na Amazônia Legal é ocupada pela pecuária.Para comparação, a indústria madereira, legal ou ilegal, contribui com apenas 3% do desmatamento na Amazônia. 

Também a pecuária intensiva é, ao lado da construção de hidrelétricas, a principal ameaça ao Pantanal.

Deste modo, a adoção de dietas vegetarianas seria uma estratégia possível a fim de combater o aquecimento global. O  vegetarianismo parece como a saída possível para a solução do problema. De acordo com o biólogo estadunidense Edward O. Wilson, da Universidade Harvard, só será possível alimentar a população mundial no fim do século se todos forem vegetarianos. A questão pode ser traduzida em termos matemáticos: se por um lado a produção de grãos de uma fazenda com cem hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho, por outro, a carne produzida a partir da utilização da mesma área para produção de ração bovina ou pasto alimentaria o equivalente a oito pessoas.

Vale à pena comer carne? Dizer que é gostoso e dá prazer até parece conversa de drogado e toda droga gera vício estimulando ainda a ingestão de outras drogas como cigarro, álcool, muito sal, etc. As papilas gustativas se acostumam a determinado paladar, mas a readaptação é possível e gratificante. Assim, descobriremos outros prazeres, que além de não serem violentos, são desintoxicantes.

Fonte: http://www.saudeintegral.com e http://www.peta.org

Laísa Mangelli