Por Marise Barroso
Fala-se muito em sustentabilidade corporativa nos dias de hoje, mas são poucas as empresas que têm a gestão da sustentabilidade no seu DNA, no seu dia a dia operacional.
Para que realmente se viva a sustentabilidade em toda a organização, ela deve fazer parte da visão, da missão e da estratégia integral do negócio, estando presente na tomada de decisão no mais alto nível e estendendo-se a toda a organização.
A sustentabilidade deve permear cada uma das grandes e pequenas decisões da empresa.
Gerar e manter uma cultura empresarial de sustentabilidade requer um grande esforço e real convicção de toda a empresa e especialmente de seus líderes, já que a responsabilidade coletiva e individual é muito maior ao mensurar resultados econômicos, sociais e ambientais derivados dessa cultura.
E para poder passar de um grau de melhoramento contínuo a um patamar de inovação e geração de valor real através da cultura de sustentabilidade, faz-se necessário alinhar toda a organização por meio de valores compartilhados, por um propósito comum que só será alcançado por uma estratégia de negócio e um plano de metas que seja de conhecimento de todos os colaboradores.
Sustentabilidade, Desenvolvimento Organizacional e Comunicação Corporativa andam necessariamente de mãos dadas por esse caminho.
Nesse caminho, pelo qual falamos de prosperidade para toda a cadeia de valor da empresa e não mais de lucro, o papel dos líderes é fundamental, pois eles são o principal canal de comunicação e exemplo para seus liderados na posta em marcha da estratégia e do agir com integridade.
Os líderes empresariais têm uma enorme responsabilidade nas mãos, especialmente nos dias de hoje, em que o planeta nos avisa que já não pode resistir ao atual padrão de consumo da população.
O verdadeiro líder sempre poderá optar por exercer sua influência em benefício de um mundo melhor e das futuras gerações por meio de sua atuação em uma empresa, pois dele depende o exemplo, o estímulo a um consumo mais consciente, as renúncias ao que não é ético, mesmo que isso lhe custe o “estar líder” em uma determinada organização.
A verdade nua e crua é que, durante a jornada profissional e pessoal de cada um de nós como líderes empresariais, certamente mais cedo ou mais tarde nos faremos algumas perguntas: eu estou fazendo tudo o que está em minhas mãos para propiciar aos mais jovens e às futuras gerações um ambiente mais próspero, mais justo e menos violento do que eu pude desfrutar?
Eu estou medindo o meu sucesso pela quantidade de bens que consigo acumular ou pela quantidade de pessoas que educo e apoio para que tenham uma vida mais digna? Eu passo o meu tempo reclamando dos governos ou me engajo com outros líderes para transformar o meu país? A resposta a essas perguntas será, sem dúvida, o nosso legado
Fonte: Ideia Sustentável