Pequim vai aplicar medidas de combate à poluição em casos de emergência


A Prefeitura de Pequim vai colocar em uso medidas de emergência contra a poluição, como o fechamento de fábricas e limites à circulação de veículos, quando a contaminação atmosférica em níveis perigosos para a saúde durar por mais de três dias consecutivos.

A imprensa local publicou nesta quarta-feira que será estabelecido um rodízio na circulação de automóveis, de acordo com o último número da placa, pois está previsto que a concentração de partículas PM 2,5 – as mais perigosas para a saúde – superem os 300 microgramas por metro cúbico de ar durante três dias.

Quando a poluição atingir níveis prejudiciais à saúde, o "alerta vermelho", também serão suspensas as aulas nas escolas, assim como as operações de algumas fábricas.

Os cidadãos serão alertados sobre os níveis de poluição para que se protejam e tomem medidas para reduzir as emissões, afirmaram as autoridades municipais.

O subdiretor do Escritório de Proteção Ambiental da cidade, Fang Li, citado pela imprensa local, disse que vai fazer o possível para emitir os alertas de emergência com até 24 horas de antecedência.

O subdiretor da Comissão de Transportes de Pequim, Fang Ping, afirmou que, diante da previsão de um aumento na restrição à circulação de veículos particulares, o número de usuários do transporte público deverá aumentar em 2 milhões de pessoas. Com isso, o horário de funcionamento será ampliado em trinta minutos e a frequência na saída de ônibus e trens do metrô será maior.

A China, a segunda maior economia do mundo e país onde estão algumas das cidades mais poluídas do mundo, anunciou no mês de julho investimentos de US$ 277 bilhões para combater a poluição.

Os danos ao meio ambiente são uma das grandes preocupações da população chinesa, onde 76,1% das principais cidades registraram níveis de contaminação atmosférica acima do considerado seguro de acordo com os padrões chineses no ano passado.

O uso de carvão como principal fonte de energia nacional e o descaso com o meio ambiente, que perdurou por décadas no país, são algumas das principais causas da poluição ambiental que afeta o país.

Desde o último domingo, por exemplo, o nordeste da China registra altos níveis de contaminação atmosférica, uma vez que estão em funcionamento as calefações comunitárias, que utilizam o carvão como combustível.

O nível de poluição obrigou o fechamento de escolas, estradas e aeroportos em grandes cidades da região como Harbin e Changchun.

Fonte: Terra

China vai reduzir consumo de carvão em Pequim para conter poluição


        

A China vai fechar as termelétricas a carvão em Pequim e limitar o uso do material para uso industrial neste ano, a fim de combater a poluição do ar na capital chinesa.

As medidas buscam cortar o total de carvão utilizado neste ano em 2,6 milhões de toneladas, e, no lugar disso, adotar energia limpa e a gás como uma alternativa menos poluente. As informações foram divulgadas recentemente pela agência oficial de notícias, Xinhua.

O gigante asiático prometeu reverter os danos causados a seu meio ambiente durante décadas de forte crescimento econômico e identificou as regiões de Pequim, Hebei e Tianjin como alvos-chave para o programa destinado a desacelerar indústrias como aço, energia térmica e cimento – todas grandes fontes de poluição atmosférica.

A cidade industrial de Tianjin, no norte do país, deve adotar várias medidas nos dias de poluição pesada, incluindo a restrição ao número de veículos em circulação nas ruas.

Crescimento econômico x qualidade de vida

O crescimento econômico sempre esteve no topo da agenda política na China, mas a irritação da população com a poluição vem provocando protestos e o governo agora promete ser mais firme e fazer da limpeza do meio ambiente uma prioridade.

Mesmo assim, as autoridades enfrentam com frequência dificuldades para fazer as medidas serem cumpridas por indústrias que provocam muita poluição e autoridades locais, obcecadas com o crescimento.

Fonte: Terra 

Laísa Mangelli