Drone é capaz de plantar até 1 bilhão de árvores por ano


Máquina pode ajudar no reflorestamento com maior velocidade e precisão que técnicas atuais

Uma startup britânica resolveu apostar na tecnologia dos drones para plantar um bilhão de árvores por ano, uma solução que estaria à altura da devastação "industrial" das florestas, pois pode frear o desmatamento e recuperar tudo o que foi destruído – um dos grandes desafios dos nossos tempos.

De acordo com a BioCarbon Engine, o uso de drones seria mais eficiente e preciso que os métodos tradicionais adotados no mercado, como o plantio manual de árvores ("lento e caro") e a distribuição de sementes secas por via aérea ("de baixas taxas de fixação").

"Nossa solução equilibra esses dois métodos. Em primeiro lugar, por meio do plantio de sementes germinadas, utilizando técnicas de agricultura de precisão. Em segundo lugar, por ser escalável e automatizada, a nossa tecnologia reduz significativamente os requisitos de mão de obra e custos", destaca a empresa em seu site.

Como funciona 
Em um primeiro momento, com ajuda de um drone, a BioCarbon reúne dados detalhados do terreno, a fim de produzir mapas 3D de alta qualidade sobre as terras agrícolas, plantações e áreas a serem restauradas.

Ao utilizarem os dados de mapeamento, os drones realizam as atividades de plantio de precisão. A esperança vem do alto na forma de pequenas cápsulas que se rompem ao atingir o solo, liberando, assim, as sementes germinadas.

Monitoramento 
Outra importante parte do projeto é o monitoramento do plantio. Esta informação ajudará a fornecer avaliações da saúde do ecossistema ao longo do tempo.

O projeto de reflorestamento em escala industrial a partir de drones ainda não está completamente pronto para uso comercial, mas o seu protótipo, que ganhou R $ 20 mil em fundos do Centro de Empreendedorismo Skoll em 2014, deve entrar em pleno funcionamento até o final do ano.

Fonte: Terra

Produção de lenha em área reflorestada protege natureza


Especialista afirma que produção de lenha em área reflorestada protege natureza

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O carvão e a lenha vêm sendo substituídos por madeira advinda da silvicultura
Foto: Pedro Biondi/Flickr/CC

A crescente produção de lenha e carvão a partir da implantação e regeneração de florestas (silvicultura) vem contribuindo para a diminuição da pressão sobre as florestas nativas do país, disse à Agência Brasil o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Luiz Celso Lins.

Dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs 2014), divulgados nesta quinta-feira, 5 de novermbro, pelo IBGE, mostram que a produção de extrativismo vegetal e de regeneração florestal no país registrou o valor de R$ 20,8 bilhões, em 2014. Do total, a atividade econômica que se ocupa das atividades ligadas a implantação e regeneração de florestas – a silvicultura – contribuiu com 77,7%, o equivalente a R$ 16,1 bilhões. Já a extração vegetal (coleta ou retirada de produtos em matas e florestas nativas) participou com 22,3% do total, o equivalente a R$ 4,6 bilhões.

"[Os números mostram que] o carvão e a lenha vêm sendo substituídos por madeira advinda da silvicultura, principalmente o eucaliptos e o pinos, diminuindo a pressão sobre as florestas: o setor de carvão, por exemplo, hoje já tem os seus próprios plantios", disse o técnico.

Celso Lins lembrou que, em 1990, a extração vegetal chegava a responder por 67% de toda a madeira produzida, enquanto a silvicultura era responsável por apenas 33% do produto obtido em florestas brasileira. Cinco anos depois, esse percentual inverteu-se: a extração vegetal respondia por apenas 47% da madeira produzida, enquanto a silvicultura correspondia a 53%. Em 2000, as florestas plantadas já respondiam por 77% da produção total de madeira.

Para Celso Lins, no entanto, o processo de inversão é decorrente da fiscalização, que tem atuado com mais eficácia, com alguns estados. Ele observou que alguns estados tornaram obrigatório o uso de madeira proveniente da silvicultura para a indústria moveleira e olarias.

Fonte: EcoD

Programa restaura floresta no Sul da Bahia


BOAS PRÁTICAS// Arboretum planta e distribui sementes de espécies nativas da Mata Atlântica, promovendo geração de renda para os proprietários rurais.

 

Por: Marta Moraes – Editor: Marco Moreira

Desde a sua inauguração, em novembro de 2014, o Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade Florestal, uma das maiores iniciativas para a restauração da Mata Atlântica no Sul da Bahia, criou uma rede de restauração florestal com fundamentos socioambientais e respeito à diversidade. A proposta é distribuir sementes de espécies nativas da Mata Atlântica, e realizar o plantio, promovendo também a geração de renda para os proprietários rurais.

Viabilizado por meio de ação do Núcleo Mata Atlântica do Ministério Público do Estado da Bahia de adequação ambiental de mais de 1.000 imóveis rurais, e coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o principal objetivo do Arboretum é atuar nos diversos elos da cadeia de restauração florestal, desde a estruturação de núcleos de coleta de sementes e produção de mudas, em comunidades rurais e aldeias indígenas, até o monitoramento do plantio.

APOIO

Durante visita que fez à Base do programa, o artista plástico Frans Krajcberg, plantou uma muda de Jacarandá da Bahia e elogiou os esforços de proteção e recuperação da floresta brasileira. Ele também solicitou o material do Arboretum para expô-lo em seu museu “Espace Krajcberg”, localizado em Paris.

Além disso, se colocou à disposição para realizar uma exposição de suas obras no local do programa. Krajcberg, nascido na Polônia e naturalizado brasileiro, é conhecido por utilizar, em suas obras, troncos e galhos de árvores, provenientes das queimadas, a fim de conscientizar o homem quanto à devastação ambiental.

NÚCLEOS

Existem atualmente quatro núcleos comunitários de produção de mudas e três núcleos de coleta, com 14 coletores ativos de sementes, formando redes regionais de sementes e mudas florestais, envolvendo não apenas o Extremo Sul da Bahia, como o Norte do Espírito Santo.

O programa, cuja base funciona em Teixeira de Freitas (BA), iniciou esse ano o diagnóstico nas comunidades rurais para ampliação dos núcleos já existentes, e criação dos núcleos de plantio e do Arboreto, que visa a conservação genética de populações de espécies ameaçadas e se constituirá numa rede de áreas plantadas, útil também para estudos silviculturais. Essa ação vem contando com o apoio do Coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Gustavo Martinelli, e do professor Paulo Kageyama.

Os núcleos de plantio estão sendo constituídos por modelos agroecológicos de restauração, adequados à agricultura familiar. O desenvolvimento dos modelos foi realizado em parceria com as equipes do SFB, do Núcleo de Apoio às Atividades de Cultura e Extensão em Educação e Conservação Ambiental (Nacepteca/Esalq-USP) e da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

"A construção e a difusão  de modelos agroecológicos de restauração  com viés econômico, especialmente para a agricultura familiar,  e o fortalecimento e a qualificação das estruturas da cadeia de restauração são ações fundamentais  para o atendimento às demandas geradas pelo Cadastro Ambienta Rural", destaca Natália Coelho, coordenadora técnica do Programa e analista do Serviço Florestal Brasileiro.

SAIBA MAIS

O Programa é gerido por um Conselho, representado pelo SFB, por meio de sua Base Avançada em Teixeira de Freitas; Fundação José Silveira; Universidade do Estado da Bahia (Uneb); Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora/JBRJ); Superintendência de Pesquisas e Estudos Ambientais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente; Instituto Federal Baiano; e Embrapa Tabuleiros Costeiros.

 

Fonte: http://www.mma.gov.br

 

 

Berçário de árvores


Começam a sair de um viveiro em Magé, no Rio de Janeiro, as plantas que vão reflorestar a Mata Atlântica e proteger nossos rios. E o mais curioso é que são presos que tocam o projeto

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O que quaresmeiras, suinãs e embaúbas têm a ver com a água que consumimos e bebemos diariamente? Tudo, ainda mais nestes tempos de crise hídrica no Sudeste. Trata-se de plantas típicas da Mata Atlântica que, a partir de pequenas mudas (dessas três e de outras 147 espécies), vêm sendo cultivadas, desde junho do ano passado, num enorme terreno em Magé, na Baixada (RJ). O objetivo é, depois de crescidas, transportá-las para o entorno de rios de todo o estado, dando mais vida às suas margens e garantindo, assim, a qualidade da água. 

No fim de 2014, os primeiros exemplares foram plantados em volta do Guandu, em Seropédica. Logo depois, foi a vez de o Rio Macacu, na cidade de Cachoeiras de Macacu, receber o reforço verde. Hoje as mudinhas já estão virando árvores, e agora alguns riachos urbanos serão contemplados. O projeto, da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), segue firme, mas no início foi alvo de piadas apenas por um motivo: seria tocado por detentos. "Fui chamado de maluco", conta o técnico em saneamento Alcione Duarte, coordenador do Replantando Vida.

O nome do maior viveiro do projeto, com 300 000 metros quadrados, é Dorothy Stang, uma homenagem à missionária americana assassinada na Amazônia em 2005. Fica dentro do Presídio Estadual Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos. Ali, 180 homens, a maioria deles em processo de fim de pena, trabalham das 7 da manhã às 4 da tarde cuidando do "jardim". 

Eles foram treinados por professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e há uma contrapartida: a cada três dias de labuta, descontam-se 24 horas do tempo total da sentença. A concorrência é grande, e só os condenados de bom comportamento são chamados a contribuir com o projeto. A Cedae quer acelerar o ritmo da plantação e para isso está reivindicando a participação de mais 150 trabalhadores, também oriundos do sistema prisional. Se eles vierem, a meta será atingir, daqui a um ano, o cultivo de mais 1 milhão de plantas.

A quantidade, sem dúvida respeitosa, na verdade é uma gota d’água perto do oceano de problemas que envolvem as bacias hidrográficas fluminenses. Segundo cálculos do professor Paulo Leles, do Instituto de Florestas da própria UFRRJ, seria necessário, a cada ano, o plantio de cerca de 20 milhões de mudas, isso para dar início a um processo de restauração da mata apenas na área do Paraíba do Sul, o rio mais caudaloso e mais importante para o abastecimento dos fluminenses. Nesse ritmo, contando com mais quinze viveiros como o de Magé, seriam quarenta anos de atuação — mas os primeiros resultados viriam em vinte anos, a metade do tempo. "Tão importante quanto reflorestar é acompanhar o crescimento das mudas até que a natureza passe a domar o sistema", diz Leles.

Reflorestar a Mata Atlântica para preservar a qualidade da água não é preocupação recente. O precursor do tema foi dom Pedro II, que em 1862 determinou que o major Manoel Archer, com mão de obra escrava, iniciasse um processo de readequação do Maciço da Tijuca. Grandes plantações de café viram-se dizimadas, árvores foram replantadas ali e animais vieram de outros estados, justamente trazidos para compor um novo padrão de meio ambiente, o que fez nascer uma das maiores florestas urbanas do mundo. Assim, água na capital não faltou.

Hoje, além da empreitada da Cedae, há outras iniciativas que visam à proteção dos rios. Uma delas tem como foco as nascentes de cada córrego, onde, afinal, tudo começa — para o bem ou para o mal. Trata-se da campanha Água Limpa, do programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura. Acaba de ser alcançada a marca de 1.800 nascentes identificadas no estado e que já receberam ações de conservação. O objetivo é chegar, em 2016, a 2016 nascentes revigoradas — e essa brincadeira com os números do ano dos Jogos Olímpicos virou meta a ser cumprida.

É um projeto que depende da parceria dos produtores. Com recursos do Banco
Mundial, eles recebem uma verba que parte dos 7.000 reais e, apoiados por técnicos, cercam áreas onde os rios nascem, replantam as redondezas e afastam os animais. "Queremos que os agricultores adotem novas práticas sustentáveis", afirma o agrônomo Marcelo Costa, um dos coordenadores do Rio Rural, contando que é no noroeste do estado, em municípios como Campos, Cardoso Moreira e Natividade, que a adesão tem sido maior. A cidade campeã é Santa Maria Madalena, com 122 nascentes revitalizadas.

AS SEMENTES DA PROTEÇÃO
Números do Replantando Vida, com foco nas margens dos rios, e do Água Limpa, que trata das nascentes
– 150 espécies da Mata Atlântica são cultivadas no viveiro de Magé
– 1,3 milhão de mudas por ano é a capacidade de produção do viveiro dentro da prisão
– 300 mil mudinhas foram plantadas entre setembro de 2014 e abril de 2015
– 1 milhão de árvores é a meta a ser atingida entre setembro de 2015 e abril de 2016
– 180 presidiários atuam no projeto. O objetivo é praticamente dobrar esse número em 2016
– 27 quilômetros foi a extensão do replantio realizado no Rio Macacu
– 1800 nascentes estão sob proteção no Água Limpa. A meta é chegar exatamente a 2016 em 2016

 
 

Pesquisar na internet pode plantar uma árvore a cada busca


Na hora de pesquisar qualquer coisa na internet, o primeiro buscador que nos vem a mente é o Google certo? E sem dúvida este é um buscador incrível, rápido e dinâmico. Pensando nesses quesitos, um grupo alemão desenvolveu o Ecosia, um buscador, que assim como o Google, é rápido, dinâmico e sustentável. Isso mesmo, o Ecosia é um que planta uma árvore a cada busca realizada através de sua plataforma.

A criação nasceu da união deste grupo alemão com o Yahoo, o Bing e à WWF e pelo menos 80% de suas verbas são destinadas a programas de preservação das florestas tropicais no mundo inteiro, incluindo a nossa querida Amazônia.

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Mas qual o real impacto disso na sociedade? Bom, para você ter uma ideia, se apenas 1% dos internautas em todo o mundo trocasse o Google pelo Ecosia, todos os anos seria possível plantar e proteger uma área equivalente ao território da Suíça.

 

FONTE: Ambientalistas em Rede

Publicado em Consciência Ampla