O mercado de carros verdes, apesar de pequeno, se tornou uma parte importante da indústria automotiva global. As perspectivas de crescimento não desapontam: mais de 35 milhões de veículos elétricos estarão nas estradas até 2022, aponta um estudo da consultoria Navigant Research.
Isso equivale a mais que o dobro da frota atual de carros do Estado de São Paulo, que é de 16 milhões, segundo dados do Detran SP. Hoje, a frota mundial de carros com propulsão elétrica é um pouco maior, já beira os 17 milhões. Na lista, entram os híbridos, híbridos plug-in e 100% elétricos.
De acordo com a consultoria, os preços elevados do combustível, seja gasolina ou diesel, têm tornado os modelos com propulsão elétrica mais atraentes para o bolso. "Para muitos consumidores a aquisição do carro virou uma questão econômica", diz Scott Shepard, analista de pesquisa da Navigant Research
"Os preço de compra inicial pode ser maior que os modelos convencionais, porém a economia operacional devido à redução dos custos de manutenção e reabastecimento estão provando que os elétricos são competitivos", completa.
SEGURANÇA E COMODIDADE
Na esteira do avanço do mercado de elétricos, cada vez mais países se dão conta da necessidade de investir em infraestrutura, que é um dos pontos fracos da indústria. O consumidor precisa ter segurança de que o carro não vai morrer na estrada, com bateria vazia e sem um posto de recarga próximo.
Na Europa, que tem dado grande ênfase no uso de energias limpas, mudanças estão a caminho. Na última semana de novembro, uma comissão do Parlamento Europeu aprovou uma resolução que exige que os seus estados membros instalem, até 2020, milhares de postos de carregamento de veículos elétricos e de hidrogênio em pontos estratégicos.
A medida, ainda em discussão, visa abrir esse mercado que hoje conta com pouco mais de 64 mil pontos públicos de recarga em todo o mundo, segundo a consultoria.
Fonte: Planeta Sustentável